POESIA PARA QUEM ESTÁ VIVO AINDA

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Imagem: juniacaetano.blogspot.com

Palpitando no lodo,
Rimbaud ferido disserta:
Estou cansado, isso é claro,
não  sei mais quantas almas
nem quantas  horas tenho.
Lembro a minha própria paisagem:
sobre a névoa gris
nem a melancolia mudou.
As imagens oprimem
e as palavras aladas suplicam:
Limpem o Planalto Central enquanto é tempo
porque  aquela moçada apunhala por trás
o diesel
o sangue
o leite morno dos meninos.
Graça Rios


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