VALE A PENA LER DE NOVO: SOBRE POLÍTICA, VIDEOGAMES E FILMES

 
Imagem: Pinterest

Ando meio injuriado com as coisas que acontecem ao meu redor. Poderia até ser com a política, já que o sistema que nós temos, essa mistura mal feita entre presidencialismo e parlamentarismo, via de regra, só faz promover gente cretina, levando o país cada vez mais para o buraco. O sistema eleitoral, que é um filtro e só deveria deixar passar os melhores e mais capacitados, via de regra, seleciona os desqualificados, aproveitadores, oportunistas e gatunos, raposas para tomarem conta do galinheiro. Depois, quando juntam política com religião, a coisa desanda de vez. Aí, assistimos a uma mistura de safados e aproveitadores com crédulos e estúpidos, fazendo ouvidos moucos para aquela máxima pregada pelo próprio Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Mas, não, vamos deixar a política um pouco de lado, que isso já se tornou doença crônica. O motivo de meu incômodo em questão tem a ver com aquilo que, até bem pouco, era minha alegria e distração nos momentos de ociosidade: assistir a filmes pela TV e jogar videogame.

Tenho sérias desconfianças de que as pessoas hoje estejam sendo monitoradas por entidades secretas para fins que ainda não atinei. Esse monitoramento se dá ou de maneira ostensiva - como é o caso das redes sociais, onde ninguém tem pudor em revelar suas particularidades - ou de maneira camuflada, como é o caso dos jogos de videogame.

Minha plataforma de videogame vive pedindo para que eu lhe acene e me identifique; só fica satisfeita quando coloco um boné, maneira com que me apresentei pela primeira vez. Isso me enche o saco – ter que ficar acenando e ter que usar boné (embora estar usando boné me torne uma pessoa mais agradável e simpática). O problema maior é que não estou achando nenhum atrativo nos jogos.

Aqueles oferecidos através do plano de fidelidade são aborrecidos ou extremamente violentos.

Os jogos violentos, de tiro, sopapos, guerra, parecem ser produzidos para os consumidores americanos que, parece, têm uma cultura que cultua a violência. Enquanto aderia a esse tipo de jogo, acabei adquirindo uma lesão por esforço repetitivo (LER), um baita calo na palma de minha mão direita. Depois, veio um tal de “dedo em gatilho”, coincidindo com a ascensão ao Poder do capitão Bolsonaro, adepto incondicional de uma arminha de fogo (com o “dedo em gatilho”, inconscientemente me preparei para o faroeste que viria pela frente).

Quanto aos filmes, existe outro porém: a computação gráfica, que está matando a graça dos filmes de ação. Eles ficaram tão exagerados que, nem na fantasia, conseguem ser tragáveis.

Outra coisa que desabona os filmes e os jogos é a apresentação que fazem de seus heróis. Numa guerra moderna, seria herói quem se recusasse a entrar nela. Quando vejo o mocinho matando um tanto de gente, penso com meus botões: esse cara é desequilibrado, tinha que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nos filmes de espionagem, definitivamente não dá pra ficar torcendo para um agente da CIA (como no tempo da Guerra Fria), como se ele fosse um mocinho.

Deu para perceber como estou me tornando um sujeito chato? Eu me pergunto: esse culto da violência serve pra quê? Se servisse como catarse, meio do adolescente, do jovem e do idoso descarregarem a agressividade, tudo bem. Mas será que é isso mesmo que acontece? Não estarão os filmes e jogos de videogame banalizando a violência, fazendo com ela seja considerada normal?  Ao fim e ao cabo, acabo achando que tudo está a serviço daquelas entidades secretas, de quem falei no início, para que as pessoas pensem que tem de ser assim mesmo, esse mundo de desigualdade, de exploração, de violência, dominação e injustiça.

Um último reparo. Outro dia, estava assistindo a um filme (“Missing”, de Costa-Gavras, de 1982), este, sim, muito bom. No finalzinho, o personagem interpretado por Jack Lemmon, diz para o cônsul americano em Santiago do Chile:

- Dou graças a Deus por viver num país onde podemos colocar gente como vocês na cadeia.

   Ver aquilo me deu uma inveja danada, especialmente porque aqui no Brasil nem uma mala abarrotada de dinheiro roubado foi suficiente para colocar determinado tipo de pessoa atrás das grades. Depois, para cassar o mandato de um senador, conhecido como “Marreco de Londrina”, não bastaram provas, já que teriam de ser robustas, vitaminadas. (Engraçado é que aquele senador, enquanto juiz, se servia de delações de bandidos e de “fortes suposições” para mandar seus desafetos pro xilindró...)

Nota: Assista ao filme “Missing” (Desaparecido), de Costa Gavras. Lá você vai ver se Ditadura é essa coisa bonitinha que o pessoal besta pensa que é.

Etelvaldo Vieira de Melo


8 comentários:

Anônimo disse...

Os bolsonaristas aprovaram as fake news no congresso né?
O bolsonarismo e o Aecismo trouxeram pro congresso o que há de mais requintado em matéria de burrice e banditismo: tem traficante, tem o que matou dirigindo bêbado, tem miliciano, tem pastor de propina do Mec, tem o agro tóxico, tem os propagandistas da Taurus, e hoje tem o vendedor das praias pros gringos… daqui a pouco nem tem mais Brasil. A verdade sobre eles, é pior que qualquer fake News. Por outro lado, na sua frase: “O sistema eleitoral, que é um filtro e só deveria deixar passar os melhores e mais capacitados,(…) “ , me parece que é também um filtro pra gente avaliar o eleitorado, esse povo crente e/ou burro, que em poucos dias estará decidindo as eleições municipais no país!
O protestantismo é uma fábrica de fazer malucos, porque a religião é anti saúde mental, uma eterna necessidade de remissão, culpa e dominação! O lema deles não é mais multiplicar os pães, mas multiplicar os votos, sacou?
As eleições municipais serão uma tragédia amigo, assim como foi o mais votado de MG, o filho de PASTOR e atual presidente da comissão de educação, Nicolas Ferreira bolsonarista, que disse estar c@g@ndo se a terra é redonda ou plana e que não tem interesse em saber!
Esse não é só o nível do candidato, é o nível dos eleitores de MG, responsáveis por esse estrume na presidência do conselho de EDUCAÇÃO, que só fala de pânico moral, populismo penal e dogma religioso… fica lacrando com mamadeira de pirok@, aborto, banheiro unissex, num país com 11 milhões de ANALFABETOS. Num país que depende de reformas de base mas ele só fica nas pautas cretinas, tão cretinas quanto seus eleitores. Caro Etevaldo, nós nunca vivemos tanto na caverna de Platão como hoje!
Abraço!

Anônimo disse...

Sutilmente, o blogueiro sempre se lembra do Bolsonaro! Olhe, essa arma mata: O Brasil lidera o ranking de dengue no mundo: 80% de casos e 77% dos óbitos. Dessa "arminha" o atual desgoverno, através da incompetente ministra da saude, gosta mucho! É genocídio ou incompetência mesmo? Eis a questão!

Anônimo disse...

Só pra contrariar o anônimo 1: os eleitores mineiros elegeram o pachecu...


também pudera, ou era ele ou a anta da dilma!
Anônimo 1, você é mineiro?

Anônimo disse...

Não me contrariou em nada!😂
Adorei constatar sua ignorância absoluta, e por solidariedade, vou tirá-lo da caverna por alguns minutos:
Pacheco é advogado (profissão que trai e mente o quanto necessário for).
**Iniciou no PMDB
Votou pelo impeachment de Dilma (que foi inocentada no ano seguinte)
Votou a favor da reforma trabalhista ( que tirou direitos dos trabalhadores)
Apoiou João Leite PSDB para prefeito
Apoiou Anastasia PSDB para governador
**mudou pro DEMOCRATAS (DEM que de democrata não tem nada)
Em 2021 foi eleito pra presidente do Senado , como candidato do inelegível
Em março/2021 declarou que VOTOU EM BOLSONARO, e que não se arrependeu
Por ordem do STF teve que criar a CPI da COVID, que não deu em nada
**mudou para o PSD (PSD é um partido de centro-direita, com posições conservadoras)
Em janeiro/2023 foi reeleito presidente do Senado (sem opção, PT votou nele, pois o outro candidato era Marinho do PL, pior ainda)
Em 2023 BOLSONARO elogia Pacheco, por ação que tira poderes do STF, para fazer um serviço para a extrema direita
Eis que agora volta a agradar o inelegível quando faz o retrocesso, à beira do extremismo bolsonarista, de misturar completamente o pequeno usuário de maconha ao grande traficante.
Pacheco acabou sendo aplaudido de pé por Flávio Bolsonaro, o filho Zero Um de Jair, que tem dito a interlocutores sobre a satisfação em ver a nova trajetória do político mineiro. 🤡

Quanto a sua misoginia, digna do ódio dos brox@s🤭, lhe asseguro que a honrada economista tem hoje um salário de 250 mil reais mensais e é presidente no banco dos Brics! 🤣🤣🤣🤣

Anônimo disse...

Quanto a pergunta se “sou” mineiro, poderiam vir de sua parte outras besteiras como: vc é ateu? Vc é petista? Vc é cristão?
Não estou contaminado e nem tenho essa necessidade de “ser” o que quer que seja, ou pertencer a alguma identificação!

Anônimo disse...

Sobre a dengue!
Se o anônimo 3 conseguir fazer com que o vizinho ou ele, tirem do quintal, pelo menos o pneu para o qual eles oram, eu acreditarei no que ele falou do governo 🤣🤣🤣🤣
E o Lula falando: eu não sou coveiro, imitando o cara com falta de ar morrendo de dengue, dizendo que não é uma febrizinha que o derrubaria, que é messias mas não faz milagre, que se tomar cloroquina não vai ter dengue, que o Brasil precisa parar de ser um país de maricas, que não comprou vacina a tempo de evitar as mortes pq a farmacêutica não se responsabiliza por efeitos colaterais, que não há nada comprovado cientificamente sobre essa vacina aí, que o número de mortes de crianças por covid é “insignificante” e “Tem que levar em conta se elas tinham comorbidade também, CHEGA DE FRESCURA E MIMI ... e ainda foi passear de jetski enquanto o RGS afundava, vc viu? Acho que depois dele dizer isso tudo, vc vai virar fã do Lula e nem falar de dengue né?

Anônimo disse...

Um pouco atrasado, mas vai lá: 1 - como o pachecu mudos, né? Acobardado, não tem coragem de postar impeachment do cabeça de ovo. 2 - uma anta ser presidenta do brics é uma sandice! 3 - É nelhor mesmo o anônimo 1 não se identificar!!! Melhor para os teimosos lectores do bbcr.

Anônimo disse...

...pachecu mudou,

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