O que SENTIMOS sobre a guerra híbrida (projeto de Trump
contra o Brasil para impedir a consolidação de um projeto nacional soberano e
sobre o perigo de perdermos nossa soberania)?
O que SENTIMOS, sobre o genocídio na faixa de Gaza (que
mostra a indiferença das pessoas diante um genocídio)?
O que SENTIMOS sobre a adultização infantil, quando essa
mazela é tão velha e começou com as crianças filhas de escravos, que os patrões
fazendeiros as usavam como objetos sexuais? Essa monetização atual, é também
política de manipulação (Deus, Pátria e família). As crianças sempre estiveram
no sinal de trânsito trabalhando, nem os políticos e nem nós nunca falamos
sobre, ou fizemos algo para mudar isso, mas as big techs monetizaram esse
assunto para ter lucro, quando elas mesmas se negam a apoiar a regulamentação
das redes sociais, onde essas mesmas big techs monetizam aberrações políticas,
sexuais, emocionais.
O que SENTIMOS se estamos numa situação de vassalos,
orquestrados por Dudu Boçalnaro, que continua recebendo seu salário para
destruir o Brasil?
O que SENTIMOS por esse Judiciário? Por Alexandre de Moraes,
um ministro colocado pelo golpista Temer? Que votou pela NÃO concessão do
habeas corpus do ex-presidente Lula, quando o imputado a ele foi CRIME
INDETERMINADO? Podemos confiar nesse Judiciário que apoiou o impeachment de
Dilma sem CRIME, sendo presidente da mesa dos golpistas Lewandowski, hoje
ministro da Justiça? Gilmar Mendes chamava os ratos da Lava Jato de heróis do
Brasil, e hoje os chama de organização criminosa!
O que SENTIMOS se a classe dominante (bancos/banqueiros)
cresce no PODER que rege a nação e rege a política monetária nacional?
O que SENTIMOS se sabemos que quem dominar a Inteligência
Artificial vai dominar o mundo e vão decidir quem ganha e quem perde uma
eleição?
Será que ainda SENTIMOS? Será que a SENSIBILIDADE, que é a
verdadeira forma de inteligência, ainda nos permeia?
O QUE SOMOS, além das escolhas condicionadas?
Quem sou eu na política brasileira? Um vassalo inculto de
extrema direita do submundo bolsonarista ou um esquerdista que apoia o
neoliberalismo lulista? Outra opção seria inválida ou hipócrita, pois a direita
apoia a extrema direita, e a esquerda radical apoia a esquerda neoliberal!
Acredito que temos que ENTENDER as coisas como elas são, para
podermos ENFRENTÁ-LAS como elas verdadeiramente são.
Não existe neutralidade axiológica, todo mundo tem valores
e todo mundo escolhe conforme esses valores.
Por que alguém vota num imbecil miliciano que exalta o AI5
e a ditadura de 64, que homenageia Ustra (um torturador cruel de mulheres), que
hostiliza o STF por defender a democracia, que diz que preto tem que ser pesado
em arroba, que diz que prefere um filho ladrão do que gay, que usa a fé para perseguir, que anda com a
bandeira de Israel - que já matou 20 mil crianças até agora, que tinha uma
minuta de golpe com plano de assassinar Lula, Alkimin e Alexandre de Moraes,
que nunca fez nada pelo povo, que comprou 51 imóveis com dinheiro vivo e outras
bandidagens, que tem 5 filhos com 3 mulheres diferentes e é o representantes de
Deus, Pátria e Família?
Esse público é o mesmo que votou em Zema, um poço de
imbecilidade e de imoralidade financeira. É o mesmo público que votou em
Cleitinho que, de repositor de mercadoria de uma venda, com lacração e
mentirada, virou deputado, senador e agora está em primeiro lugar no ranking
para governador de MG! Sai um super burro e entra um super jumento, e talvez
esse coma abacaxi com casca, espero!
Como dizia Freud,
quanto mais fraco, inculto, solitário e desesperado for o sujeito, maior é seu
desejo de integrar movimentos autoritários que prometem redimi-lo de sua
insignificância e frustações cotidianas!
Essa é a prova de que se pode ter um grande intelecto, mas
não se tem inteligência, porque na inteligência existe a capacidade inerente de
SENTIR tanto quanto de RACIOCINAR.
Sabe onde a direita nada de braçada? Nos meios digitais, com
apoio das big techs americanas, máquina de fazer imbecis alienados. Os
discursos da extrema direita são CONTRA O SISTEMA, contra o STF, contra o
Congresso, contra salário decente, contra educação, segurança e saúde). Com a
alienação, ignorância política, interesses pessoais de grupos e pessoas
desprovidas de sentimento de comunidade, esse discurso manipulador consegue
lavar muita mente de segunda mão. A degradação do Congresso, com o baixo clero
bolsonarista, segue uma intenção e forma de destruir as instituições, mostrar
que tudo não presta e que tudo é uma palhaçada. E estão conseguindo seu
objetivo, temos uma crise no sistema político, o povo não acredita no STF, nem
no parlamento e nem no presidente! A extrema direita é a única força
revolucionária da atualidade, pois o inculto quer violência e uma sociedade
autoritária!
Por que alguém ainda vota no Lula como se ele fosse a
esquerda brasileira? Ele tem hoje 7 ministros bolsonaristas? Por que nos
enganamos pensando que um governo de "frente ampla" é de esquerda?
Não temos uma esquerda revolucionária, que faça uma ruptura total com o
neoliberalismo, mas temos a continuidade dos liberais nesse sistema que
sustenta essa massa de gente colocada em instituições públicas e privadas, com
bons cargos, com salários altos e benefícios, para manter o estado atual e a
situação de desigualdade social permanente!
Podemos dizer que temos um governo de esquerda, se o vice-presidente é o
neoliberal tucano Alkimin, esse senhor que jogava tropa de choque em cima de
professores, senhoras de idade, e o secretário de segurança pública era o
Alexandre de Moraes? Imagina se Lula morre e esse neoliberal violento assume, o
que seria do nosso voto de esquerda? Na verdade, nosso discurso sempre foi uma
utopia, e precisamos ter consciência que votamos em Lula para evitar o pior. E
talvez façamos isso novamente, pois o milico fascista Tarcísio está com os
olhos cheios de sangue (especialistas da ONU destacam a devastadora brutalidade
das políticas de Segurança de Tarcísio, e ele diz que não está nem aí)!
Perguntaram para o Jones Manoel, historiador e militante do PCB, qual liberal
da direita ele ainda considera ético, e ele respondeu: Fernando Haddad. A esquerda liberal é apenas uma melhor
proposta, um remediador para a situação em que estamos mergulhados, e para que
não tenhamos de volta o caos absoluto do submundo bolsonarista! Lula chegou à
presidência, mas não chegou ao PODER. Ele disse que está acontecendo um
genocídio em Gaza, mas só falou, não fez nada, porque NÃO TEM PODER PARA FAZER.
As pessoas que cuidam da política monetária não foram eleitas por ninguém, mas
Galípolo banqueiro foi escolhido por Lula. É bom lembrar que a independência do
Banco Central se deu com Boçalnaro e Guedes, para que o eleito Lula não
controlasse a política monetária nacional, mas sim os banqueiros.
Outra questão importante, é o uso da fé para manipular a
política e angariar poder. Silas Malafaia não é um pastor, ele é o líder da
extrema-direita com uma linguagem de mafioso, é um agente político que adultera
o repertório bíblico para manipular fiéis e obter ganhos políticos. Hoje,
segundo o próprio Malafaia, numa entrevista que está no documentário APOCALIPSE
DOS TRÓPICOS (Netflix), afirma que os evangélicos têm mais de 30% dos votos
nacionais, e ri como se o poder fosse dele. É bom lembrar que a Alemanha não
era ateísta, ela era uma Alemanha CRISTÃ, e teve uma teologia que deu
sustentação ao nazismo. Malafaia se utiliza da Bíblia para dar sustentação ao
discurso da extrema-direita, que segue padrões de violência, autoritarismo e
controle sobre as mentes das pessoas.
Concluindo:
A política no Brasil se reduziu ao voto, o meio técnico não
cria lideranças e a eleição se tornou um instrumento de alienação, pois não se
aprende nada numa campanha eleitoral! O VOTO é mais um processo de RAIVA do que
de credibilidade em alguém! Estamos todos fazendo parte de uma chamada digital,
somos apenas parte de um algoritmo! Hoje temos duas fés, uma no sistema
capitalista e a outra na tecnologia - se uma falhar, a outra vai resolver - mas
a dança dessas duas juntas está comendo o planeta. Um rio não volta a ser um
rio daqui a 100 anos, uma montanha não volta a ser uma montanha, estão
exaurindo a terra e tudo sendo apropriado por acionistas da mineração.
Só temos um planeta, e ele está sendo destruído..., mas
tudo bem, ainda estamos vivos, dizem os canalhas. Fica a pergunta: a ciência poderá fazer
alguma coisa pelo planeta depois que ele virar pó?
Os Estados Unidos, ao longo dos anos, construíram um manual
de justificativas para intervir em outros países, dizem que é para proteger
vidas, a democracia, combater o narcotráfico, mas o que buscam são os recursos
naturais, controle geopolítico e influência econômica. O Dudu bananinha deu uma
entrevista para o submundo da Folha de S.P. e disse que se não tiver Boçalnaro
na eleição de 2026, Trump não reconhecerá o resultado da eleição. Há um acordo de desestabilização do nosso
país, não como crime de lesa pátria, mas um crime objetivo, de tornar a eleição
sem Boçalnaro ilegítima, e permitir a ocupação física dos Estados Unidos no
Brasil, o que seria o 2o "round" do golpe. Esse recado golpista nos
faz concluir que, também o foco do bolsonarismo é o Senado para destruir o STF,
e que Zema, Tarcísio, Caiado e Ratinho Junior, quatro bolsonaristas, serão
apenas fantoches dessa engrenagem maligna para confundir o povo. Infelizmente,
precisamos entender que, agora, não se trata mais, de somente eleger Lula, mas
de garantir a SOBERANIA NACIONAL.
O Congresso vai pautar a anistia para livrar Boçalnaro e
seus comparsas, a chance de justiça e responsabilizar esses filhotes da
ditadura é uma mobilização, pressão digital, gente nas ruas! Mas o povo não
sabe o que é um instrumento de poder, ele domina ou será dominado por ele, e a
opção do povo brasileiro foi ser dominado por ele. Os militares vivem como uma
casta, Boçalnaro transformou seus soldos em valores milionários, e esses vão
manter esse privilégio, nem que seja pela força, como sempre fizeram. Se o alto
comando militar era legalista, por que não deu voz de prisão para o Boçalnaro
quando tiveram acesso à minuta do golpe e da proposta do Bozo? A esquadra estadunidense já está em frente a
Venezuela, é um pulo para mudar o rumo para o Brasil, mas o lucro e os
privilégios do capital exportador são mais importantes que a soberania do
Brasil, os ratos do União Brasil e Progressista já estão entregando seus
ministérios no governo, para aprovar a anistia e fechar o pacto com Dudu
bananinha - que representa os USA. Lula é o instrumento ideal que os
capitalistas podiam ter - banqueiros e agronegócio nunca lucraram tanto quanto
com Lula, e esses mesmos exigem cortes constantes nos programas sociais. A extrema-direita
ataca e a esquerda se defende, a extrema-direita vai para as ruas e a esquerda
assiste comendo pipoca, a esquerda fica procurando encontrar a linguagem
enquanto a direita encontrou a linguagem da lacração.
Podemos ser alguma coisa, que não seja essa narrativa de extrema-direita
(ou direita), esquerda liberal (ou esquerda radical)? Vou me mover pensando eu
sou isso, ou ainda tenho a possibilidade de exercer a liberdade de não
pertencer a tudo isso? Para fazer parte desse complexo capitalista,
identitarismo, pluralidade, identidade, diversidade, precisamos deixar de ser
quem somos e sermos apenas um clichê social. O bolsonarismo intensificou a
colonização do privilégio: A SUA FAMÍLIA NÃO PRECISA TER OS PRIVILÉGIOS DA
MINHA FAMÍLIA, essa premissa conquistou muita gente abjeta. Mas essa foi e é a
história do Brasil, escravidão e tortura do povo indígena e do povo preto (depois
incluíram os pobres). O mal é tão difícil de combater quanto a imbecilidade da
burguesia, eles não negociam, eles impõem. O Brasil continua numa periferia
secundária dos Estados Unidos, a classe trabalhadora se desorganizou com a
perseguição aos sindicatos, uma burguesia que não tem projeto para o Brasil,
mas SOMENTE para suas famílias, e continuará explorando o trabalhador sem
direitos e devastando o meio ambiente. Nessa minha fala, sobre tantos homens de
terno e gravata e cérebros senis, termino homenageando os índios que contemplam
a natureza ao invés de enxergá-la como dinheiro, que dançam e cantam por prazer
de estarem vivos, que entendem que esse solo é um ente vivo e sagrado, que
entenderam que a gente não está num mundo de recursos que possam explorar
infinitamente. Peço perdão a eles pela violência e pelo que sofreram e sofrem
ainda por injustiças, com violência em suas terras, pelo rompimento da barragem
que cobriu o Rio Doce, rio que era considerado um ancestral dos Krenaks, que sentiu
a dor da perda do rio com se um deles fosse, pois o rio era a vida deles.
Podemos ser alguma coisa além da política? Podemos pensar uma nova ética capaz
de respeitar a diversidade e a natureza (uma verdadeira sustentabilidade)? Qual político reconhece as diferentes
cosmovisões e formas de valorizar as culturas indígenas e suas sabedorias, além
de reconhecer o capitalismo devastador? Votar para presidente em 2026 será para
todos nós um grande desafio, teremos de ver os fatos profundamente caóticos e
podres e, a partir da compreensão, da ausência de conflito interno, observar
que candidato possa ter uma vida sã, com pensamentos benignos e inteligentes,
com uma mentalidade holística, harmoniosa e longe de toda hipocrisia. É difícil
encontrar? É! Mas precisamos de alguém que se aproxime mais disso! Nós temos
uma responsabilidade com as próximas gerações!
Ellen Pietra