PROSA DE BRANCO NO BANCO

Pajé de aldeia no Acre é a atração de roda de conversa no câmpus ...
Imagem: pelotas.ifsul.edu.br

- ‘Abati’ em tupi-guarani significava “milho” farto, saúde, engorda, mas fizeram-no parte do vocábulo “abatidas”.
Cauim, bebida sensual de festas casadeiras transmudou-se em droga, tráfico, malandragem.
- Manioca originava-se da lenda dela, a filha linda do cacique, Mani, em sua oca. Hoje as carcomidas jovens índias vivem no meio dos carapanãs e muriçocas das celas ou favelas.
- Jiquitiaia era “pimenta”; iautica, “batata”; mendobi, “amendoim”. Supimpas cozinheiras tupiniquins inventavam, juntando delícias aos nomes, iguarias para os ritos no Rio Sagrado.
- A ganância calou-lhes os sentidos gustativos e etimológicos. Iara preferiu mostrar os seios entre aguapés sujos no Parque Municipal por causa dos turistas ricos, paqueras de ninfetas.
- Caipora - ou Caapora - representava azar no amor ou sorte das amazonas. Atualmente, é catapora, câncer, dengue, sífilis, transmitidos nos bordéis às Uiaras e Iracemas.
- Assim como a árvore, a criança, o negro, as mulheres indígenas possuem 19 marcas de memorável abril/extinção na Folhinha Nacional. Sem cafuné, jurema ou pajé, marginalizadas aqui e acolá, deveriam ter, sim, primeiro de abril, Quarup e mentira.
- Dia de enterro das ébrias peles- de-blush-sombra-batom.
- Guerreiros, ouvi!
Graça Rios


3 comentários:

Maria disse...

Sensibilidade tens, Graça, para as mazelas índias! Que os ecos de seu poema adocem as amargas verdades tupiniquins.

Regina Andrade disse...

Interessante.Palavras pouco usadas e
conhecidas.
Vocé é ótima!
Beijos.

Regina Andrade disse...

Interessante.Palavras pouco usadas e
conhecidas.
Vocé é ótima!
Beijos.

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