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R : Defina-se para o leitor, ACC.
AC: "Não
sou divina, não tenho causa.
Não tenho razão de ser nem finalidade própria:
Sou a própria lógica circundante."
Sou uma mulher do século XIX disfarçada em século
XX."
"Femme d'interieur e Femme intrigante."
R : Que pensa neste momento?
AC: "Eu penso
a
face fraca do poema
a
metade na página partida
mas
calo a voz dura
flor
apagada no sonho."
R : Faça uma pergunta ao leitor.
AC: "Pergunto aqui, meus leitores,
Quem é a loura donzela
Que
se chama Ana Cristina
E
que se diz ser alguém.
É
um fenômeno mar
Ou
é um lapso azul?"
R : Do que você anda atrás?
AC: "do depoimento mais inteiro
da
simplicidade mais erma
da
palavra mais recém-nascida
do
nascimento a mais da palavra."
R : Com que você sonha?
AC: Sonho "Inesperadas estrelas
silhuetas
que
se unem
ajuntam
céus sem vácuo
véus caindo."
R : Fale sobre a Política.
AC: "É difícil ancorar um navio no espaço."
"Devo impor justiça do um gesto da outra mão
alimentá-los."
"Ao meio-dia ligo e leio a última notícia:
menina de dois anos causa pânico na vida da cidade.
O
tempo virou dramaticamente."
R : Para quem você escreve?
AC: "É para você que escrevo
hipócrita, fã, cônjuge, craque,
de
raça, travestindo a minha pele."
R : Despeça-se do leitor.
AC: "Pensei que não viria mais aqui,
nas
fiz por onde."
"Chegamos ao mesmo tempo ao mirante
onde a luz se rompe."
R : Obrigada pela entrevista.
AC: "Que perdoem (meus) silêncios,
e
os ventos altos."
("Inéditos e Dispersos" foi tema de nossa tese de
Mestrado)
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