MARIONETE

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Dança, boneco,
traque-treco,
bota as canelas
no trote-tac .

Bate a matraca
soque-toc
salta e se choca
que nem pipoca.
        
(Faz cambalhotas
         - a corda acabou?
Desvia que o fio
         se enovelou).

Pé-de-moleque:
salamaleque!
Anda,
ciranda,
buscando pé.

Faz reco-reco
ficou marreco
vem Sancho Pança
 no pangaré.

                                
                                                      

RETRATO

A gente
é sempre
agente.
                                                                                                                                                                              

       


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PODE TER, MAS TEM QUE SER ESCONDIDO


Já dizia um velho filósofo do futebol que, no Brasil, o errado é que está certo, enquanto o certo passa por errado. A propósito, veja bem, você constrói uma casa com todo o carinho, cuidando de sua estética, rebocando e pintando as paredes, colocando um telhado decente, finalizando com muro e passeio adequados. Está certo? Erradíssimo, pois vem a Prefeitura, com sua gana arrecadatória, e taxa sua casa, que você construiu à custa de tanto sacrifício, com um imposto lá nas alturas. Se ela ficasse sem reboco e acabamento, com aparência desleixada, a Prefeitura a estaria isentando das taxas, quiçá incluindo você em um programa social de ajuda, uma dessas Bolsas que pululam pelo Brasil afora.

Se o país continuar nesse ritmo, na próxima encarnação, sendo aqui novamente o meu destino, quero construir uma casa subterrânea, com todo o conforto possível e imaginável. Na superfície, entretanto, ela terá um arranjo de folhas de zinco. Desse modo, irei “matar três coelhos com uma pedrada” (isso é força de expressão, pois nunca, jamais, em tempo algum cometeria tal atrocidade, a de matar um coelho a pedrada): além de pagar um imposto menos indigesto, estaria, assim, prestando uma singela homenagem a um clássico da MPB, “Ave Maria do Morro”, de Herivelto Martins, ao mesmo tempo que iria me prevenir para uma possível hecatombe nuclear.

Tempos atrás, estava eu em um ponto de ônibus, quando fui surpreendido por um grupo de pivetes. Um deles arrancou um relógio que estava no meu pulso e saiu correndo, sendo acompanhado pelos demais. Quando chegaram do outro lado da rua, um dos meninos falou para aquele que havia me surrupiado o relógio:

- Cara, esse relógio não vale nada, é coisa de camelô.

Com ar triste, o ladrãozinho pegou o dito relógio e o colocou delicadamente no passeio, próximo ao meio-fio. Olhou para mim, como a dizer: “Pode vir pegar seu relógio, pois vejo que você está em situação pior que eu.”

As pessoas que estavam próximas, usando daquela atribuição que eu chamo de “solidariedade mórbida”, vieram me perguntar:

- Roubaram mais alguma coisa? Machucaram você? Tiraram algum pedaço? Deixaram você sangrando?

Como nada de excepcional havia acontecido, elas se afastaram, desinteressadas.

Então, atravessei a rua, peguei o relógio e o coloquei novamente no pulso.

Foi a partir dessa data que os ladrões me deixaram em paz, eu que já havia sido assaltado por sete vezes. É que eu me dava certos ares de importância, vestindo roupas um pouco sofisticadas, embora, no fundo e a bem da verdade, pouco mais valiam que um tostão furado.

Os ladrões me deixaram em paz porque passei a usar artigos de terceira categoria. Qualquer meliante (que palavra exótica!) ao olhar para mim, vai logo pensando: “Esse aí não está com nada!” Com isso, não melhorei minha situação financeira, mas parei de levar sustos ao andar pelas ruas da cidade.

Estou dizendo essas coisas como uma espécie de conselho para aqueles mais abonados e que projetam compras de artigos de luxo. Olha que já vi jovem sendo morto por causa de um par de tênis!

Tenha tenência, prudência – para os desavisados, deixa de bobagem. Olha bem onde vai gastar seus milhões. Existem coisas que você até pode ter, mas elas devem ficar escondidas em casa, debaixo da cama. Quanto mais ostentação você mostrar, mais riscos de ser roubado está correndo. Essas são as minhas palavras de sabedoria.

Etelvaldo Vieira de Melo  
velhas-divertidas-6
RUGAS
A vovó
é
uma geografia.
SOFÁ
Este senhor tão gorducho
vestido de veludo.
IMAGENS DO BRASIL E FOTOS DO BRASIL MAPA
WHERE ARE YOU FROM?
Eu sou
meio made
in Brazil. 


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O QUE NÃO LEVAR NA VIAGEM
Uma mala
sem
alça.

TURISTA ACIDENTADO

Janeiro é aquela época do ano na qual muita gente assume ares de turista. Durante certo tempo, passa a sofrer de uma doença denominada turistrose. Se você está nessa relação, isso não quer dizer que estará estampando em sua testa uma máxima que diz mais ou menos assim: “Sou turista; portanto, estou atacado de bobeira”.

Não estará estampada em sua testa, embora seus sintomas sejam facilmente perceptíveis, em especial para os vendilhodogs, membros de uma raça especializada em farejar as diferentes categorias de turista e seu potencial de consumo. Quem cair nas malhas desses espertalhões pode estar certo que será depenado até o limite do possível. Caso estejam associados a determinada agência de viagem, só terão o trabalho de abrirem as bocas para engolir os incautos turistinhas e suas bandeirolas de identificação.

Não que isso venha a fazer alguma espécie de diferença. O turista, mesmo o usualmente sovina, munheca de samambaia, abre mão, enquanto turistável, de todo senso de normalidade, de todo pudor, de toda contenção financeira, pois está tomado pela síndrome do consumismo e qualquer espécie de bugiganga desperta nele não o desejo, mas a necessidade imperiosa de compra. (Procurei em dicionários a origem da expressão “munheca de samambaia”, mas não encontrei nada de esclarecedor. Presumo que sua explicação tenha origem no fato de que o broto de samambaia aparenta o formato de uma mão fechada, imagem que é associada à ideia de avareza.)

Nas casas de formação para padres, lugares também denominados seminários, é corrente a lenda urbana de um pozinho mágico colocado na comida dos seminaristas, para que o apetite sexual lhes seja reprimido, contido, estagnado, quiçá morto, assassinado. Com tanto avanço na área dos fármacos, das drogas, quem pode garantir que os hotéis e restaurantes de cidades turísticas não usem do artifício de pós e aerossóis para despertar e ativar, em seus hóspedes e frequentadores, ímpetos consumistas? Em tempos recentes, assisti a um filme, The Joneses (Amor por Contrato, em português) estrelado por Demi Moore e David Duchovny, em que uma equipe de vendedores, constituída como uma família, com marido, esposa e um casal de filhos, era enviada a uma cidade e, lá, induzia a população a comprar os produtos que aparentava ter. Em pouco tempo, essa “família” se tornava referência para os habitantes da cidade, propagandista de produtos que se tornavam alvos de disputa e consumo. Não é pra ser levada pelo vento a frase do velho Shakespeare dizendo “existe mais coisa entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia”.

O ímpeto consumista faz parte da natureza humana? Pode ser que sim, pois o capitalismo foi o sistema econômico que sobreviveu até hoje, jogando por terra os projetos de justiça e igualdade sonhados pelo comunismo, projetos bonitos na teoria, mas pouco produtivos na prática. Ao longo do ano, festas e datas comemorativas são instituídas com o objetivo camuflado ou descarado de levar as pessoas ao consumo. Até mesmo em cidades de pequeno porte, a devoção ao padroeiro, seus possíveis milagres ou de conterrâneos, que faleceram em odores de santidade, atrações de toda espécie, tudo é forjado por espertos comerciantes para atrair turistas e aumentar o faturamento de suas lojas. Enquanto o lobo não vem, isto é, uma data comemorativa não acontece, o cidadão é convidado a conhecer outras culturas e esvaziar um pouco seu bolso.

O turismo cultural vai bem como verniz, tornando-se ainda melhor, quando associado ao de compras. Não adianta a Psicologia explicar que o consumismo é uma forma de compensar nossas carências afetivas. Nós nos assumimos como carentes e necessitados, dependentes e espoliados. nem que seja uma vez ou outra.

Gostaria muito de continuar essa reflexão sobre as implicações psíquico-somáticas do turismo em nossas vidas. Infelizmente, o tempo está jogando contra, pois tenho que ir arrumar as malas para um passeio, tudo acertado com uma Agência de Viagem. Já colei em minha blusa, em torno do braço, uma fita de identificação. Já me olhei no espelho e não visualizei a expressão “Turista Bobo” em minha testa. Estou me sentindo ansioso, excitado, estou rindo à toa. Será que consigo passar impune frente aos vendilhodogs?
Etelvaldo Vieira de Melo
             
            
BABEL
Não é fácil
fazer
edifício. 
OPOSIÇÃO
Escrevo versinhos
não
versões















CONVITE
Que tal
uma fuga
de bar?




Imagens:pensanoamor.blogspot.com




                                                                   




                                                              


















MALA: COMO AMÁ-LA?

Para neófitos em viagens longas, sem dúvida, a mala se constitui um problema crucial. Desde sua aquisição, passando pela montagem e transporte, ela se apresenta como motivo de medo, ansiedade, angústia, muita preocupação.

Comecemos pela compra e as perguntas inevitáveis: Qual o tamanho apropriado? Diante da opção por uma no limite do exagero, não seria conveniente que ela fosse um pouquinho maior, em razão do volume inimaginável que vai transportar? Qual deve ser a sua cor, para ser reconhecida mais facilmente na esteira do aeroporto? Será conveniente amarrar-lhe uma fitinha, para melhor identificação?

Transposto esse round, que quase leva a nocaute nosso herói, eis que ele depara com novo desafio: como equipá-la? Para responder a essa questão, ele faz profundos cálculos mentais, multiplica o número de peças pelo número de dias, acrescenta o coeficiente de imprevistos, consulta o Dr. Google e internautas experts. Por fim, está atolado no lamaçal da incerteza, pois quando a dúvida chega, o bom-senso se afasta.

Com esse tempo destemperado em razão do aquecimento global, considera – ouvindo sábios conselhos - que deve levar agasalhos para todas as estações. Os especialistas dão orientações desbaratadas, cada qual com sua lógica e que merece ser atendida. A mala se torna insuportavelmente pequena, mas alguém dá a sugestão de se comprar um saco plástico do qual pode ser retirado o ar em excesso, por meio de um aspirador de pó, com a consequente redução de volume. Outro sugere que as roupas devem ser enroladas em tubinhos. Atende a todas propostas, ele que se considera um analfabeto perante tantas sumidades.

Finalmente, a mala fica pronta, etiquetada e com dois lacinhos amarrados para identificação: um azul e outro verde. Olha, orgulhoso, para sua obra como a dizer:

- Está vendo? Eu venci...

Entretanto, parece que a mala está a lhe responder:

- Bem que você venceu esta batalha, mas e a guerra?

Nos primeiros momentos, a guerra lhe foi favorável: o entra-e-sai de táxi, o deslocamento no aeroporto, a retirada da esteira, o percurso de trem, a entrada no hotel, a acomodação no quarto.

Ali, teve o primeiro revés: não teve como reativar o sistema a vácuo do saco plástico, que se tornou inútil e foi descartado. O volume ficou transbordante, o que levou à mudança de algumas peças para uma mochila de mão.

No deslocamento pela estação ferroviária, ela quebra sua base de suporte, o que faz com que se apoie apenas nas rodas, sendo impossível deixá-la na posição vertical. Com imensa dificuldade, é arrastada até o hotel do novo destino, sendo substituída por outra, naturalmente maior e melhor reforçada.

Com o suceder dos dias, vai a mala passando por arranjos e desarranjos, sofrendo e fazendo sofrer nos deslocamentos entre estações, trens e hotéis, com a compra de uma lembrancinha aqui e outra acolá, tornando-se naturalmente incapaz de transportar tudo que lhe é devido.  Ganha uma companheira, nas mesmas proporções e medidas, também capaz de provocar as mesmas ganas assassinas, quando aberta e arranjada no interior do quarto de hotel.

E assim transcorre aquele maravilhoso passeio, com a mala se destacando em primeiro lugar pelo tempo de arruma-desarruma, pelo aborrecimento de ter que deslocá-la, pelo esforço de acomodá-la em diferentes lugares, por se tornar insuficiente ao ponto de requerer mais duas companheiras. Pior é que os conselhos dos especialistas falharam miseravelmente: fazia muito calor e as roupas de inverno só serviram para ocupar espaço e aumentar o volume.

Na chegada, enquanto retira as suas da esteira, tem o consolo de verificar que o problema não é privilégio seu: outros passageiros também estão abarrotados de malas, etiquetadas e enfeitadas com fitinhas de todos os matizes...

Nota Complementar. Malartrose: Trata-se de uma virose decorrente do uso doentio de mala em viagem. Ela se manifesta através de pesadelos, durante oito noites, em que o paciente sonha que está arrastando malas entre aeroportos, estações e hotéis; em outros momentos, ele se vê arrumando a mala, mas ela nunca fica pronta, sempre há alguma coisa a ser retirada ou ali colocada.

Infelizmente, ainda não se descobriu um medicamento apropriado para essa moléstia. Estudos, nos USA, em países da Europa e Ásia, já conseguiram uma regressão em torno de 34,52% nos casos pesquisados; entretanto, a droga definitiva continua sendo uma esperança para os turistas, notadamente de brasileiros que realizam, agora, aquele sonho/pesadelo de Ícaro: “Voar, voar, subir, subir... / Ir até que um dia chegue enfim / Em que o Sol (a Mala) derreta a cera até o fim”.  
Etelvaldo Vieira de Melo
Oração
O bichim
também
louva-deus.
Imagem: bocaberta.org
   Pagando Mico
          A cobra
             réptil
            o ano.


 Imagem: curiosoeengracado.blogspot.com.br


PRO ANO NASCER FELIZ, APESAR DE VOCÊ, 
NA BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ

Natal e Passagem de Ano pedem textos contidos, reflexivos, comedidos. Essas datas são águas passadas e o que importa, agora, é a retomada daqueles outros, livres, leves e soltos.

Queremos voltar ao tom de alegria, apesar de que – em pleno início de ano – estarmos sendo atropelados pelos mal-humorados governos municipal e estadual, que nos dão facadas quase fatais com seus famigerados IPTU e IPVA, enquanto o federal afia as garras de seu leão para, a partir de março, nos atacar com unhadas e mordidas. Definitivamente, quase não dá pra ser feliz – como cantava o saudoso Gonzaguinha. Definitivamente, não sei pra que serve um órgão como o IBAMA, que permite ao Ministério da Fazenda manter em suas dependências um felino de tal porte. Por causa de um tiquitinho de azulão, meu sobrinho levou uma multa de R$500,00...

Não sei porque, mas sinto que nossas autoridades nunca estão de bem com a vida. Contiveram seus ímpetos assassinos nas comemorações de final de ano, preparando seus “presentes” para serem entregues agora, quando ainda estamos anestesiados física e psicologicamente.

Já disse, algo a ser transcrito em breve, que, em outra encarnação, caso venha a acontecer, sob as mesmas condições de temperatura e ambiente, pretendo construir uma super-casa subterrânea, mas com cobertura de zinco ao nível do solo, para me prevenir de uma possível hecatombe nuclear, prestar uma singela homenagem a Herivelto Martins (“Ave Maria do Morro”), fugir do furor arrecadatório do governo municipal e seu IPTU.

Falando em governo, por acaso você já recebeu seu cartão de felicitações das secretarias municipal e estadual, agradecendo o fato de ser proprietário de um veículo automotor? É o mínimo que deveriam fazer, diante do muito que lhe é espoliado com taxas, impostos e multas. Como esse não é meu caso - ser proprietário de automóvel - deixo para você a alternativa de inventar um meio em que possa manifestar sua indignação.

Sinceramente, não era minha intenção falar sobre nada disso. Queria mesmo era falar de férias, viagens e passeios. Iria me deter em seus preparativos: a arrumação das malas, talvez o principal capítulo dessa novela. Como desandei a falar mal do governo, esse tema fica para a próxima semana. Já tem até um título: “Mala: Como Amá-la?”

Como não tem jeito de consertar o que já está feito, como o texto foi caminhar por caminhos espinhentos e cheios de urtiga (quem é do interior e já andou pelos campos, sendo acometido de dores abdominais, sabe do que estou falando), quero, pelo menos salvar alguma coisa.

Já fizemos votos de que a Esperança possa estar presente em cada passo de sua vida ao longo de 2013. Além dela, esperamos que você esteja, durante o ano, sempre com o espírito desarmado. Isso é, que deixe de lado o preconceito, o pré-juízo, achar que já sabe de tudo, não permitindo que a vida lhe seja sempre uma novidade.

Outra coisa importante é que você esteja sempre “faminto”. Em sentido figurado, existem pessoas que se dizem sempre “cheias”, “satisfeitas”. Elas se acomodam diante da vida, porque não julgam importante irem atrás do novo.

Finalizando, importantíssimo é ser honesto, sincero. Ano Novo é tempo de promessas muitas vezes vazias, mentirosas, feitas da boca para fora, com palavras que não são legítimas, verdadeiras. Como daquele jovem que dizia querer ser religioso, queria encontrar a Deus. Um dia, ele foi testado pelo seu mestre, quando, ao atravessarem um rio, segurou-o pela cabeça debaixo d’água, deixando-o a ponto de morrer sufocado.

- De que você sentiu mais necessidade enquanto estava submerso? - perguntou o mestre.
- De ar – respondeu o discípulo, respirando fundo.
- Será que você tem tanta sede de Deus como tinha de ar há pouco? Se tiver, certamente o encontrará. Caso contrário, é melhor continuar ateu. Porque um ateu pode, muitas vezes, ser sincero, ao passo que você não é.

Veja você, como sou diferente dos membros do governo. Ao invés de aplicar-lhe uma multa ou um imposto, estou lhe oferecendo – atrasado, por causa de minha doença PFC (Prolapso de Fim de Curso) - em singela embalagem, a Esperança, junto com os votos de que esteja sempre faminto, que viva os acontecimentos de maneira desarmada e que seja sempre honesto consigo mesmo. Pode parecer pieguice, mas você sabe como isso é importante para a construção de sua felicidade.
Etelvaldo Vieira de Melo

P/S: Aproveitando o ensejo, renovo o convite feito na edição de 15/12/12, para que você faça seu comentário nas postagens deste blog, seja naquelas da Graça, seja nas minhas. Além de concorrer aos mencionados prêmios, será ele uma forma de avaliar o nosso trabalho. Por que não usar desse espaço para falar de suas esperanças para 2013? Existe algo que você aprendeu com a vida e que seria importante repassar para outras pessoas?