Imagem: cartoonostalgia.wordpress.com
À moda de Carlos Drummond
de Andrade
Dedé auxiliava Dadá,
afilhada de Lulu, que contava com Cacá
que era “assim” com Dudu
que tinha negócios com Teté
que ligava com todos e com
ninguém.
Dedé escorregou na casca
da banana da coisa pública,
culpou Dadá
e fez com que ela perdesse
a casinha de neném.
Nesta embrulhada, Lulu se
deu mal também.
Cacá, até onde sei, continua
como equilibrista de corda bamba,
de direito e de fato.
Dudu achou que teria seus
crimes perdoados
a troco de derrubar Lulu e
Dadá.
Por enquanto, perdeu o
posto de delegado.
Mas o povo quer saber se
ele vai ser preso e cassado,
se vai devolver todo o
dinheiro roubado.
Teté, muito esperto,
ganhou o pirulito no palito
e foi dividi-lo com Zezé
que, folgado,
ainda não tinha entrado no
relato.
Enquanto isso, Cecé, outro
folgado que gosta de comer pelas beiradas,
está escondido no mato,
correndo do Lava Jato,
que só quer ser Lava PaTo.
Moral (à moda de Millôr Fernandes): Em terras brasilienses,
tudo que se vê, se sente,
e se respira, conspira.
Adivinhe quem é quem,
nesse faroeste caipira.
Tem mais alguém pra
colocar neste trem?
Etelvaldo Vieira de Melo
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1 comentários:
PARABÉNS: TUDO SINGELO E SINCERO. MAS AINDA ASSIM LEVE: PARA QUEM SABE LER UM PINGO É LETRA. "MESMO QUE SEJA UM PINGO TORO CAINDO DA LINHA", COMO DISSE MUITO BEM NO CONTO Palavras que mordem, arranham, machucam.
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