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FÁBULA NEBULOSA 3: O GANANCIOSO E O BURRO DE CARGA
(*)
Um
burriqueiro conduzia seu burro por uma estrada esburacada.
-
Ploc, plec, ploc, plec – era o barulho que fazia o burro, por conta de uma pata
sem ferradura.
Durante muitos anos, o quadrúpede
havia prestado incontáveis serviços ao seu dono. Agora, estava cansado e mal se
aguentava em pé. Chegaram à beira de um precipício.
-
Veja bem, que eu não queria isso, desejava continuar cuidando de você. Contudo,
quer me deixar. Sendo assim, a vitória é sua. – Enquanto falava essas palavras,
o homem empurrou o animal com as duas mãos sobre o abismo.
Moral: Assim procede o ganancioso que,
ao invés de proporcionar uma velhice decente para quem lhe prestou tantos
serviços, prefere vê-lo morrer à míngua, quando não o mata covardemente.
Submoral: Qualquer semelhança com o Projeto de
Reforma da Previdência na República das Bananas não é mera coincidência.
(*) Invento e/ou releitura de Fábulas, Esopo
Etelvaldo Vieira de Melo
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