Se
eu fosse dono de um ponto comercial, minha maior alegria seria colocar na porta
do estabelecimento aquelas plaquinhas, que eu vejo em filmes americanos e que
também pude observar nas lojas do sul do país: Aberto (Open), Fechado
(Close), Fechado para almoço (um costume que ainda cultivam lá no
sul).
Eu
poderia fazer uma coisa assim, se não tivesse a intuição que escrever é como
andar de bicicleta: se para de pedalar, você cai no chão. Vai que eu dê um
tempo nas postagens e sento relaxado em frente a um aparelho de TV, com uma
cerveja de um lado, um prato de petisco do outro. Vai ser uma maravilha. A
questão é: e depois? E depois, José, que a festa acabou, o barco da Copa
partiu? Vai que não haverá como ajuntar José e Carolina, com o blog indo à
falência. Só espero que não surjam ações judiciais para se apossarem dessa
massa falida. O que tenho a fazer é resistir enquanto posso, mesmo que os
textos deixem a desejar em termos de conteúdo e qualidade técnica.
Falando
em técnica, outro dia ouvi o técnico de nossa seleção, quando questionado sobre
a qualidade das arbitragens na Copa, dizer que não é sua função se manifestar
sobre o assunto, que isso é competência da comissão de arbitragem. Espertinho o
cara, não é mesmo? Se o Brasil tivesse sido roubado, como foi a Croácia,
estaria ele soltando destemperos verbais. Como foi favorecido, faz boca de siri.
Não importa: tem uma máxima no futebol que diz que, ali, uma verdade não dura
mais que vinte e quatro horas. Ainda tem muita água para passar debaixo da
ponte e ainda vamos ver nosso brilhante técnico soltando os cachorros contra os
árbitros (o que ele pode desconsiderar é que eu venha a lhe oferecer o Thor,
para engrossar o coro canino com seus latidos).
Como
ainda não fui contaminado com o vírus espalhado pela publicidade, tenho pouco
conhecimento do que anda rolando pelos gramados e adjacências. Do pouco que
chega aos meus olhos e ouvidos, destaco a lição de civilidade da torcida
japonesa que, após o jogo, cuidava de recolher o lixo que ela produziu. Isso
que é coisa bacana, um exemplo que deveria ser reprisado pelas emissoras de TV
e espalhado através de outdoors. Quem sabe, assim, nossos vândalos não se
toquem e deixem de lado as depredações e as pichações.
Caso
isso ocorra, só por isso, a copa da FIFA terá deixado um grande legado para
esse país, “bonito por natureza”, mas
que pessoas ignorantes e mal educadas tratam de emporcalhar.
Etelvaldo
Vieira de Melo
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