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A você,
que desconhece /
a tênue trança dos
filamentos fluídicos
de um halo /
e as Macbeths de
patológica vigília, /
tintadas em
rembrandtescas
telas várias;
A você,
alma avoenga,
propriedade do
carbono ferido
ido que
a hostil gleba
atra escarva
na própria ânsia
dionísica do gozo;
A você,
agregado abstrato
da vã paixão,
molambo ambulante,
língua paralítica,
A você,
abro o convite:
Quebre a força
centrípeta
das amarras.
Arranque asas
descarnadas
de feias moscas.
Busque em si
cancro assíduo:
consciência
tateante
entre tênebras.
Realize
ultraepilético
esforço: ali estou,
em orográfica
crua biblioteca. /
Quem sou?
Procedo de
um tropismo
ancestral com
todo o fogo
telúrico do verso
Decomponho-me
chama e morte
seráfica.
Resido
entre caveiras:
poesito ferrolho
Olho-me
vibrião molécula
augusta imunda.
Sou anjo revelador
do seu EU
interior.
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