No
final de 2019, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de São Paulo,
um deputado, Fernando Cury (Cidadania), abraçou sua colega Isa Pena por trás, ‘apalpando’
seus seios.
Em
declaração ao Conselho de Ética da Câmara, ele disse: “O abraço que eu dei na
deputada foi um gesto de gentileza porque eu iria interromper a conversa que
ela estava tendo”.
O
deputado também disse que vai rever seu comportamento, porque “muitas pessoas
se sentem constrangidas com isso”, com seu jeito de mostrar carinho. Enquanto
isso, os membros do Conselho foram “empurrando com a barriga” uma decisão se
votavam ou não pela cassação do deputado de mãos cheias de dedos. O deputado
Wellington Moura (Republicanos), por exemplo, pediu dois dias para analisar o
voto do relator, que era favorável à suspensão do mandato de Cury por seis
meses.
O
nobre colega Wellington deve ter analisado os vídeos do flagrante em busca de
respostas para as perguntas: Tocou ou esbarrou? Apertou ou alisou? Apalpou ou
massageou? O Fernando atacou da linha dos três metros ou pisou na linha?
Cometeu dois toques? A bola tocou na antena ou foi direto para fora? Questões
altamente técnicas e metafísicas, como podem ver.
No
dia da votação, para convencer seus pares, mostrou fotos de Cury com os filhos:
-
Ele é pai, um deputado que é família, que é marido de uma só mulher – falou com
voz embargada. - O deputado que eu conheço há 6 anos é uma pessoa que ama sua
esposa. É um cara carinhoso. Foi excessivo, errou com a Isa Penna, mas é um
cara que merece uma segunda chance como todos nós. – E arrematou: - Quem não
tem culpa, que atire a primeira pedra!
Aí,
os colegas engoliram em seco e, por maioria, decidiram pela proposta de Moura,
uma suspensão temporária por 119 dias, uma licença, a bem dizer, com os
funcionários do gabinete de Fernando Cury continuando a receber suas pecúnias
normalmente (e sujeitas a possíveis ‘rachadinhas’).
Este
exemplo mostra que as coisas nem sempre são do jeito que aparentam; elas podem
ter um sentido que nem fazemos ideia. Quando passa a mão no seio de uma mulher,
o deputado em questão quer mostrar que é educado, gentil e atencioso.
A
lição que tiro desse fato vai para as mulheres. Quando você estiver andando na
rua e, por acaso, alguém aperta seu seio, não pense de imediato estar diante de
um tarado ou estuprador. Pode ser um deputado em gesto de gentileza,
demonstrando carinho e atenção.
O
segundo exemplo vem da Indonésia, contando a história de Siti Zainah, uma moça
de 25 anos.
Ela
conta que, certo dia, estava na sala de sua casa quando “sentiu” uma rajada de
vento. São suas palavras:
-
Depois da oração da tarde, eu estava deitada de bruços e, de repente, senti uma
rajada de vento entrar na minha vagina.
Zainah
foi levada às pressas para uma clínica de saúde comunitária, onde deu à luz um
bebê (de 2,9 quilos).
Segundo
Eman Sulaeman, diretor da clínica, Siti provavelmente teve uma “gravidez
enigmática”, que é quando uma mulher não sabe que está grávida até entrar em
trabalho de parto.
Independentemente
de explicações científicas, é bom as pessoas ficarem precavidas quando
estiverem em decúbito ventral ou prona, isto é, deitadas de bunda para cima, de
bruços. Antes de fazerem isso, é bom que elas fechem as janelas e tranquem as
portas. Assim, evitarão as possíveis rajadas de vento e suas consequências.
2 comentários:
Muito bom...😂😂😂😂
Já dizia um padre que conheci: "Se peito de mulher fosse buzina, ninguém dormia".
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