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Quem viu a uva
foi a raposa,
não a viúva.
Ave, uva!
Mal viu o cacho,
quis comê-lo.
Laaaaaá no alto,
as uvas.
Caaaá embaixo,
a raposa.
Que figura!
Quem sabe a vara
derruba a uva?
(Não se mata a fera
com vara curta).
Raposa é um furo:
não vê a uva
nem a pau.
Se subir no muro?
Muro e pulo
não colhem fruto.
Melhor ir embora
porque a uva
que o avô quer ver
continua verde.
Lá se vai a moça
que não viu
a uva.
E o vovô?
Ele viu
a uva e a vó.
Ah, de repente
um ruído atrás.
Com certeza é a uva
caída no chão.
Vira-se a raposa,
estendendo a mão.
Delícia! Delícia!
Mas é apenas
uma folha seca.
Contradição.
Imoral a história.
Quem desdenha
quer comprar.
É pena o dinheiro
à viúva, ao avô, à avó, à raposa
faltar.
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