FEIJÃO MARAVILHA (GONZAGUINHA)
Dez entre dez brasileiros preferem feijão / Esse sabor bem Brasil, verdadeiro fator de união da família / Esse sabor de aventura, famoso pretão maravilha / Faz mais feliz a mamãe, o papai, o filhinho e a filha /Dez entre dez brasileiros elegem feijão / Puro, com pão, com arroz, com farinha ou com macarrão / E nessas horas esquecem dos seus preconceitos / Gritam que esse crioulo é um velho amigo do peito /Feijão tem gosto de festa / É melhor e mal não faz / Ontem, hoje, sempre / Feijão, feijão, feijão / O preto que satisfaz / Dez entre dez brasileiros preferem feijão / Esse sabor bem Brasil, verdadeiro fator de união da família / Esse sabor de aventura, famoso pretão maravilha / Faz mais feliz a mamãe, o papai, o filhinho e a filha / Dez entre dez brasileiros elegem feijão / Puro, com pão, com arroz, com farinha ou com macarrão / E nessas horas esquecem dos seus preconceitos / Gritam que esse crioulo é um velho amigo do peito / Feijão tem gosto de festa / É melhor e mal não faz / Ontem, hoje, sempre / Feijão, feijão, feijão / O preto que satisfaz / Feijão, feijão, feijão...
FUZIL MARAVILHA
Dez entre dez bolsominions preferem fuzil / Essa arma tão viril / Verdadeiro fator de tesão / Essa paixão dos Caçadores também / Famoso Preto Maravilha dos Atiradores / Faz felizes os Colecionadores / A família tradicional e as pessoas de bem. / Dez entre dez bolsominions preferem fuzil / Sozinho ou acompanhado de rifle, três oitão / Submetralhadora, bazuca, pistola e até canhão. / Nessas horas, arreganham seus preconceitos / Gritam bem alto em tom de lorota: / - É hora de tudo chacoalhar, passar o cerol, cambada de idiota! / Fuzil tem cheiro de sangue / É veneno na veia e mata pra valer / Ontem, hoje e sempre: / Fuzil, fuzil, fuzil / Paixão de meu Brasil! / Dez entre dez bolsominions elegem fuzil / Um maquinário nada sutil / Verdadeiro fator de união de milícia / (esse arremedo de polícia) / O famoso Pretão Maravilha / Faz mais feliz tudo que se tem notícia. / Fuzil tem gosto de morte / É melhor e mal sempre faz / Ontem, hoje, sempre e pra toda sorte / Fuzil, fuzil, fuzil / O brinquedo que satisfaz. / Fuzil, fuzil, fuzil / Pa pum! Pa pum! Pa pum!...
Dia 27/08/2021, no famoso “cercadinho” do Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez esta declaração a apoiadores, usando seu vocabulário peculiar: “Tem que todo mundo comprar fuzil, pô! Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”.
E disse mais o estridente com ar de demente: “Não tem aumento de nada no meu governo”. Seus seguidores riram de contentamento, balançando a cabeça. No que também concordaram o feijão, o arroz, o pão, a carne, o óleo vegetal, o macarrão, o gás, a gasolina, a luz, a água, o dólar, e até o Leite Moça.
O tipo de arma sugerido por Bolsonaro, o fuzil modelo 762, custa cerca de R$12 mil. Considerando o valor médio de um quilo de feijão, R$8, o dinheiro de um fuzil corresponde a 1.500 quilos de feijão. Caso um bolsominion deixasse de comprar fuzil e doasse o valor para um necessitado, esse poderia comer feijão por 125 anos (para consumo de 1kg/mês). Quanto aos estragos que um fuzil é capaz de fazer, nem é bom falar aqui. Seria motivo de pesadelos para muitos leiturinos. Eu mesmo, depois que andei pesquisando a respeito, fiquei dependente de maracugina pra dormir.
Etelvaldo Vieira de Melo
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