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e existe uma cidade que trata os carros com
toda consideração e respeito essa cidade é Recife. Pelo menos, é isso que tenho
observado quando tento atravessar as avenidas, três, indo para a praia. Você
gasta quase meia hora para cruzar cada uma delas, assim mesmo com risco de
vida. Quando chega à calçada do outro lado, você tem que se apalpar para ver se
não falta nada, se tudo está no lugar. Necessita, também, de uns cinco minutos
para desacelerar as batidas do coração. Tudo muito diferente do Sul Maravilha,
onde você pode cruzar as ruas de olhos fechados, estando nas faixas desenhadas
no asfalto.
- Não existe semáforo
em Recife? – pode você perguntar por perguntar.
Onde estou, quando
existem, estão a quilômetros uns dos outros. Você tem que tentar a sorte em
qualquer ponto.
- O número de carros
é grande? – pode você, mais uma vez, perguntar por perguntar.
Estou impressionado
com o número de carros em circulação. Aqui, parodiando um poema de Victor Hugo,
se o ser humano tem a supremacia, a preferência é dos carros. Basta olhar para
a cara deles, para notar como rodam satisfeitos, despreocupados com os freios,
enquanto os pedestres caminham aperreados.
- Mas isso acontece
porque está hospedado nas proximidades da praia – pode você considerar por
considerar.
Acho que você se
engana. Estive me aconselhando com a dona de um restaurante, buscando
informações sobre certos locais onde pretendia ir de ônibus. Ela falou que, se
eu descesse em determinado ponto, não teria como atravessar a avenida em
frente, tal o fluxo de veículos.
Viiixi Maria! Aff
Maria! Não é à toa que odeio automóveis.
Etelvaldo Vieira de
Melo
Imagem: www.floresonline.com |
GRAÇA & SANDRA
Sabidamente, Sandra me desafia
A escrever para Graça uma poesia
Na forma de um acróstico necessário
Devolvendo assim a homenagem
Repleta de carinho mais alegria
Ao cabo de meu aniversário.
E retribuir a homenagem era tudo que eu queria.
Maria, seu nome, Maria
Acende o fogo da imaginação
Rimando versos em melodia
Irradiando lirismo e poesia
A brotarem de seu coração.
Graça, um acróstico, sendo para você, não é
brincadeira.
Repleto de boa intenção
Imagino driblar a barreira
Onde o cedilha de Graça faz interrogação
Sendo obstáculo maior à versificação.
Por isso também Sandra propôs tal ardil
Achando que para ele não encontraria solução.
Resgatando o sangue nordestino de meu nome em
improvisar
Achei as palavras certas para a equação.
Bem que Graça em vinte e seis de março está a
aniversariar
E Sandra planta mais uma flor em oito de abril
Nisso a homenagem a essas jardineiras de saberes e
sabores
Sendo elas plantadoras de palavras, de flores e
amores.
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