O DOENTE

Imagem: taisluso.blogspot.com

Aquele ser
sujo e maltrapilho
caído na Praça
não é um rato
nem um cachorro.

Ele é um homem
e todos passam
sem percebê-lo.

No entanto,
aquele homem
estaria guardado
na Constituição.
Como ser humano,
tem direito a voto,
a uma família,
a um banho.

Onde estão os responsáveis
pela sua pobreza?
Estão todos dormindo
na tribuna,
na Prefeitura,
no Governo.

Uns poucos
roubaram o direito
daquele homem
ser cidadão.
Os deputados
os senadores
se  espojam no dinheiro
arrebanhando
o que é do povo.

Aí vem a presidência
E diz que não há mais
Mendigos no país.

Mas todo mundo
vê aquele homem
que permanece à margem
do esquema dos ricos,
montados nas fazendas,
nas mansões de luxo.

No mais,
esse homem é lixo,
jogado na praça
para a sociedade pisar
e passar ao longe.


1 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema!
Prof. Marcos

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