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Aí vem ela, com a
comida.
Debruçada na
gaiola,
contempla o seu
objeto.
A panela está
fervendo
de desejos
saborosos.
Tem os olhos
vermelhos
sobre mim, o
amarelo.
Bem quisera o meu
pelo
branco, ao
esfolar-me.
Agora vem a
cenoura,
o jornal, a ração.
Com a vassoura
nervosa,
limpa o límpido
cocô
(lírico,
esferoidal).
Enquanto isso,
ouve Chopin.
“Esta noite, um
chopinho...”
Meu trágico destino
é o jantar
nietzschiano.
“O coelho está
morto!”
À luz de velas
sou velado.
Graça Rios
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