CALEIDOSCÓPIO

 

EFÊMERA

Fosse tudo e ainda seria pouco

Fosse muito e ainda seria quase nada

Mesmo que fosse ainda não seria

Mesmo que chegasse ainda não estaria perto

Pois o que parte nunca vai chegar

E o que fica não permanece

Já que tudo oscila entre a verdade e o que acontece

Tudo transita entre o desacerto e o correto.

Etelvaldo Vieira de Melo


MEIO AMBIENTE? YES! NÓS TEMOS BANANA"!



 Os tempos são difíceis, são tempos duros,

portanto, mudem as pessoas e

os tempos serão melhores.

(Santo Agostinho)

O Brasil vive atualmente um momento ímpar com a questão ambiental. A degradação do Meio Ambiente decorre, em grande parte, de licenças expedidas pelos poderes públicos – prefeituras municipais e licenças do Estado. Tudo isso acontece em desacordo com a legislação. A caricatura ajuda a entender o retrato do governo de Minas e de muitas prefeituras. Interessante que para comer a banana com a casca, o governador de Minas Gerais consultou uma nutricionista. Isso me dá o direito de perguntar: Por que não consultar a legislação sobre o meio ambiente e os órgãos competentes antes de conceder uma licença ambiental? Essa e outras exigências atravessam a política, pois o momento histórico que estamos vivendo vai além de uma política partidária e exclusivista. Mais que em outros períodos históricos, nossa realidade é diversa e plural. A melhoria moral da política brasileira é a base para que possa existir uma saída desta situação complexa em nível nacional, estadual e municipal. Como lembra o poeta Maurício Segall: “Brasil, país sonhado,/ Brasil inferno vivenciado”. A questão ambiental é grave em Minas Gerais devido ao projeto excludente e corrupto. É bom lembrar a luta pela Serra do Curral, o rompimento de barragens nas bacias do Rio Paraopeba e Rio Doce. Tudo leva a crer que há um consenso geral sobre a necessidade de preservar o meio de vida e salvar o planeta. Um compromisso com esta causa engloba meio ambiente, desenvolvimento e sociedade civil. O pensador Milton Santos dizia: “O território é o chão. O território são as pessoas, a identidade, os fatos e o sentimento de pertencimento”.  Se o desenvolvimento é a meta a ser atingida, é possível alcançá-la com a preservação ambiental. Caso contrário, no futuro não teremos mais o Brasil, mas um pedaço de floresta, um chão batido, uma vala por onde passava um rio etc. Será o “Exílio da canção”, de Gonçalves Dias, somente estampado em calendários e “souvenirs”. A esse quadro, acrescento o desrespeito à vetusta cidade de Ouro Preto, patrimônio cultural da humanidade, recentemente. O governo Zema flexibilizou regras de licenciamento ambiental favorecendo o desmatamento da Serra do Botafogo, comprometendo o clima, a biodiversidade e destruindo esse espaço natural. Quando essa devastação começou, a população gritou, os ambientalistas se movimentaram, vários órgãos e departamentos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) se posicionaram para impedir o cortejo de incidentes nos arredores da cidade. No entanto, nenhuma voz foi ouvida, nenhum documento mereceu um olhar crítico e sério. Tudo foi espezinhado em sua dignidade e em seus mais sagrados direitos. A omissão (e negligência) do Estado não respeitou os direitos da sociedade em relação a esses bens. Era preciso salvar “a casca da banana” que nem deu cacho e, ainda, não sacrificar o altar do capital. O balcão de negócios nos órgãos do governo mineiro é o retrato corrupto dessa história, segundo a operação realizada pela Polícia Federal no dia 17 de setembro deste ano. É um combo nocivo ao meio ambiente. Diante deste cenário, “é preciso estar atento e forte”, pois a questão ambiental é uma questão social. Os setores conservadores e a lógica autoritária defendem a problemática ambiental como sendo uma questão técnica e desenvolvimentista. Não podemos assistir passivamente a este cardápio desidratado dos poderes públicos. Precisamos tirar a ética do exílio e do desterro. O atual sistema político necessita de saneamento. O mundo, a vida, a criação precisam ser preservados. É sempre bom lembrar que o nosso voto em 2026 tem poder de mexer, remexer e inventar outra política. A saída é mudar o atual cenário político: outros deputados e outros senadores. Os políticos que temos são pobres demais, só têm dinheiro. É difícil, mas mobilizar é preciso. É preciso abrir os olhos para as coisas que estão acontecendo. Assim, dialogo com a canção “Clareou (Deus é maior)”, de Serginho Meriti e Rodrigo Leite: “Pode a dor uma noite durar /Mas um novo dia sempre vai raiar / E quando menos esperar, clareou”.

(Mauro Passos)


RACIOCINANDO SOB HIPÓTESES

 
Imagem: Freepik


O sentimento de gratidão é, para mim, uma grande virtude. Quero dizer com isso que nunca devemos cuspir no prato em que comemos. Veja o exemplo de meu caso específico.

Todos sabem que neste país, de praias brancas ensolaradas e de povo heroico, o magistério é a segunda profissão mais destratada, humilhada, vilipendiada, ridicularizada. De tal modo que, quando alguém se declara professor, ele é olhado com sentimento de pena, com alguns mais sensíveis chegando a verter copiosas lágrimas, tamanho o grau de dó. Também é frequente entre os profissionais da Educação aquele ditado que diz “Hei de vencer na vida, mesmo sendo professor”.

Já a profissão mais esculachada é a do político, mas esse - tirando honrosas exceções – não está nem aí, preocupado tão somente em enganar seu eleitor, enquanto amealha em malas montanhas de dinheiro roubado de impostos. Está aí Michel Temer que não me deixa mentir.

Sobre ser professor, declaro em alto e bom som que fui um. Para meus ex-alunos, só peço desculpas por não ter sido um profissional melhor. No entanto, aprendi que o sucesso é relativo, já que sempre procurei ser honesto, e a honestidade sempre traz resultados.

Outro exemplo que me ocorre vem da classe das prostitutas.

Os dicionários dizem que prostituição é a atividade de vender serviços sexuais em troca de dinheiro ou bens. A mulher que faz isso é chamada de puta, cacote, mulher da vida, piranha, vaca, prostituta.

Interessante como um mesmo conceito pode ser expresso com palavras diferentes, sendo umas mais contundentes, enquanto outras “douram a pílula”, amenizam seu significado. Uma coisa é chamar uma prostituta de “marafona” e outra é denominá-la “garota de programa”.

Em Brasília, garotas de programa que fazem seu métier, marcam ponto, nas duas casas legislativas eram chamadas de “marias-emendas”; hoje, com o avanço cibernético, elas são denominadas “influenciadoras do sexo”. Tal negócio é tão próspero que tornou o Congresso Nacional o maior centro de prostituição do Distrito Federal. Quem diz isso não sou eu, mas jornais usados como fontes de pesquisa.

Tocando em frente, vamos supor, raciocinando sob hipóteses, que uma dessas garotas tenha feito programa com determinado político e, ao fim, tendo sido bom para ambas as partes, tenham decido estreitar a relação através dos sagrados laços do matrimônio. Em um segundo momento, vamos supor que esse político, por circunstâncias diversas, tenha subido na escala eleitoral, chegando ao posto de presidente da república.

Chegando a esse ponto, vamos supor que um(a) jornalista venha a público, dizendo que aquela garota tal casada com aquele tal político era uma garota de programa. Diante desse quadro, qual seria a sua melhor reação? Negar, fazer piti, birra, entrar com ação de danos morais contra a denunciante?

Poderia até acontecer dessa ex-garota de programa, agora cercada de todos os lados por políticos profissionais, tenha tomado gosto pela coisa e se aventurado no jogo eleitoral, candidatando-se à presidência do país, apoiada também-e-especialmente por gente que se diz religiosa e que adora misturar política com religião.

Olhando para esse quadro cheio de hipóteses, penso que a melhor resposta da garota a uma possível denúncia de ter sido ela uma garota de programa seria assumir com orgulho seu histórico de vida. Agindo dessa maneira, honrando seu passado, não cuspindo no prato em que comeu por determinado tempo, ela seria vista com outros olhos, merecendo de minha parte não uma pedrada, mas o mais alto elogio e o mais puro respeito, quem sabe, até mesmo meu humilde, discreto e sincero voto. Porque o sentimento de gratidão continua sendo para mim uma grande virtude, uma boa prova de caráter.

Etelvaldo Vieira de Melo




CONGRESSO NACIONAL: BLINDADO E PRIVATIZADO

 


Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína.

(Caetano Veloso)

 

A democracia no Brasil está fora dos trilhos. Por quanto tempo continuaremos com os políticos que hoje são deputados estaduais, federais, senadores? E continuaremos com a mesma sucessão de prefeitos? Há exceções? Pena que são poucas. Diante da desordem e da banalidade política, está ocorrendo um esvaziamento da ordem democrática. Isso que está ocorrendo é um processo de longa duração. A menos que o fim do mundo chegue antes. Portanto, esse quadro político pode continuar, mas sem responder às necessidades da nação. Sua longa duração terá implicações enormes. Será a “Era da crise” (é o termo da moda): crise ambiental, crise ética, crise na educação, crise na saúde, crise urbana, crise energética, crise, crises... É o efeito devastador da atual política no Brasil. A violência política, portanto, é grande e grave. A PEC da Impunidade (PEC 007), votada no Congresso Nacional, aconteceu em poucas horas (eles não adiam o mal). Detalhe: blindagem rima com pilantragem. “Macunaíma”, no seu canto, iria rir dessa situação. O processo de luz e sombra, construção e ruína traça o atual mapa do Brasil. Assim, foi selada a privatização do Congresso. Agora, a prioridade é dos políticos (particularmente dos políticos com fichas sujas). O cidadão foi desalojado de sua cidadania. Como adiar o fim da democracia? É preciso uma mobilização política. Indignar-se e contagiar. Sem um trabalho com as camadas populares, continuaremos com o mesmo congresso, o mesmo senado e os mesmos governadores. Enfim, com os mesmos políticos (ou outros piores). Precisamos dar uma volta por cima e mobilizar grupos e pessoas. É urgente reagir e pensar: como atingir mais grupos, mais pessoas? Usar os espaços públicos, inclusive as Câmaras Municipais para debates, encontros, teatros, projeção de filmes. Com criatividade, lucidez e organização podemos fazer um bom trabalho com o povo, os jovens, os(as) trabalhadores(as). O que mais importa é a redescoberta de um novo horizonte político. Em um país onde a questão política se submerge a cada dia, envolvida num redemoinho de desrespeito, corrupção sem precedentes (pense na corrupção da mineração em Minas Gerais), precisamos ter um verbo como bússola: AGIR. Uma ação organizada e participativa. Para colocar a política brasileira nos trilhos é preciso “consciência política”. Não pensemos duas vezes, três bastam. Sem educação política, participação e mobilização o Brasil não vai para frente. Na antropofagia política que vivemos, para não sermos devorados, é preciso resistir. Juntos podemos mudar o Congresso Nacional com a cor da ética, justiça e respeito nas eleições de 2026. O caminho é encontrar saídas. Este é um sinal de esperança e um programa de ação coletiva, dirigida por solidariedade. Por meio de uma discussão aberta, a população pode se colocar a par dos problemas e partilhar tentativas de solução. Como escreveu Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

 

(Mauro Passos)

ESPERADA RENOVAÇÃO E A DEMOCRACIA EM EXPONENCIAL (4x1)

 


Algum dia dividiremos

a liberdade em fatias

e nos amaremos – sem fome –

em absurda alvorada.

(Bartolomeu Campos Queirós)

 

Na espera da primavera que se aproxima, dou boas-vindas à nova estação já antecipada com o “Prêmio Nobel de Política” para o Supremo Tribunal Federal (STF). Contra os lemas e “zemas” atravessados sinalizo o mérito, a competência, a dignidade e o nível de cada componente do STF que defendeu a democracia, a soberania do país contra a “tentativa de golpe” orquestrada por Jair Bolsonaro. Com uma justa composição de argumentos jurídicos e provas, Alexandre de Morais sustentou os princípios certos e condenou todos os réus que planejaram o golpe contra a democracia. Flávio Dino numa atmosfera de sensibilidade e leveza mostrou conhecimento, lucidez e competência em seu pronunciamento. É um clássico, de palavra mansa, com um dom de cordialidade e simpatia. Como diz o poeta Manoel de Barros: “As coisas desejam ser olhadas de azul”. A Ministra Cármen Lúcia com uma fala livre, sincera e carregada de afeição ponderou: “Ditadura vive da morte. Não apenas da sociedade, não apenas da democracia, mas de seres humanos de carne e osso”. Com um acervo e “habitus” de sabedoria, esta ministra deixou claro o significado de uma ditadura. Não é apenas “uma questão de interpretação” como disse o Zema. Detalhe: Valho-me de uma máxima de Virgílio: "Latet anguis in herba" (A cobra se oculta debaixo da erva). O presidente Cristiano Zanim conduziu as sessões com respeito, diplomacia e elegância. Manteve a ordem, a primazia da verdade e o ético da política, diferente das reuniões conduzidas por Bolzonaro, quando presidente da nação. O Brasil que desejamos deve ter a medida de sua perfeição na riqueza das diferenças e no cuidado das instituições do regime democrático. Unidos com o STF e contra a violência bolsonarista, o favoritismo tarcizista e a manipulação zemista será possível restabelecer a justiça tão ofendida. Assim, podemos sair desta depressão histórica. Mais ainda: fazer valer os direitos humanos, sociais e políticos. É bom lembrar que a tolerância anda de mãos dadas com a verdade e a justiça. Isso nos convida a interrogar os fatos e o cenário sombrio do mundo contemporâneo (do Brasil contemporâneo). Outro Brasil é possível. E com renovação. Sua exponencial está no exercício da união, diálogo, coragem e interpretação dos acontecimentos. Utopia ou sonho? Sonho e utopia para descobrir a verdadeira extensão do mundo e da vida. E, assim, “nos amaremos em absurda alvorada”.

(Mauro Passos)

QUEM SOMOS NÓS NUMA PRÓXIMA ELEIÇÃO

 
Imagem: Pixabay

O que SENTIMOS sobre a guerra híbrida (projeto de Trump contra o Brasil para impedir a consolidação de um projeto nacional soberano e sobre o perigo de perdermos nossa soberania)?

O que SENTIMOS, sobre o genocídio na faixa de Gaza (que mostra a indiferença das pessoas diante um genocídio)?

O que SENTIMOS sobre a adultização infantil, quando essa mazela é tão velha e começou com as crianças filhas de escravos, que os patrões fazendeiros as usavam como objetos sexuais? Essa monetização atual, é também política de manipulação (Deus, Pátria e família). As crianças sempre estiveram no sinal de trânsito trabalhando, nem os políticos e nem nós nunca falamos sobre, ou fizemos algo para mudar isso, mas as big techs monetizaram esse assunto para ter lucro, quando elas mesmas se negam a apoiar a regulamentação das redes sociais, onde essas mesmas big techs monetizam aberrações políticas, sexuais, emocionais.

O que SENTIMOS se estamos numa situação de vassalos, orquestrados por Dudu Boçalnaro, que continua recebendo seu salário para destruir o Brasil?

O que SENTIMOS por esse Judiciário? Por Alexandre de Moraes, um ministro colocado pelo golpista Temer? Que votou pela NÃO concessão do habeas corpus do ex-presidente Lula, quando o imputado a ele foi CRIME INDETERMINADO? Podemos confiar nesse Judiciário que apoiou o impeachment de Dilma sem CRIME, sendo presidente da mesa dos golpistas Lewandowski, hoje ministro da Justiça? Gilmar Mendes chamava os ratos da Lava Jato de heróis do Brasil, e hoje os chama de organização criminosa!

O que SENTIMOS se a classe dominante (bancos/banqueiros) cresce no PODER que rege a nação e rege a política monetária nacional? 

O que SENTIMOS se sabemos que quem dominar a Inteligência Artificial vai dominar o mundo e vão decidir quem ganha e quem perde uma eleição?

Será que ainda SENTIMOS? Será que a SENSIBILIDADE, que é a verdadeira forma de inteligência, ainda nos permeia?

O QUE SOMOS, além das escolhas condicionadas?

Quem sou eu na política brasileira? Um vassalo inculto de extrema direita do submundo bolsonarista ou um esquerdista que apoia o neoliberalismo lulista? Outra opção seria inválida ou hipócrita, pois a direita apoia a extrema direita, e a esquerda radical apoia a esquerda neoliberal!

Acredito que temos que ENTENDER as coisas como elas são, para podermos ENFRENTÁ-LAS como elas verdadeiramente são.

Não existe neutralidade axiológica, todo mundo tem valores e todo mundo escolhe conforme esses valores.

Por que alguém vota num imbecil miliciano que exalta o AI5 e a ditadura de 64, que homenageia Ustra (um torturador cruel de mulheres), que hostiliza o STF por defender a democracia, que diz que preto tem que ser pesado em arroba, que diz que prefere um filho ladrão do que gay,  que usa a fé para perseguir, que anda com a bandeira de Israel - que já matou 20 mil crianças até agora, que tinha uma minuta de golpe com plano de assassinar Lula, Alkimin e Alexandre de Moraes, que nunca fez nada pelo povo, que comprou 51 imóveis com dinheiro vivo e outras bandidagens, que tem 5 filhos com 3 mulheres diferentes e é o representantes de Deus, Pátria e Família?

Esse público é o mesmo que votou em Zema, um poço de imbecilidade e de imoralidade financeira. É o mesmo público que votou em Cleitinho que, de repositor de mercadoria de uma venda, com lacração e mentirada, virou deputado, senador e agora está em primeiro lugar no ranking para governador de MG! Sai um super burro e entra um super jumento, e talvez esse coma abacaxi com casca, espero!

 Como dizia Freud, quanto mais fraco, inculto, solitário e desesperado for o sujeito, maior é seu desejo de integrar movimentos autoritários que prometem redimi-lo de sua insignificância e frustações cotidianas!

Essa é a prova de que se pode ter um grande intelecto, mas não se tem inteligência, porque na inteligência existe a capacidade inerente de SENTIR tanto quanto de RACIOCINAR.

Sabe onde a direita nada de braçada? Nos meios digitais, com apoio das big techs americanas, máquina de fazer imbecis alienados. Os discursos da extrema direita são CONTRA O SISTEMA, contra o STF, contra o Congresso, contra salário decente, contra educação, segurança e saúde). Com a alienação, ignorância política, interesses pessoais de grupos e pessoas desprovidas de sentimento de comunidade, esse discurso manipulador consegue lavar muita mente de segunda mão. A degradação do Congresso, com o baixo clero bolsonarista, segue uma intenção e forma de destruir as instituições, mostrar que tudo não presta e que tudo é uma palhaçada. E estão conseguindo seu objetivo, temos uma crise no sistema político, o povo não acredita no STF, nem no parlamento e nem no presidente! A extrema direita é a única força revolucionária da atualidade, pois o inculto quer violência e uma sociedade autoritária!

Por que alguém ainda vota no Lula como se ele fosse a esquerda brasileira? Ele tem hoje 7 ministros bolsonaristas? Por que nos enganamos pensando que um governo de "frente ampla" é de esquerda? Não temos uma esquerda revolucionária, que faça uma ruptura total com o neoliberalismo, mas temos a continuidade dos liberais nesse sistema que sustenta essa massa de gente colocada em instituições públicas e privadas, com bons cargos, com salários altos e benefícios, para manter o estado atual e a situação de desigualdade social permanente!  Podemos dizer que temos um governo de esquerda, se o vice-presidente é o neoliberal tucano Alkimin, esse senhor que jogava tropa de choque em cima de professores, senhoras de idade, e o secretário de segurança pública era o Alexandre de Moraes? Imagina se Lula morre e esse neoliberal violento assume, o que seria do nosso voto de esquerda? Na verdade, nosso discurso sempre foi uma utopia, e precisamos ter consciência que votamos em Lula para evitar o pior. E talvez façamos isso novamente, pois o milico fascista Tarcísio está com os olhos cheios de sangue (especialistas da ONU destacam a devastadora brutalidade das políticas de Segurança de Tarcísio, e ele diz que não está nem aí)! Perguntaram para o Jones Manoel, historiador e militante do PCB, qual liberal da direita ele ainda considera ético, e ele respondeu: Fernando Haddad.  A esquerda liberal é apenas uma melhor proposta, um remediador para a situação em que estamos mergulhados, e para que não tenhamos de volta o caos absoluto do submundo bolsonarista! Lula chegou à presidência, mas não chegou ao PODER. Ele disse que está acontecendo um genocídio em Gaza, mas só falou, não fez nada, porque NÃO TEM PODER PARA FAZER. As pessoas que cuidam da política monetária não foram eleitas por ninguém, mas Galípolo banqueiro foi escolhido por Lula. É bom lembrar que a independência do Banco Central se deu com Boçalnaro e Guedes, para que o eleito Lula não controlasse a política monetária nacional, mas sim os banqueiros.

Outra questão importante, é o uso da fé para manipular a política e angariar poder. Silas Malafaia não é um pastor, ele é o líder da extrema-direita com uma linguagem de mafioso, é um agente político que adultera o repertório bíblico para manipular fiéis e obter ganhos políticos. Hoje, segundo o próprio Malafaia, numa entrevista que está no documentário APOCALIPSE DOS TRÓPICOS (Netflix), afirma que os evangélicos têm mais de 30% dos votos nacionais, e ri como se o poder fosse dele. É bom lembrar que a Alemanha não era ateísta, ela era uma Alemanha CRISTÃ, e teve uma teologia que deu sustentação ao nazismo. Malafaia se utiliza da Bíblia para dar sustentação ao discurso da extrema-direita, que segue padrões de violência, autoritarismo e controle sobre as mentes das pessoas.

Concluindo:

A política no Brasil se reduziu ao voto, o meio técnico não cria lideranças e a eleição se tornou um instrumento de alienação, pois não se aprende nada numa campanha eleitoral! O VOTO é mais um processo de RAIVA do que de credibilidade em alguém! Estamos todos fazendo parte de uma chamada digital, somos apenas parte de um algoritmo! Hoje temos duas fés, uma no sistema capitalista e a outra na tecnologia - se uma falhar, a outra vai resolver - mas a dança dessas duas juntas está comendo o planeta. Um rio não volta a ser um rio daqui a 100 anos, uma montanha não volta a ser uma montanha, estão exaurindo a terra e tudo sendo apropriado por acionistas da mineração.

Só temos um planeta, e ele está sendo destruído..., mas tudo bem, ainda estamos vivos, dizem os canalhas.  Fica a pergunta: a ciência poderá fazer alguma coisa pelo planeta depois que ele virar pó?

Os Estados Unidos, ao longo dos anos, construíram um manual de justificativas para intervir em outros países, dizem que é para proteger vidas, a democracia, combater o narcotráfico, mas o que buscam são os recursos naturais, controle geopolítico e influência econômica. O Dudu bananinha deu uma entrevista para o submundo da Folha de S.P. e disse que se não tiver Boçalnaro na eleição de 2026, Trump não reconhecerá o resultado da eleição.  Há um acordo de desestabilização do nosso país, não como crime de lesa pátria, mas um crime objetivo, de tornar a eleição sem Boçalnaro ilegítima, e permitir a ocupação física dos Estados Unidos no Brasil, o que seria o 2o "round" do golpe. Esse recado golpista nos faz concluir que, também o foco do bolsonarismo é o Senado para destruir o STF, e que Zema, Tarcísio, Caiado e Ratinho Junior, quatro bolsonaristas, serão apenas fantoches dessa engrenagem maligna para confundir o povo. Infelizmente, precisamos entender que, agora, não se trata mais, de somente eleger Lula, mas de garantir a SOBERANIA NACIONAL.

O Congresso vai pautar a anistia para livrar Boçalnaro e seus comparsas, a chance de justiça e responsabilizar esses filhotes da ditadura é uma mobilização, pressão digital, gente nas ruas! Mas o povo não sabe o que é um instrumento de poder, ele domina ou será dominado por ele, e a opção do povo brasileiro foi ser dominado por ele. Os militares vivem como uma casta, Boçalnaro transformou seus soldos em valores milionários, e esses vão manter esse privilégio, nem que seja pela força, como sempre fizeram. Se o alto comando militar era legalista, por que não deu voz de prisão para o Boçalnaro quando tiveram acesso à minuta do golpe e da proposta do Bozo?  A esquadra estadunidense já está em frente a Venezuela, é um pulo para mudar o rumo para o Brasil, mas o lucro e os privilégios do capital exportador são mais importantes que a soberania do Brasil, os ratos do União Brasil e Progressista já estão entregando seus ministérios no governo, para aprovar a anistia e fechar o pacto com Dudu bananinha - que representa os USA. Lula é o instrumento ideal que os capitalistas podiam ter - banqueiros e agronegócio nunca lucraram tanto quanto com Lula, e esses mesmos exigem cortes constantes nos programas sociais. A extrema-direita ataca e a esquerda se defende, a extrema-direita vai para as ruas e a esquerda assiste comendo pipoca, a esquerda fica procurando encontrar a linguagem enquanto a direita encontrou a linguagem da lacração.

Podemos ser alguma coisa, que não seja essa narrativa de extrema-direita (ou direita), esquerda liberal (ou esquerda radical)? Vou me mover pensando eu sou isso, ou ainda tenho a possibilidade de exercer a liberdade de não pertencer a tudo isso? Para fazer parte desse complexo capitalista, identitarismo, pluralidade, identidade, diversidade, precisamos deixar de ser quem somos e sermos apenas um clichê social. O bolsonarismo intensificou a colonização do privilégio: A SUA FAMÍLIA NÃO PRECISA TER OS PRIVILÉGIOS DA MINHA FAMÍLIA, essa premissa conquistou muita gente abjeta. Mas essa foi e é a história do Brasil, escravidão e tortura do povo indígena e do povo preto (depois incluíram os pobres). O mal é tão difícil de combater quanto a imbecilidade da burguesia, eles não negociam, eles impõem. O Brasil continua numa periferia secundária dos Estados Unidos, a classe trabalhadora se desorganizou com a perseguição aos sindicatos, uma burguesia que não tem projeto para o Brasil, mas SOMENTE para suas famílias, e continuará explorando o trabalhador sem direitos e devastando o meio ambiente. Nessa minha fala, sobre tantos homens de terno e gravata e cérebros senis, termino homenageando os índios que contemplam a natureza ao invés de enxergá-la como dinheiro, que dançam e cantam por prazer de estarem vivos, que entendem que esse solo é um ente vivo e sagrado, que entenderam que a gente não está num mundo de recursos que possam explorar infinitamente. Peço perdão a eles pela violência e pelo que sofreram e sofrem ainda por injustiças, com violência em suas terras, pelo rompimento da barragem que cobriu o Rio Doce, rio que era considerado um ancestral dos Krenaks, que sentiu a dor da perda do rio com se um deles fosse, pois o rio era a vida deles. Podemos ser alguma coisa além da política? Podemos pensar uma nova ética capaz de respeitar a diversidade e a natureza (uma verdadeira sustentabilidade)?  Qual político reconhece as diferentes cosmovisões e formas de valorizar as culturas indígenas e suas sabedorias, além de reconhecer o capitalismo devastador? Votar para presidente em 2026 será para todos nós um grande desafio, teremos de ver os fatos profundamente caóticos e podres e, a partir da compreensão, da ausência de conflito interno, observar que candidato possa ter uma vida sã, com pensamentos benignos e inteligentes, com uma mentalidade holística, harmoniosa e longe de toda hipocrisia. É difícil encontrar? É! Mas precisamos de alguém que se aproxime mais disso! Nós temos uma responsabilidade com as próximas gerações!

Ellen Pietra


NO DIVÃ, O EX-MINISTRO

Imagem original: MundoPsicologos,com

“Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha.”

(Victor Hugo)

 

Por trás de toda ação existe uma oculta razão, é o que repete sempre um amigo.

Quando Alexandre de Moraes começou a aplicar a Lei para punir aqueles que atentaram contra a democracia no país, parte da Imprensa, chamada por Paulo Henrique Amorim de PIG – Partido da Imprensa Golpista, sentiu-se incomodada e cuidou de jogar por terra a credibilidade e a ação do ministro, tentando encobrir os tubarões-empresários que financiaram a tentativa de golpe. Entre suas artimanhas está a de colocar sob holofotes Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF.

Não faz sentido pedir a um engenheiro, cujos projetos quase todos fracassaram, ocasionando até mesmo perdas humanas, para avaliar o trabalho de um colega. De forma similar, é muito suspeito recorrer ao depoimento de Marco Aurélio sobre a ação do ex-colega Alexandre. Como haveria de dizer o título daquele filme: - Marco Aurélio, seu passado condena.

Marco Aurélio foi indicado ao Supremo por Fernando Collor de Mello, seu primo, em nepotismo descarado. O “Caçador de Marajás” forjado pela Rede Globo ainda não havia entrado em desgraça frente aos detentores do Poder, e o Congresso, por via de consequência, não tinha afiado as garras para cassar o caçador.

Agora, tendo passado muita água por debaixo da ponte, o Fernando foi, enfim, condenado por causa de suas falcatruas (roubos), mas gozando do consentimento de uma tal “prisão domiciliar”, artimanha inventada para não deixar tubarão ver o “sol nascer quadrado”, que isso é coisa da ralé. (Caso eu fosse advogado, iria trabalhar “pro bono” em favor dos “ladrões de galinha”, requerendo para eles essa tal prisão. Com isso, estaríamos ao menos resolvendo o problema da superlotação nos presídios no país.)

Antes de ir para o Supremo, Marco Aurélio havia sido nomeado, em 1981 por João Figueiredo - aquele que preferia cheiro de cavalo a cheiro de gente, para ministro do Tribunal Superior do Trabalho (STT).

Seu dossiê, enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal, é extenso e marcado por ações em favor de grandes bandidos, para os quais distribuiu habeas corpus a rodo: Salvatore Alberto Cacciola (responsável por um rombo de 1,5 bilhão de reais aos cofres públicos; Suzane Louise von Richtthofen (jovem de classe média-alta paulista, julgada e considerada culpada pelas mortes dos próprios pais); Antônio Petrus Kalil (O “Turcão, acusado de explorar caça-níqueis); Luiz André Ferreira da Silva (o “Deco”, vereador do município do Rio de Janeiro, considerado um dos mais perigosos milicianos da Zona Oeste do Rio); Bruno Fernandes de Souza (goleiro, preso e condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo crime de homicídio); Odemir dos Santos (o “Branco”, integrante da facção criminosa PCC, preso por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas); Moacir Levi Correia (“Bi da Baixada”, responsável pela expansão do PCC no Estado de Santa Catarina, condenado por homicídio e associação criminosa).

Outras de suas ações controversas. 06/2013: único ministro a votar contra a prisão do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO); 2020: mandou soltar o traficante André do Rap, apontado como chefe do grupo criminoso PCC (decisão revertida  pelo presidente do STF, mas a essa altura o traficante já estava foragido da polícia); 28 e 29/04/2010: votou contra a ação da OAB que visava impedir que a lei da Anistia mantivesse os agentes públicos do regime militar resguardados por aquela lei; 06/ 2010: foi um dos quatro ministros que votaram contra a constitucionalidade da aplicação da Lei Ficha Limpa para as eleições daquele ano.

Anotando esses dados, vejo que Marco Aurélio foi condescendente com bandidos, notadamente os do PCC. Por coincidência, saiu agora a reportagem de uma ação da Polícia Federal, jogando por terra a teoria abraçada pelos bolsonaristas e pela extrema-direita de que o partido PT tinha ligação com o PCC. A investigação policial mostrou que, pelo contrário, um dos principais tentáculos do PCC está lá na Faria Lima, bunker dos donos do dinheiro no país.

Pois bem. Com esse histórico, não vejo o ex-ministro Marco Aurélio como pessoa indicada para destilar opinião sobre as presentes ações de Alexandre de Moraes, já que me parece mais aquele engenheiro de projetos fracassados. Mas o PIG, movido por ocultas razões, dá vez para ele. E, em uma das entrevistas, ele vociferou:

-  Estou triste com a deterioração da instituição (Supremo). A história é implacável e acerta as contas depois. Não viveremos dias melhores no Brasil com atos de força. Vamos marchar com temperança. Alexandre de Moraes deveria ser colocado num divã: sua conduta é autoritária. Bolsonaro tem recebido tratamento vexatório (por ser obrigado a usar tornozeleira), como se fosse um criminoso de alta periculosidade.

Resumo da ópera: Alexandre de Moraes está errado, é preciso passar pano para aqueles pobres inocentes que foram fazer piquenique em Brasília no dia 8 de janeiro, o Bolsonaro não é criminoso e nem um pouquinho perigoso, o Brasil é o país da temperança e o brasileiro é um bonzinho.

Ora, ora. Sabe-se que o golpe fracassou não por falta de intenção, mas de incompetência. Sabe-se também que defender Bolsonaro é querer ver o país “jogando fora das quatro linhas”, isto é, sob um regime de força, uma ditadura. E quem defende ditadura não pode ser democrata. E sabe-se também, para quem quer enxergar, que Alexandre de Moraes está agindo muito bem, conforme ele mesmo diz: “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”.

Tenho sempre comigo aquela recomendação de Victor Hugo, epígrafe deste texto. Para o ex-ministro Marco Aurélio Mello, deixo de presente dois pensamentos de um seu xará, aquele imperador romano:

“Aquele que não transmite luz, cria sua própria escuridão”;

“Não perca mais tempo discutindo sobre o que um bom homem deve ser. Seja um.”

Etelvaldo Vieira de Melo

ODE A MINAS


 


No meio do caminho de Minas

tem um Zema

tem um Zema no meio do

caminho

no meio do caminho de Minas

tem um Zema

 

Nunca quero me lembrar desse

desastre

na vida das Gerais de Minas

tão inconfidente.

Nunca quero me lembrar que

no meio do caminho de Minas

teve um Zema.

 

(Mauro Passos)


SHOULD WE TRUST FUX?

Imagem: Freepik


Quando deparo com alguma coisa que não entendo e percebo se tratar de algo sério, não sossego até escrever a respeito, buscando uma resposta para meus questionamentos. O ato de escrever é uma forma de ficar em paz comigo mesmo.

Um exemplo. Quando surgiu a Lava Jato, tive, num primeiro momento, o impulso de concordar, por ser a corrupção no país uma doença crônica, quase impossível de erradicar. No entanto, logo-logo, ainda sem entrar no mérito da questão, fui tomado de desconfiança, ao ver os personagens envolvidos e quem os apoiava, especialmente a Rede Globo. Pensei: - Desse mato não vai sair algo que preste. Dito e feito, pois logo percebi seu caráter seletivo e o perigo de sua máxima de que “os fins justificam os meios”.

Desde então, a Lava Jato, com seu time, passou a ser mais bem compreendida e explicada, não me surpreendendo com mais nada. O retrato acabado de tudo foi ver Sérgio Moro abraçando Jair Bolsonaro, mostrando para quem ainda teimava em duvidar toda sua natureza sórdida.

Ter uma postura crítica diante dos acontecimentos nos ajuda a perceber com clareza as intenções e os interesses dos envolvidos, impedindo que façamos juízos precipitados e de consequências perigosas.

Outro que não me surpreendeu foi o Partido Novo, com seu discurso de moralidade (é sempre recomendável ter desconfiança dos moralistas), como se se fosse passar a limpo a política brasileira. Logo vi que se tratava de uma baboseira, conversa para enganar trouxa, uma vez que, de acordo com as palavras bíblicas – com as quais concordo – “não se coloca remendo novo em tecido velho”. Sabemos que a estrutura política do país envelheceu muito rápido e requer uma reforma radical. Só com essa reforma será possível fazer algo moderno e transformador. Que o diga o presidente Lula, que vive perdendo anéis para salvar os dedos, fazendo concessões e mais concessões a um Congresso fisiológico, que só quer o “venha a nós”. O Partido Novo logo mostrou sua verdadeira cara reacionária e ultraliberal, num país marcado por disparidades sociais e controlado por uma elite que só cuida de seus interesses.

Infelizmente, naquela ânsia de renovar, de buscar algo novo, os eleitores de Minas Gerais, embarcaram na onda do tal Partido Novo, elegendo um tal de Romeu Zema, neófito na política, mas que logo se cercou com o que há de pior para os interesses da maioria da população. Sem contar que ele cuidou de colocar seu próprio salário lá nas alturas, enquanto expandia sua sanha de sucatear em todos os sentidos o Estado.

Mas o Zema precisa ser analisado melhor, além daquele estereótipo caricato de alguém que desconhece Adélia Prado e produz vídeos ridículos comendo banana com casca. Penso que pode haver algo bem mais tenebroso por trás de suas encenações.

Mas veja o que ocorre com Luiz Fux, juiz do Supremo Tribunal Federal. Para entendê-lo, recorro novamente a uma citação bíblica a dizer: “uma árvore se conhece pelos seus frutos”. Vejamos:

Em 1º de fevereiro de 2011, foi indicado pela Presidente Dilma Rousseff para ocupar uma cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF). Já em 2017, votou no TSE a favor da cassação da chapa Dilma-Temer, referendando a famosa expressão de “cuspir no prato que comeu”, coisa que os juízes indicados por Jair Bolsonaro, Kássio e Mendonça, absolutamente não fazem. Em 23 de março de 2011, Fux deu o voto decisivo contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010. A decisão do Supremo Tribunal Federal, considerando a aplicação da lei nas eleições de 2010 inconstitucional, beneficiou diretamente vários candidatos cuja elegibilidade havia sido barrada por causa de processos na Justiça. Já a nomeação de Marianna Fux, filha de Luiz Fux, como desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em 2016, pelo quinto constitucional, gerou intensa controvérsia no meio jurídico brasileiro. Críticos, incluindo conselheiros da OAB-RJ, tentaram impugnar sua candidatura, alegando insuficiência na comprovação de dez anos de exercício advocatício ininterrupto, mas a impugnação foi rejeitada. A influência de Luiz Fux foi apontada como fator decisivo para a nomeação, levantando acusações de nepotismo indireto. Reportagem da revista Piauí revelou que Fux articulou a candidatura desde 2013, com apoio de aliados como o ex-governador Sérgio Cabral. Particularmente, eu me lembro do eminente juiz ter dito na época, em tom lamuriento, não dispor de bens para deixar para sua filha, razão de seu empenho em dar um empurrãozinho para sua nomeação.

Nos últimos tempos, temos assistido a Luiz Fux tomando atitudes nos processos envolvendo Jair Bolsonaro, discordando de sua condenação e prisão. E é trágico ver ele, guardião da Constituição, defendendo alguém que nunca quis jogar dentro das “quatro linhas” e grita aos quatro cantos seu horror à democracia. Como a filosofia de vida do ministro tem demonstrado que é a do “toma-lá-dá-cá” (ele mesmo usou a expressão “mato no peito”, numa barganha em favor de determinado interesse seu), a gente fica se perguntando quais interesses ocultos estão por trás de sua ação. Já estou vendo balões de ensaio circulando pelos ares da Internet, dizendo que ele vai pedir vistas do processo. Se assim for, estará abrindo de vez a porteira para que todas as espécies de canalhas tomem de vez conta do país, dando razão àquela frase, atribuída a Charles de Gaulle, dizendo que o Brasil não é um país sério, com seu povo sendo tratado como palhaço.

Etelvaldo Vieira de Melo


A MAIORIDADE DA NAÇÃO

 



O brasileiro é antes de tudo um forte.

(Relembrando Euclides da Cunha)

O que está acontecendo no mundo hoje? Quais os desafios (e escolhas) que temos? Diante de tantos problemas basta esperar uma dose diária de milagres? E o Brasil? Mais ainda: as questões na ordem do direito, da ética, da democracia, do meio ambiente, entre outras, exigem uma postura mais séria e digna do Congresso Nacional e do Senado (“ménage” difícil). São questões abertas que esperam atenção dos poderes públicos. A relevância do poder político é lançar luzes para a história e a nação. Particularmente para a soberania da nação ameaçada pelo déspota “não esclarecido”: Donald Trump. Detalhe: o roteiro do golpe está traçado para as eleições em 2026 com as declarações desse presidente. E aplaudidas por muitos deputados, senadores, governadores e bolsonaristas. Infelizmente, hoje quem comanda a política é o mercado, o capital especulativo, o agronegócio. Então, qual o caminho? Mobilizar a solidariedade é um caminho para defender a nação. Hoje enfrentamos um vírus pior que a Covid-19 – o poder, a ganância, a violência, a opressão. Como reagir? Qual a vacina contra o imperialismo norte-americano que interfere na soberania brasileira? A taxação de 50% sobre os produtos brasileiros e a intromissão em questões políticas afetam o modo de vida e ameaçam a democracia brasileira.

Diante desse quadro, a solidariedade ao Governo Lula e ao Ministro Alexandre de Moraes é um valor ético. Não podemos, neste momento, fazer de conta que nada está acontecendo. É preciso debates, informação, esclarecimento nas redes sociais para garantir a democracia e a soberania da nação. Eis que de repente, não mais que de repente, a bancada do “centrão”, dos bolsonaristas, dos partidos de direita mudou o discurso. Estão lançando uma campanha: “Pacote da paz”. É bom lembrar que nunca é tarde para abrir os olhos. Vão pacificar o país – “sem perder o alvo (PT) jamais”.

O escritor Graciliano Ramos nos ajuda a entender o significado do autoritarismo e das questões sociais, políticas e econômicas no livro “São Bernardo”, um grande romance brasileiro. O mundo para o personagem central da obra, Paulo Honório, é uma “enorme coleção de mercadorias”. Ele é a força universal, expressão da ordem social e salvador da lei (Qualquer semelhança com Trump é mera coincidência!).

O governo de Donald Trump perdeu os valores tradicionais. Perdeu o sentido de política, comunidade e laços sociais. O foco de nossa atenção deve ser outro. Nós somos a Pátria. Somos o Brasil do presente e do futuro. A esperança é nossa cor – povo, terra, cultura e religiões. O mundo nos inveja: alegria, criatividade, perseverança, biodiversidade.  Esses são antídotos contra a força corrosiva norte-americana e de seus aliados brasileiros. Ser brasileiro é exercer a cidadania com coragem, lucidez e senso crítico. “Nada acontece sem luta. Mas a promoção da democracia em todos os níveis é uma luta que vale a pena empreender e pode ser vitoriosa”, segundo o sociólogo Anthony Giddens. Reagindo, assim, de forma positiva defendemos nossa maioridade como nação. Terminando, cito o pensador Zygmunt Bauman: “Ou a humanidade se dá as mãos para juntos nos salvarmos ou então engrossaremos o cortejo daqueles que caminham rumo ao abismo”.

(Mauro Passos)

 

 

 

QUE DEMOCRACIA É ESSA, GENTE?!


  

Uma foto vergonhosa de gente sem vergonha

Antes de entrar no assunto principal, sobre os vassalos bolsonaros do imperialismo estadunidense, faço uma crítica à farsa democrática que foi marcada pela captura do orçamento público, a falência das instituições e o avanço do niilismo político corrosivo.

Esses parlamentares venais de extrema-direita alimentam a fúria popular por meios digitais, enquanto o escárnio substitui a ética, diante da paralisia institucional. Uma farsa democrática que alimenta e mantém tudo como está, onde os congressistas usam o mandato unicamente para seus OBJETIVOS INDIVIDUAIS, descaradamente. Um Congresso bolsonarista contra o país, onde o orçamento público é usurpado para bancos, para emendas parlamentares, sem remetente e sem recebedor formal e constituído de sabotadores das bases democráticas!

Essa semana fizeram romaria a FAVOR DE TRUMP, e levantaram a faixa “MAKE AMERICA GREAT AGAIN”, contra o Brasil e a favor do tarifaço.

Dando continuidade, Bolsonaro faz escárnio das instituições, e seus seguidores festejam. Isso é uma lavagem cerebral ou lobotomia coletiva, além de justificar a ignorância por terem feito desse ser infame seu representante, optando pelo quanto pior melhor. Também os vampiros da Fazenda Pública, com seu lobby, são muito fortes, o tal Centrão. Subornam seguimentos da mídia para que a visibilidade da crise seja reduzida a conflito de valores, impondo a pauta que lhes é oportuna.  A mídia-capacho-do-imperialismo coloca cinicamente o miliciano inelegível nas pesquisas para presidente, como se um criminoso pudesse disputar uma eleição. Há um acinte maior que esse a uma democracia?

Essa mesma mídia fez a maquiagem de “O MODERADO” para Tarcísio, que foi capitão do Exército e ali teve sua origem bolsonarista. Mas, como toda maquiagem, também essa caiu por terra. Tarcísio, o moderado, segundo Estadão e Globo, colocou o boné “MAKE AMERICA GREAT AGAIN” e disse: "Grande dia!”, no dia em que Trump anunciou a taxação. Ferrou-se! Ele jogou por terra a imagem falsa que haviam criado para ele.

Outra questão importante é o domínio no Congresso pelos pastores (como Sóstenes - presidente do PL) e Nikolas (filho de pastor), controlados pela sede de poder de Malafaia. No documentário APOCALIPSE DOS TRÓPICOS, na Netflix, Malafaia é o ator principal, e descaradamente mostra em entrevistas como o movimento evangélico abriu caminho para toda essa corja bolsonarista congressista e o miliciano-mor, além de sustentar a crença que cristãos têm que tomar o poder |("teologia do domínio") e moldar o Estado segundo preceitos bíblicos. Essa força emerge não como uma força religiosa, mas como uma força de poder, que visa transformar a DEMOCRACIA em uma TEOCRACIA para somente beneficiar os cristãos organizados, em detrimento da minoria. Nikolas, Michele e Sóstenes são os contaminadores dessa teoria do domínio contra a democracia. No documentário, tem um trecho assustador, em que Malafaia assume a influência e a CHANTAGEM das igrejas evangélicas na política brasileira. 

Não poderia deixar de falar da preocupante aprovação do PL DA DEVASTAÇÃO, festejado pela bancada bolsonarista da Bala, do Boi e da Bíblia. Se Lula não vetar, tudo vai ruir nos próximos 10 anos. Três milhões de quilômetros quadrados já foram destruídos, as florestas substituídas por plantação de soja, criação de gado, mineração e garimpo são o retrato do desastre ambiental. As cidades onde o agronegócio tem presença apresentam o menor IDH do país. Bancadas do BBB (do Boi, da Bala e da Bíblia) são altamente destrutivas para o meio- ambiente e para o país; para eles, o desenvolvimento só se dá com a destruição!

Essa elite BURRA não tem uma relação de negociação, mas somente de IMPOSIÇÃO.

Trump, ao alinhar sua retórica em defesa irrestrita das Big Tesch, não apenas reafirma sua subordinação aos interesses do Vale do Silício (que abriga Aplle, Facebook, Google, etc.), como também instrumentaliza o caso brasileiro para enviar um recado global: qualquer nação que desafiar a supremacia digital norte-americana será punida. Não por meio de mísseis, mas por meio de tarifas, manipulação de mercados, desestabilização institucional e campanhas de desinformação internacional. Nesse contexto e por total ignorância, os bolsominions querem liberdade nas redes sociais para postagens como as citadas permanecerem intocáveis: “antidemocrático”, “terrorismo”, “discriminação”, “ódio à mulher”, “homofobia e transfobia”, “induzimento a suicídio”, “crimes sexuais e pornografia infantil” e “tráfico de pessoas” ... pasmem! Essa é a liberdade que eles querem e lutam contra o Xandão por estabelecer a proibição!

Para quem votou num cara que planeja assassinar presidente, vice e ministro, tá "Serto"!

Concluindo:

A ofensiva da classe dominante, burguesia capitalista, aconteceu no impeachment da Dilma, manifestando-se na degradação e corrupção política, naquele covil de bandidos que é o Congresso, e se constituiu essa força política ultra-liberal no Brasil. Encontraram no Bozo seu representante, com todas as características abjetas e fascistas necessárias. Eu não tenho nenhuma expectativa celestial com a justiça brasileira, mas parece que vão trancar o criminoso. Dudu Bananinha, que renunciou ao mandato para atuar como escoteiro do imperialismo, tem um discurso alinhado ao psicopata megalomaníaco Trump e, como um vassalo do imperialismo, está dobrando a aposta. Sente-se muito à vontade para se colocar como TRAIDOR DA PÁTRIA, pois tem como padrinho o criminoso Steve Bannon, acusado por crime de fraude (perdoado por Trump), e participação no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 (tentativa golpe), coincidência com a tentativa de golpe aqui, com o mesmo modelo “DEUS, Pátria e Família” (e um bom terrorismo de Estado)!

Dudu Bananinha enquadra Moraes como um ditador, mas é justamente ele que faz apologia à tortura, elogia a ditadura assassina de 64 e usa a camisa com a foto do torturador Brilhante USTRA… é uma sopa de canalhice e hipocrisia! Ele sabe que Trump não vai salvar sua família. Mas aposta que, ao dobrar a aposta na radicalização, poderá criar um ambiente suficientemente caótico para interferir nas eleições de 2026. O exílio voluntário é transformado em narrativa messiânica. O golpismo fracassado vira martírio estratégico.

Precisamos ter o foco de erradicar a bandidagem dessa ”familícia”! Precisamos ter o foco em limpar esse congresso dos 300 picaretas bolsonaristas e voltar com essa gentalha para o esgoto ou para penitenciária, junto com o chefe da quadrilha, Jair!

Tarcísio representa uma continuidade da lógica de submissão, da entrega, da alienação do que resta do Estado brasileiro. Seu projeto, embora mais silencioso, é igualmente hostil à soberania. Ele não repele o bolsonarismo: apenas o encapsula numa embalagem aceitável. É a ultradireita de gravata, o golpismo por dentro da norma, a captura neoliberal disfarçada de eficiência.

Se o Brasil resistir até 2026, terá vencido não apenas uma eleição, mas uma guerra. Uma guerra contra o projeto de recolonização digital e financeira, contra a tentativa de transformar o país numa filial algorítmica da política externa norte-americana. E essa vitória, se acontecer, não será de Lula apenas, mas do povo brasileiro e de todas as nações que ousam desafiar a ordem imperial.

Ellen Pietra

DIÁLOGOS PLANTÔNICOS


 
Imagem: Pinterest

- Sabe quem foi Kafunga?

- Sei, sim. Olavo Kafunga Bastos foi um ex-goleiro do Atlético e comentarista de esporte numa emissora de rádio, aquela que “vende espaço, mas não vende opinião”, cabide de emprego para candidatos a cargos políticos.

- Pois é. Kafunga é autor da frase “Não tem coré-coré: gol barra limpa!” (ou “barra suja”, em caso de irregularidade). É também dele a frase antológica “No Brasil, o errado é que está certo”, querendo dizer que, por aqui, as coisas tidas como certas muitas vezes estão erradas.

- Mas qual o propósito dessa lembrança?

- É que fiquei sabendo o que aconteceu com um juiz federal. Trata-se do responsável pela filial do Rio de Janeiro da Lava Jato, Marcelo Bretas. Ele se envolveu em tanta irregularidade que não teve jeito, acabou sendo condenado pelo Conselho Nacional de Justiça por suas inúmeras ilegalidades e parcialidades. O que me surpreendeu foi a pena imposta ao infrator: aposentadoria compulsória, com valor em torno de R$ 37.563 por mês.

- Mas isso é pena ou é prêmio? O moço deveria ir pra cadeia ver “o sol nascer quadrado”, lugar para onde ele enviou tanta gente de maneira ilegal.

- Há-há-há! É por isso que Kafunga dizia que o errado está certo.

- Para alguns, o Brasil é uma espécie de casa da “mãe Joana”, onde somente eles podem entrar. com seus cofres abertos e sempre à disposição.

- Políticos e militares são os maiores frequentadores dessa casa. Outro dia, fiquei sabendo de um sujeito que passou a receber aposentadoria da Assembleia de Minas simplesmente porque foi deputado estadual por um mandato de quatro anos...

- Enquanto isso, um assalariado tem que trabalhar por trinta anos ou mais para receber uma miséria de aposentadoria.

- Veja o que acontece no meio dos militares. Quando um comete irregularidade, chega a ser expulso, é tido como morto, e sua família passa a receber pensão. Isso sem contar as pensões vitalícias das “conjes” e filhas.

- Outro exemplo do que o que é tido como certo está errado vem de Jair Bolsonaro. Enquanto militar do Exército, cometeu a indisciplina de uma tentativa de atentado a bomba contra instalações militares (queria ganhar mais dinheiro). Foi preso, deveria ser expulso da corporação, mas o STM “passou pano” pra ele. Logo depois, sendo eleito vereador no Rio de Janeiro, foi reformado (aposentado), promovido a capitão.

- Que coisa! Parece que, no jargão militar, tentativa é gesto inocente. Daí, julgam irrelevante uma tentativa de explodir bomba ou de promover um golpe de Estado.

- Quando reformado, Bolsonaro passou a receber um valor de R$ 12 mil. Hoje, somados todos os seus proventos, temos um total de R$ 100 mil   de dinheiro público por mês.

- Pode detalhar um pouco as origens desses proventos, tirando os peculatos?

-  Pois não. Mais de R$ 42 mil vêm do cargo de presidente de honra do PL. Michelle Bolsonaro também recebe esse valor, como presidente do PL Mulher (dinheiro do Fundo Partidário, quer dizer, que sai do suor do assalariado). Como aposentado da Câmara, JB recebe R$ 46 mil; do Exército vem a quantia de R$ 12 mil. Juntando os proventos de todo o clã Bolsonaro (Jair, Michelle, Flávio, Eduardo, Carlos e Jair Renan), temos a bagatela de R$ 270 mil ao mês.

- Bom. Acho que, desse total, você deve tirar a importância de R$ 46 mil, correspondentes ao salário de Eduardo, já que ele pretende renunciar ao cargo de deputado...

- É mesmo, ele está trabalhando lá nos |Estados Unidos para o bem do “Brasil” e pretende renunciar ao mandato.

- Estou com muita pena do pobre coitado. Quando do golpe militar em 1964, Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, lançou a campanha “Ouro para o bem do Brasil”, para reerguer o país devastado pelo comunismo...

- Estou lembrado disso. Lá na minha terra, vi muitos casais se desfazendo das alianças de casamento, únicos bens de valor que possuíam. Até hoje ninguém sabe onde tanto ouro foi parar.

- Isso não importa. Deve ter sido bom para alguém. Quanto ao caso presente, pensei em organizar uma campanha de arrecadação, mais ou menos com esses dizeres:  

NÃO FIQUE AÍ PARADO. PROVE SEU AMOR AO PAÍS, À FAMÍLIA E A DEUS: PASSE UM PIX PRO EDUARDO!

Mas, depois, diante da implicância do Trump com o PIX, percebi que era inviável. Agora, estou sem saber o que fazer. Será que o amigo leiturino tem alguma sugestão de ajuda pecuniária ao Dudu?

Etelvaldo Vieira de Melo