A CAMINHO DO DIVÃ

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Imagem; felipemaronesi.com.br
Vestido de bolas borlas botas bovarismo bocejo. Paixão do pormenor.
Celular em off que ninguém -  ódio! - atende. Sempre, ninguém atende!
Nacionalidade brasileira, lendo Baudelaire traduzido para o espanhol
prefaciado por alemão em ótimo inglês, ao tempo em que cruza Pequim.
Coquetterie.
Está vendo o band-aid? Ai, os saltos-agulha tão demais muitíssimo
apertados!!!
O que há-de fazer para melhorar o visual, e fechar de vez a ferida
narcísica?
Nem com antibióticos, analista psiquiatra, muito menos com o ansiolítico
X 100mg.
Então, sublimando, pensa nas igrejas de Mestre Aleijadinho. Enquanto
contornava os braços roliços, os mantos de ouro dos santos, o artista
inconfidente se esvaía em lepra e pobreza. Sapiens mulier, ensaia um
sorriso pro alto, tipo anjinho barroco. Assim, meia metade
Athaíde, meia Górgona Medusa arrepiando os cachos.
Abre o espelhinho de observar hímen, desfaz com o corretivo a marca de
expressão.
Ruga, já? Nem pensar.
Sina asinina, a de F comme femme. Ser isso, ser aquilo ou escrava da base
e do pó compacto.

PS: Excesso de delineador garante um make-up de guaxinim.
Wie? As? Hoe? Comment?
Como existir sem Lacan sem pathos nem ecstasy.
Graça Rios

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