QUE DEMOCRACIA É ESSA, GENTE?!


  

Uma foto vergonhosa de gente sem vergonha

Antes de entrar no assunto principal, sobre os vassalos bolsonaros do imperialismo estadunidense, faço uma crítica à farsa democrática que foi marcada pela captura do orçamento público, a falência das instituições e o avanço do niilismo político corrosivo.

Esses parlamentares venais de extrema-direita alimentam a fúria popular por meios digitais, enquanto o escárnio substitui a ética, diante da paralisia institucional. Uma farsa democrática que alimenta e mantém tudo como está, onde os congressistas usam o mandato unicamente para seus OBJETIVOS INDIVIDUAIS, descaradamente. Um Congresso bolsonarista contra o país, onde o orçamento público é usurpado para bancos, para emendas parlamentares, sem remetente e sem recebedor formal e constituído de sabotadores das bases democráticas!

Essa semana fizeram romaria a FAVOR DE TRUMP, e levantaram a faixa “MAKE AMERICA GREAT AGAIN”, contra o Brasil e a favor do tarifaço.

Dando continuidade, Bolsonaro faz escárnio das instituições, e seus seguidores festejam. Isso é uma lavagem cerebral ou lobotomia coletiva, além de justificar a ignorância por terem feito desse ser infame seu representante, optando pelo quanto pior melhor. Também os vampiros da Fazenda Pública, com seu lobby, são muito fortes, o tal Centrão. Subornam seguimentos da mídia para que a visibilidade da crise seja reduzida a conflito de valores, impondo a pauta que lhes é oportuna.  A mídia-capacho-do-imperialismo coloca cinicamente o miliciano inelegível nas pesquisas para presidente, como se um criminoso pudesse disputar uma eleição. Há um acinte maior que esse a uma democracia?

Essa mesma mídia fez a maquiagem de “O MODERADO” para Tarcísio, que foi capitão do Exército e ali teve sua origem bolsonarista. Mas, como toda maquiagem, também essa caiu por terra. Tarcísio, o moderado, segundo Estadão e Globo, colocou o boné “MAKE AMERICA GREAT AGAIN” e disse: "Grande dia!”, no dia em que Trump anunciou a taxação. Ferrou-se! Ele jogou por terra a imagem falsa que haviam criado para ele.

Outra questão importante é o domínio no Congresso pelos pastores (como Sóstenes - presidente do PL) e Nikolas (filho de pastor), controlados pela sede de poder de Malafaia. No documentário APOCALIPSE DOS TRÓPICOS, na Netflix, Malafaia é o ator principal, e descaradamente mostra em entrevistas como o movimento evangélico abriu caminho para toda essa corja bolsonarista congressista e o miliciano-mor, além de sustentar a crença que cristãos têm que tomar o poder |("teologia do domínio") e moldar o Estado segundo preceitos bíblicos. Essa força emerge não como uma força religiosa, mas como uma força de poder, que visa transformar a DEMOCRACIA em uma TEOCRACIA para somente beneficiar os cristãos organizados, em detrimento da minoria. Nikolas, Michele e Sóstenes são os contaminadores dessa teoria do domínio contra a democracia. No documentário, tem um trecho assustador, em que Malafaia assume a influência e a CHANTAGEM das igrejas evangélicas na política brasileira. 

Não poderia deixar de falar da preocupante aprovação do PL DA DEVASTAÇÃO, festejado pela bancada bolsonarista da Bala, do Boi e da Bíblia. Se Lula não vetar, tudo vai ruir nos próximos 10 anos. Três milhões de quilômetros quadrados já foram destruídos, as florestas substituídas por plantação de soja, criação de gado, mineração e garimpo são o retrato do desastre ambiental. As cidades onde o agronegócio tem presença apresentam o menor IDH do país. Bancadas do BBB (do Boi, da Bala e da Bíblia) são altamente destrutivas para o meio- ambiente e para o país; para eles, o desenvolvimento só se dá com a destruição!

Essa elite BURRA não tem uma relação de negociação, mas somente de IMPOSIÇÃO.

Trump, ao alinhar sua retórica em defesa irrestrita das Big Tesch, não apenas reafirma sua subordinação aos interesses do Vale do Silício (que abriga Aplle, Facebook, Google, etc.), como também instrumentaliza o caso brasileiro para enviar um recado global: qualquer nação que desafiar a supremacia digital norte-americana será punida. Não por meio de mísseis, mas por meio de tarifas, manipulação de mercados, desestabilização institucional e campanhas de desinformação internacional. Nesse contexto e por total ignorância, os bolsominions querem liberdade nas redes sociais para postagens como as citadas permanecerem intocáveis: “antidemocrático”, “terrorismo”, “discriminação”, “ódio à mulher”, “homofobia e transfobia”, “induzimento a suicídio”, “crimes sexuais e pornografia infantil” e “tráfico de pessoas” ... pasmem! Essa é a liberdade que eles querem e lutam contra o Xandão por estabelecer a proibição!

Para quem votou num cara que planeja assassinar presidente, vice e ministro, tá "Serto"!

Concluindo:

A ofensiva da classe dominante, burguesia capitalista, aconteceu no impeachment da Dilma, manifestando-se na degradação e corrupção política, naquele covil de bandidos que é o Congresso, e se constituiu essa força política ultra-liberal no Brasil. Encontraram no Bozo seu representante, com todas as características abjetas e fascistas necessárias. Eu não tenho nenhuma expectativa celestial com a justiça brasileira, mas parece que vão trancar o criminoso. Dudu Bananinha, que renunciou ao mandato para atuar como escoteiro do imperialismo, tem um discurso alinhado ao psicopata megalomaníaco Trump e, como um vassalo do imperialismo, está dobrando a aposta. Sente-se muito à vontade para se colocar como TRAIDOR DA PÁTRIA, pois tem como padrinho o criminoso Steve Bannon, acusado por crime de fraude (perdoado por Trump), e participação no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 (tentativa golpe), coincidência com a tentativa de golpe aqui, com o mesmo modelo “DEUS, Pátria e Família” (e um bom terrorismo de Estado)!

Dudu Bananinha enquadra Moraes como um ditador, mas é justamente ele que faz apologia à tortura, elogia a ditadura assassina de 64 e usa a camisa com a foto do torturador Brilhante USTRA… é uma sopa de canalhice e hipocrisia! Ele sabe que Trump não vai salvar sua família. Mas aposta que, ao dobrar a aposta na radicalização, poderá criar um ambiente suficientemente caótico para interferir nas eleições de 2026. O exílio voluntário é transformado em narrativa messiânica. O golpismo fracassado vira martírio estratégico.

Precisamos ter o foco de erradicar a bandidagem dessa ”familícia”! Precisamos ter o foco em limpar esse congresso dos 300 picaretas bolsonaristas e voltar com essa gentalha para o esgoto ou para penitenciária, junto com o chefe da quadrilha, Jair!

Tarcísio representa uma continuidade da lógica de submissão, da entrega, da alienação do que resta do Estado brasileiro. Seu projeto, embora mais silencioso, é igualmente hostil à soberania. Ele não repele o bolsonarismo: apenas o encapsula numa embalagem aceitável. É a ultradireita de gravata, o golpismo por dentro da norma, a captura neoliberal disfarçada de eficiência.

Se o Brasil resistir até 2026, terá vencido não apenas uma eleição, mas uma guerra. Uma guerra contra o projeto de recolonização digital e financeira, contra a tentativa de transformar o país numa filial algorítmica da política externa norte-americana. E essa vitória, se acontecer, não será de Lula apenas, mas do povo brasileiro e de todas as nações que ousam desafiar a ordem imperial.

Ellen Pietra

DIÁLOGOS PLANTÔNICOS


 
Imagem: Pinterest

- Sabe quem foi Kafunga?

- Sei, sim. Olavo Kafunga Bastos foi um ex-goleiro do Atlético e comentarista de esporte numa emissora de rádio, aquela que “vende espaço, mas não vende opinião”, cabide de emprego para candidatos a cargos políticos.

- Pois é. Kafunga é autor da frase “Não tem coré-coré: gol barra limpa!” (ou “barra suja”, em caso de irregularidade). É também dele a frase antológica “No Brasil, o errado é que está certo”, querendo dizer que, por aqui, as coisas tidas como certas muitas vezes estão erradas.

- Mas qual o propósito dessa lembrança?

- É que fiquei sabendo o que aconteceu com um juiz federal. Trata-se do responsável pela filial do Rio de Janeiro da Lava Jato, Marcelo Bretas. Ele se envolveu em tanta irregularidade que não teve jeito, acabou sendo condenado pelo Conselho Nacional de Justiça por suas inúmeras ilegalidades e parcialidades. O que me surpreendeu foi a pena imposta ao infrator: aposentadoria compulsória, com valor em torno de R$ 37.563 por mês.

- Mas isso é pena ou é prêmio? O moço deveria ir pra cadeia ver “o sol nascer quadrado”, lugar para onde ele enviou tanta gente de maneira ilegal.

- Há-há-há! É por isso que Kafunga dizia que o errado está certo.

- Para alguns, o Brasil é uma espécie de casa da “mãe Joana”, onde somente eles podem entrar. com seus cofres abertos e sempre à disposição.

- Políticos e militares são os maiores frequentadores dessa casa. Outro dia, fiquei sabendo de um sujeito que passou a receber aposentadoria da Assembleia de Minas simplesmente porque foi deputado estadual por um mandato de quatro anos...

- Enquanto isso, um assalariado tem que trabalhar por trinta anos ou mais para receber uma miséria de aposentadoria.

- Veja o que acontece no meio dos militares. Quando um comete irregularidade, chega a ser expulso, é tido como morto, e sua família passa a receber pensão. Isso sem contar as pensões vitalícias das “conjes” e filhas.

- Outro exemplo do que o que é tido como certo está errado vem de Jair Bolsonaro. Enquanto militar do Exército, cometeu a indisciplina de uma tentativa de atentado a bomba contra instalações militares (queria ganhar mais dinheiro). Foi preso, deveria ser expulso da corporação, mas o STM “passou pano” pra ele. Logo depois, sendo eleito vereador no Rio de Janeiro, foi reformado (aposentado), promovido a capitão.

- Que coisa! Parece que, no jargão militar, tentativa é gesto inocente. Daí, julgam irrelevante uma tentativa de explodir bomba ou de promover um golpe de Estado.

- Quando reformado, Bolsonaro passou a receber um valor de R$ 12 mil. Hoje, somados todos os seus proventos, temos um total de R$ 100 mil   de dinheiro público por mês.

- Pode detalhar um pouco as origens desses proventos, tirando os peculatos?

-  Pois não. Mais de R$ 42 mil vêm do cargo de presidente de honra do PL. Michelle Bolsonaro também recebe esse valor, como presidente do PL Mulher (dinheiro do Fundo Partidário, quer dizer, que sai do suor do assalariado). Como aposentado da Câmara, JB recebe R$ 46 mil; do Exército vem a quantia de R$ 12 mil. Juntando os proventos de todo o clã Bolsonaro (Jair, Michelle, Flávio, Eduardo, Carlos e Jair Renan), temos a bagatela de R$ 270 mil ao mês.

- Bom. Acho que, desse total, você deve tirar a importância de R$ 46 mil, correspondentes ao salário de Eduardo, já que ele pretende renunciar ao cargo de deputado...

- É mesmo, ele está trabalhando lá nos |Estados Unidos para o bem do “Brasil” e pretende renunciar ao mandato.

- Estou com muita pena do pobre coitado. Quando do golpe militar em 1964, Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, lançou a campanha “Ouro para o bem do Brasil”, para reerguer o país devastado pelo comunismo...

- Estou lembrado disso. Lá na minha terra, vi muitos casais se desfazendo das alianças de casamento, únicos bens de valor que possuíam. Até hoje ninguém sabe onde tanto ouro foi parar.

- Isso não importa. Deve ter sido bom para alguém. Quanto ao caso presente, pensei em organizar uma campanha de arrecadação, mais ou menos com esses dizeres:  

NÃO FIQUE AÍ PARADO. PROVE SEU AMOR AO PAÍS, À FAMÍLIA E A DEUS: PASSE UM PIX PRO EDUARDO!

Mas, depois, diante da implicância do Trump com o PIX, percebi que era inviável. Agora, estou sem saber o que fazer. Será que o amigo leiturino tem alguma sugestão de ajuda pecuniária ao Dudu?

Etelvaldo Vieira de Melo

CRUZADA EM DEFESA DO BRASIL E DE MINAS GERAIS

 


Nossas estrelas principais são

a luta e a esperança.

(Pablo Neruda)

 

A que tipo de serviço me sinto convocado no mundo hoje, no Brasil, em Minas Gerais? Como atuar de forma articulada? O Brasil já não é o mesmo, por isso, é preciso ser ousado. É sempre bom lembrar a crescente exclusão social, a globalização da miséria, da fome e da morte. É nesse contexto que ganha sentido pensar o lugar em que estamos e sua relação com o mundo. Em Minas Gerais, temos que pensar que o atual governo é um destruidor de acervos. Sua meta não é somente destruir/privatizar a Copasa, a Cemig e a Rede Estadual de Ensino. É se fortalecer no poder, tirar do povo o direito de decidir e privatizar a liberdade. Portanto, trata-se de uma questão maior. Questão que acontece também em vários países. Se o Brasil não é o mesmo, a soberania deve ser nossa causa: nossa luta. Soberania é autonomia, é ser dono de nossas fronteiras, de nossa cultura, de nossa terra, de nosso futuro, de nossa alegria. Para isso, precisamos ser ousados para agir no presente, olhar a realidade e crer no futuro. Olhar e pensar. Segundo a sabedoria milenar “pensar é o passeio da alma”. Aptidão para sair de si e contemplar (cuidar). Ser ousado é ir à luta. O Brasil carece muito de cuidado. Minas Gerais também carece de muito cuidado para não ser “zemado”. Ousadia é exercer o direito de ser cidadão; pede lucidez política, horizontes abertos, engajamento sem rotina e uma esperança imbatível. O que podemos fazer com o que está acontecendo com a educação em Minas Gerais? O que fazer em defesa da Escola Pública e contra a militarização das escolas estaduais? É bom lembrar que tudo começou com a “municipalização”; agora, a “militarização” e amanhã a “privatização” da escola pública. Como (re)agir diante do que nos assola, nos rebaixa, nos joga no campo da submissão? Educação vai além da escola.  Nessas questões, situa-se não uma moral – o certo e o errado, o bem e o mal –, mas uma responsabilidade ética; uma responsabilidade que carrega, sim, preocupação com o futuro, o bem comum e as novas gerações. É hora de pensar o “uso (direito) do voto” nas eleições em 2026. Nossas escolhas políticas interferem positiva ou negativamente em tudo isso. A pergunta (ética) que se instaura é: o que devo fazer ou como proceder nessa situação? O serviço ao Brasil (e a Minas Gerais) é apostar em lideranças, principalmente lideranças políticas, que não deixam de sonhar um país com a mesma qualidade de vida para todos. Mais ainda: escolher líderes que buscam o brilho das estrelas, reinventam a história e recriam o país.

(Mauro Passos)