TUDO É RELATIVO, ATÉ O PRONOME RELATIVO
Hoje estou vivenciando uma
situação que mostra a relatividade das coisas. Palavras mal ditas podem tornar
um momento maldito, enquanto que, em outras circunstâncias, essas mesmas
palavras podem ser aceitáveis.
Será isso que estaria
querendo dizer Einstein com sua famosa Teoria da Relatividade? Se for, estou
eu, aqui, já cruzando o Cabo das Tormentas e fazendo essa fenomenal descoberta!
Se não, caso o tema exija cálculos e teorias da Física , sendo assim, deixa pra
lá, que já não disponho de neurônios suficientes para tais elucubrações.
Do que foi dito,
depreende-se a necessidade de que tudo na vida deva ser contextualizado.
Na Idade Média, por exemplo,
era sinal de devoção a Deus uma pessoa ficar sem tomar banho, coberta de
sujeira. Chegava às raias da santidade, ser infestada por piolhos.
Também já houve um tempo em
que o maior palavrão que você ouvia sair da boca de uma mulher era “uma flor”.
Já houve um tempo também em
que elas, as mulheres, até que fumavam, soltavam suas baforadas de cigarro; mas
isso era feito em casa, estando escondidas debaixo das camas.
Hoje, passa a ser ridículo a
mulher não falar uns palavrões; quanto ao cigarro, o problema é que está se
tornando politicamente incorreto tal hábito, embora sejam as mulheres os
últimos baluartes de resistência a tal mudança.
Tais brincadeiras não passam
de brincadeiras, sem intenção de ofensa e sem querer que alguém venha me
encarar com nariz retorcido.
Tudo é vaidade, dizia o
Eclesiastes. Tudo é relativo, digo eu.
Vejam vocês um caso que, em
outra circunstância, provocaria a minha maior indignação, com o risco de
levá-lo às últimas consequências. Estou me preparando para uma consulta médica
com um urologista. Você pode, agora, e tão somente agora, falar para mim: “Vai
tomar...” Dentro do contexto, eu não me sentirei ofendido.
Etelvaldo Vieira de
Melo
1 comentários:
kkkk. Que perigo. O urologista é o medico que mais recebe piadas. Perpetrei um mini conto por causa dele também.
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