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Todos os
dias, na rua me perco
Em nua
noite na lua te acho.
Enfrento
frio o calor do meu corpo
Devoro
doce a amargura em teu passo.
Calmos
sentidos ardores espinhos
Maduram
frutos de verdes momentos.
Buracos
negros nos vãos sortilégios
São
brancas horas e estrelas ao vento.
Feneço
vivo por essa Fortuna
Que faz
a mim e a ti reles mortais
Onde
nada é pleno e menos é mais.
Na
tormenta eu sou mar tu és espuma
Encilhados
nos múltiplos desejos
Quando
do Amor em nós restam sobejos.
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