A MAIORIDADE DA NAÇÃO

 



O brasileiro é antes de tudo um forte.
(Relembrando Euclides da Cunha)

 

O que está acontecendo no mundo hoje? Quais os desafios (e escolhas) que temos? Diante de tantos problemas basta esperar uma dose diária de milagres? E o Brasil? Mais ainda: as questões na ordem do direito, da ética, da democracia, do meio ambiente, entre outras, exigem uma postura mais séria e digna do Congresso Nacional e do Senado (“ménage” difícil). São questões abertas que esperam atenção dos poderes públicos. A relevância do poder político é lançar luzes para a história e a nação. Particularmente para a soberania da nação ameaçada pelo déspota “não esclarecido”: Donald Trump. Detalhe: o roteiro do golpe está traçado para as eleições em 2026 com as declarações desse presidente. E aplaudidas por muitos deputados, senadores, governadores e bolsonaristas. Infelizmente, hoje quem comanda a política é o mercado, o capital especulativo, o agronegócio. Então, qual o caminho? Mobilizar a solidariedade é um caminho para defender a nação. Hoje enfrentamos um vírus pior que a Covid-19 – o poder, a ganância, a violência, a opressão. Como reagir? Qual a vacina contra o imperialismo norte-americano que interfere na soberania brasileira? A taxação de 50% sobre os produtos brasileiros e a intromissão em questões políticas afetam o modo de vida e ameaçam a democracia brasileira.

Diante desse quadro, a solidariedade ao Governo Lula e ao Ministro Alexandre de Moraes é um valor ético. Não podemos, neste momento, fazer de conta que nada está acontecendo. É preciso debates, informação, esclarecimento nas redes sociais para garantir a democracia e a soberania da nação. Eis que de repente, não mais que de repente, a bancada do “centrão”, dos bolsonaristas, dos partidos de direita mudou o discurso. Estão lançando uma campanha: “Pacote da paz”. É bom lembrar que nunca é tarde para abrir os olhos. Vão pacificar o país – “sem perder o alvo (PT) jamais”.

O escritor Graciliano Ramos nos ajuda a entender o significado do autoritarismo e das questões sociais, políticas e econômicas no livro “São Bernardo”, um grande romance brasileiro. O mundo para o personagem central da obra, Paulo Honório, é uma “enorme coleção de mercadorias”. Ele é a força universal, expressão da ordem social e salvador da lei (Qualquer semelhança com Trump é mera coincidência!).

O governo de Donald Trump perdeu os valores tradicionais. Perdeu o sentido de política, comunidade e laços sociais. O foco de nossa atenção deve ser outro. Nós somos a Pátria. Somos o Brasil do presente e do futuro. A esperança é nossa cor – povo, terra, cultura e religiões. O mundo nos inveja: alegria, criatividade, perseverança, biodiversidade.  Esses são antídotos contra a força corrosiva norte-americana e de seus aliados brasileiros. Ser brasileiro é exercer a cidadania com coragem, lucidez e senso crítico. “Nada acontece sem luta. Mas a promoção da democracia em todos os níveis é uma luta que vale a pena empreender e pode ser vitoriosa”, segundo o sociólogo Anthony Giddens. Reagindo, assim, de forma positiva defendemos nossa maioridade como nação. Terminando, cito o pensador Zygmunt Bauman: “Ou a humanidade se dá as mãos para juntos nos salvarmos ou então engrossaremos o cortejo daqueles que caminham rumo ao abismo”.

(Mauro Passos)