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Este sou eu, e não o
outro.
Estive aqui e aqui
deixei o corpo,
nesta escrita contra o
limite.
Codifiquei minha voz
neste edifício,
sob a forma de
pichação.
Sou aquele que grita:
“Eu existo, por isso
aqui me centro.”
Sei que, para você,
sou o rei
menos o reino.
E você também grita:
“Grades, cerquem ele!”
Eu sou aquele que chama:
“Minha memória contra
o Nada,
nesta letra contrária ao
frio.”
Rasguei o monumento
com a luz negra do desejo.
A mão de sangue ou
tinta,
a minha mão,
segue marcando o muro
da caverna,
desde trinta mil anos
atrás.
Graça Rios
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