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FÁBULA NEBULOSA 16: O LEÃO E A
HIENA (*)
Ploc! Ploc! Ploc! – andava descuidado o leão
quando – Zapt! Cataplum! – caiu no alçapão.
Quer urrar o nobre animal
Mas só consegue soltar um fraco miau
- Miau! – Miau! – Miau!
Diante de tal cena, ri a hiena,
Sem pena: - Quá! – Quá! – Quá – Quá! –
Enquanto ri, vai desfilando palavrão:
Bocó de marca maior! - Filhote de jumenta!
- Mistura de Maracutaia com Corrupção!
- Projeto de lesma! – Catinga de gambá!
Mingau de pamonha! – Suco de Pimenta!
Molenga sem vergonha!
- Propina de Petrolão!
- Pernóstico Pacóvio Pedante!
- Vitupério Belicoso Rubicundo!
- Cacareco de Cumbuca Furada!
Diante de insulto terrível assim
Disse o Leão: - Quem me ofende é você não
Mais do que palavras, foi esse infortúnio
Que desabou sobre mim.
Moral:
O medíocre deita e rola, quando o famoso se enrola.
Etelvaldo Vieira de Melo
(*) Invento e/ou leitura/releitura de
Fábulas, Esopo
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