Edição de Vídeo.
- Senhores Roedores.
Iniciemos hoje o plano conjunto deste Documentário.
- 'O Gato Félix' surge no curta-metragem animado 'Feline
Follies', em 1919.
Primeiramente mudo, o sucesso do filme provoca
forte lançamento de
outro, sonoro, denominado 'Two Lip Time',
em 1927.
Crianças e adultos
pipocam nos cinemas, assistindo ao 'The
Last Life', em 1928.
Tudo mudo na tela, mas prolixo no tablado, ao
som do violino.
- Luz sobre nossas ideias, ilustrador.
Finalmente...
- 'O Gato' perde as botas em seu último
desempenho.
'Bold King Cole', em 1936,
malgrado sonoro, nem roda dez léguas.
- Frames, aí!
Ainda gosto dele.
- Bianca.
Aguarde a próxima tomada para
emissores.
- Câmeras. Ação.
Explique à plateia, desenhista Otto
Messmer:
Por que o enquadramento de certa personagem do Cartoon
focaliza de imediato o poeta Geraldo
Lima?
- Pura Mise-en-Scène, Topo Gigio.
Ambos exibem figurino e maquiagem próprios de
países estrangeiros.
Star na produção do casting vale ser
Superstar.
- Projetista. Escritores, artesãos, músicos, seguem
roteiro cinematográfico?
- Depende isso dos acontecimentos. Das
histórias paralelas, Little Stuart.
Artistas do background real
surrealista apreciam fundo de paisagem.
Fincam pé nas gravações visuais.
Constroem torres de papel,
seja ele, Félix,
seja ela, Fênix.
- Tipo Anel de Moebius?
- Dedo bom no gatilho, cowgirl Minnie.
Dentro do contexto, jovens shakespeares limam
à exaustão títulos da obra.
Lutam até descobrir excelentes
Scripta-Pós.
Virgínia, Cecília, Simone,
cobrem a mucosa da boca com lascívia preguenta.
Após, lavam sangue e suor criminosos com sândalo,
rosa, unguento.
- O senhor desenhou seu 'Gato'
quase anônimo, amigo designer?
A Mídia nos conta.
- De fato, Bernardo.
Elaborei-lhe a figura para o
estúdio de Pat Sullivan.
Infelizmente, o ator coadjuvante
roubou-me a glória da criação.
Tal tragicomédia sucede a qualquer
compositor Bach.
- Imagino a imagem psíquica de um virtuose
GF!
- Pinga mel, seu fel. Trova dor, Rémy.
Súbito espasmo lhe tange largo
corte. Lima medo, guerras, palavras.
Cala inutilidades.
- Fernando Pessoa: 'Não sou
nada. Não serei nada. Não posso querer ser nada.'
- Fora isso, camundongo Mickey, cada
flébil feliciano poema flama sonhos.
- Caro Otto, Literatura é Letra Dura?
- Pois, pois.
Nela, um influxo móvel leva
água à roda semântica.
Minam, entre musgos, assonância,
sonoridade, tonalidade frasal.
Portanto, linda ratazana, poesitar simboliza falta
freudiana.
Caótico corpus temático. Edição de verdes
folhas rasgadas.
Pseudo-livro existencial.
Mais madrigais plurais?
Busca vã das fontes bibliográficas.
Sem certeza, Minnie.
- Sente-se o autor, ludíbrio. Corte
de alimentar espera de vir.
Hirto mirtilo se abrirá na sombra?
Dormirá n'alfombra de seu riso?
- Há noite, G.F.L.
Mil gatunos
corruptos miam.
Garras, afiam.
Ufanos, pobres esmolas, afanam.
Encerram-lhe, viajor, o trajeto.
Porém, Genial Fauno Lírico.
Dentro da felídea bolsa, no imo de sua
mochila,
duplas chaves
secretas inauguram
breve breve
a patriótica liberdade universal.
Produtor Executivo.
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Graça Rios
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