A COR DA CAMISA E A COR DA POLÍTICA

 


Maior que minha vida é a vida!

(Paulo Gabriel)

Vamos imaginar uma história simples. Roberto precisa comprar uma camisa para ir ao casamento de um amigo. Sai de casa e vai a uma loja. Vê várias camisas, mas não gosta. Vai a outra loja e fica espantado com o preço. Procura uma terceira, quarta loja. Achou tudo caro. Volta à terceira loja e olha novamente duas camisas – uma cinza e outra bege. Separa a cinza de manga comprida com dois frisos na frente. Pergunta o preço, pensa e pede para experimentar. Decide comprá-la e divide o pagamento em três parcelas. Coisa simples é comprar uma camisa. No entanto, vamos dividir os passos da compra: camisa para um casamento, o preço, a cor, o tamanho, a escolha em quatro lojas e a forma de pagamento. Isso fez com que Roberto pensasse várias coisas. Tanto é verdade que a compra não aconteceu na primeira loja. Muitas coisas na vida fazem a gente pensar.  Tudo é tão comum que parece ser fácil. Imagine a compra de uma televisão! Trata-se de uma decisão pessoal que tem a ver com gosto, preço, tamanho e marca. Como a compra de uma camisa, há situações na vida que exigem muita atenção – a Política. Eleger um candidato exige cuidado, seriedade e avaliação. A escolha de uma camisa é uma decisão pessoal, a escolha de um candidato é uma escolha pessoal e coletiva: “maior que minha vida”. O prefeito e os vereadores vão dar rumos à vida social, política, cultural, educacional e econômica do município, entre outras coisas. Por isso, é necessário pensar no histórico do candidato: de onde vem? qual a sua formação? quais os seus valores e princípios? quais os seus aliados políticos? No entanto, a chave da questão está no ‘projeto político’. E não num projeto conservador ou tradicionalista. Menos ainda no excerto de Paulo Lins: “Falha a fala, fala a bala”.  A conjuntura social demanda um salto qualitativo. Trata- se de ultrapassar o limite da agressão, dando prioridade a uma política de afirmação e solidariedade com os mais pobres. Dessa forma, abre caminhos para uma política de direitos sem fazer da identidade coletiva uma homogeneidade social, pois não impõe bitola, nem faz todos acreditarem, obrigatoriamente, nas mesmas coisas. Um detalhe: não pode haver um projeto político sem um sistema de educação. Democracia é educação porque a democracia precisa ser construída todo dia. Quando essa aliança não existe a consequência é grave. E quem sofre é o povo. Por exemplo, se tem alguém que não está presente, hoje, no Congresso Nacional, na Assembleia do Estado e na Câmara dos municípios é o povo. Populismo, promessas e compra de votos não constroem a democracia. Isso tem um nome: corrupção. É preciso, ainda, cuidado para não cair na armadilha das “fake news” das redes sociais. Enfim, a cor (a alma) da política é a verdade, sua manga a democracia, sua loja (morada) a ética, sua largura a liberdade e seu tamanho a educação.

(Mauro Passos)

2 comentários:

Anônimo disse...

Mauro,
Da direita Aecista ao bolsonarista!
Estamos vivendo o pós bolsonarismo com a fantástica fabrica de Marçais!
A coisa é mais assustadora que se pensa !

Anônimo disse...

Os bolsonaristas pensam que O BRASIL PARELO é a fonte fidedigna de noticias pra eles, mas o nome certo é O BRASIL PARALERDOS 🤭

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