Nada é rígido para quem,
alternadamente, pensa e sonha.
(Bachelard)
No começo dos começos eram as trevas, os abismos, o caos e
o vazio. Depois os caminhos foram se abrindo: pensamento com sonho, vida com
paz, mundo com poesia. Era o (re)começo, o nascimento dos nascimentos. Era uma
vez... Mas, ao longo dos anos, muita coisa mudou. Os verbos dialogar,
compreender, solidarizar-se foram sendo esquecidos. Assim, a apologia do poder,
rígida e segura de si, foi escurecendo a ciência e a sensibilidade. Com isso,
foi construindo muros – obrigar, subjugar e dominar, com seus nutrientes
ideológicos – gerando uma crise humana. No entanto, em vários tempos, líderes,
profetas e místicos quebraram fronteiras, aparentes certezas e verdades
instituídas. Embalados pela esperança, construíram novas veredas, pontes de
acolhimento e partilha. Ordenaram os pedaços para o sonho de uma “Casa comum”.
Nesse caminho, apareceu você, Francisco, com poesia, profecia e mística. Com
espiritualidade e um sorriso franciscano, você lavrou outros começos para o
mundo pensar, sentir e sonhar. Você, agora, volta para o começo dos nascimentos
e deixa o pouso da semente para a construção de outro mundo – uma humanidade em
saída.
(Mauro Passos)
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