Imagem: juazeiro.ce.gov.br |
Há
quem diga que o fim do mundo está próximo. Alguns fanáticos esperam reunidos
por um disco voador (e se suicidam por não vê-lo). Outros afirmam com muita
ciência que o Messias repousa nas nuvens, prestes a descer para levar os fiéis.
Muitos maldizem o estado do planeta, que em breve será destruído pela bomba
nuclear, fome e peste.
O
tetravô de cento e dez anos presenciou catástrofes terríveis. A primeira
guerra, a segunda, a Inquisição e suas fogueiras, os tsunâmis, os cadafalsos,
os juízes da Inconfidência, a Revolução Industrial. Julgou a cada acontecimento
que os anjos realmente se indignaram e logo decretariam ponto final a qualquer forma
de existência. No entanto, viu multiplicado em todo Natal o número de
habitantes da terra. Considerou a chegada do Menino como uma eclosão de
felicidade nos lares universais. Observou que os meios tecnológicos e
midiáticos fizeram dos continentes uma aldeia global. Longe da propagação das
doenças, o avanço da medicina lhe pareceu sobremaneira ampliar a vida das
diferentes espécies. As crianças adquiriam paripasso o conhecimento precoce das
funções do corpo, da matéria, das artes. As viagens interestelares prenunciaram
para ele a ascensão ao infinito.
Então,
nesse próximo dia vinte e cinco de dezembro, saudemos a renovação do sagrado.
Acreditemos que o futuro se abre para experiências ímpares do próprio eu. Há de
reinar sobre todos a influência divina, decorrente do fluxo natal mais
inteligente e sensível que nunca. Discordemos dos pessimistas alienados que
preveem sofrimento e ódio para o homo sapiens.
Enfim,
neste país a justiça triunfará sobre o crime e a iniquidade política e social.
Aleluia, pois o desemprego e a miséria fenecerão. O sol abençoará os filhos do
céu. A colheita de trigo e fé propiciará a união entre os seres de boa vontade.
Assim seja!
Graça Rios
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1 comentários:
belos textos!
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