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Segundo a gata de
Dalai Lama, a pequena Leoa da Neve, Sua santidade acredita que o sucesso tem
como causa cármica a generosidade. São suas palavras textuais: “A generosidade que você pratica agora significa
que você terá mais sucesso no futuro”.
Quando li isto,
pensei comigo mesmo: “- Se quero ter
algum sucesso na vida, já está passando da hora de praticar a generosidade!”. Coincidência
ou não (Karma?), aconteceu de cair na minha mão, então, um documento que me
motivou a pôr em prática tal projeto. Antes de descrevê-lo, preciso fazer um
reparo:
Estimado leitor, não
pense que o que irá ler a seguir foi escrito motivado por rancor, como se eu
quisesse acirrar ainda mais o confronto e a discórdia entre as pessoas. Longe
de mim essa ideia, pois creio que precisamos mais do que nunca de paz e
benevolência. No entanto, não posso me calar diante do lamento proferido por
Luiz Inácio Lula da Silva em seu “Manifesto ao Povo Brasileiro” e que foi lido no
lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República. Dizia ele,
referindo-se à sua condenação pela posse de um apartamento no Guarujá, em São
Paulo: “Até hoje me pergunto, onde está a
prova?”.
É sabido por todos
que a condenação de Lula tem como justificativa a posse desse famoso
apartamento. Só que ela foi decidida com base em suposições, fortes convicções,
conforme apregoavam o juiz Sérgio Moro e seus procuradores, corroborados pela
turma do TRF-4.
O que me proponho
fazer, em seguida, é desvendar esse mistério, recorrendo a uma salada de
recursos: notícias e depoimentos vários, tudo temperado com pitadas de lendas
urbanas e teorias de conspiração. Estarei, ao final, praticando um ato de
GENEROSIDADE para com Lula, ele que tanto se pergunta sobre provas; para com o
juiz Sérgio Moro e seu time (a partir de agora, chamados pela alcunha de RCT), que
estarão livres de uma acusação sem provas, e, mais do que com todos esses,
estarei sendo generoso para com o povo brasileiro que terá, afinal, o conhecimento
da verdade verdadeira. Com tamanha generosidade, espero estar colhendo
dividendos para meu tão sonhado sucesso.
Primeiro ponto a ser
destacado é a tranquilidade que Lula demonstra ao perguntar pelas provas de sua
culpa. Mais do que alegar inocência, ele insiste em perguntar: “- Onde estão as provas?”, como se
soubesse que elas não podem ser apresentadas.
Estranho, não é
mesmo? É como se ele dissesse: “- Posso
ser culpado (desse e de outros crimes), mas du-vi-de-o-dó que consigam
apresentar as provas!”.
Tudo leva a crer que
a RCT possui mesmo provas e mais provas que, no entanto, não podem ser
declaradas. Daí, ser sempre batida a mesma tecla, a das convicções. Enquanto
eles ficam nesse nhenhenhém, iremos nós, quais cães farejadores, fucinhar o
lamaçal da história recente do país em busca de pistas e vestígios, que nos
permitam decifrar esse enigma mais escabroso do que o da Esfinge de Édipo.
Está acompanhando meu
raciocínio, resoluto leitor? Eu pergunto: - Se existem provas, e tudo leva a
crer que elas existem realmente, onde será que elas estão?
Lula parece dizer: “- Sem provas, sou inocente” (quando o
certo seria afirmar: “- Sou inocente;
logo, vocês não têm como provar nada”). Daí, podemos inferir uma visão
distorcida dos fatos: a culpa dependendo das provas, quando o certo seria dizer
que as provas dependem da culpa. Se não há culpa, não existe prova (a não ser
que seja forjada); se temos provas (verdadeiras), por consequência há culpa.
Em resumo, podemos
estabelecer os seguintes pontos acertados:
- Não se discute a
questão da culpa, que é irrelevante (para nossa análise);
- As provas, em si,
também são irrelevantes (tendo em vista, mais uma vez, a nossa análise);
- A questão é: tem
como provar as provas? Lula aposta que não tem como; a RCT teme que, com a
prova das provas, “a emenda fique pior do que o soneto”, isto é, acabe
inviabilizando todo o processo de julgamento e de condenação de Lula. Daí,
preferir bater na tecla das convicções, da acusação sem provas.
- De minha parte, não
só creio ter encontrado a prova da prova, como tenho o propósito de revelar
quem é o seu verdadeiro detentor ou dono. Da prova. É então que terei que
recorrer a lendas urbanas e a teorias de conspiração. Mas, antes, outro reparo:
Peço-lhe desculpas,
paciente leitor, mas, no afã de ser preciso, acabei me embrenhando no terreno
pantanoso da Lógica, esgotando os limites de uma crônica regular. Prometo
chegar a um desfecho na próxima postagem, revelando o local onde as famosas
provas estão. ESTAREI ANTENCIPANDO UMA NOTÍCIA DA QUAL VOCÊ SÓ TOMARIA
CONHECIMENTO DAQUI A CINQUENTA ANOS... É só aguardar, você que aprendeu a
cultivar o hábito da paciência, eu sei, assistindo à série “La Casa De Papel”.
Etelvaldo Vieira de Melo
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