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Glória à escravidão
castrada do poeta!
Alves pulando
Carnaval
É VENDAVAL.
Brincam vadias
doudas na Avenida Tetas
inquietas musas em
brilhos e adereços.
Grandezas negras de
um país avesso.
Brasil de anil fabril
febril donde estás?
Adonde, ó deus dos
Orixás?
Há dois mil anos se
estreitam as cabrochas
em braços machos
fortes.
Muitas delas,
escravas mortas.
Tântricas belas em
pelo que Iemanjá exporta.
Escola da Pró-celas
corre o infinito
como turba de
infante borboletas
(parece capeta.).
Vagam vagas nos céus
as tétricas estrelas:
inde cumê elas. Vem
cá, povo, come elas
nos mastro da
mezena.
Resvala, brigue,
rebola a bolinar
minha mulata cuíca a sonhar.
Que nauta deu
bandeira o violão!
Atabaques ao mar,
varrei o samba, tufão.
Graça Rios
8 comentários:
Espetacular como você Graça Rios!
Retratou bem a historia da escravidão aliada a loucura febril do carnaval brasileiro e a ideia que passa sobre as mulheres perante os homens no nosso brasil
Retratou bem a historia da escravidão aliada a loucura febril do carnaval brasileiro e a ideia que passa sobre as mulheres perante os homens no nosso brasil
Fantástico... parabéns Graça Rios👏👏👏👏
parabéns Graça. Belíssimo texto. Parabéns 👏🏼👏🏼👏🏼
Graça,sempre surpreendendo com sua criatividade e recursos literários. Muito legal essa alegoria negreira em versos contemporâneos! Parabéns!
Parabéns você é demais nos deixa inspirado com seus ensinamentos
Você nos inspira com seus belos textos
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