HOJE É O ZERO

Imagem: filosofiaeapologtica.blogspot.com


Numa verbal volúpia
escrevo-te o poema.
Não me esqueço do corpo,
erotizando as palavras.

Quando a lua pisca
e a casa cai
como um punhal,
mando esta carta triste
e mando com final.

  Sou uma figura estranha:
vou até a exaustão.
Não temo a tua memória,
mas tenho pânico
à mão.

Fiz o que pude.
Cedo ou tarde reencontro
o ponto de partida.

As horas fundamentais
já me visitaram.
Por que será que te esqueço
e fico só na ilha,
pensando em correr,
ao invés de caminhar?

Precisávamos ir mais devagar.


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