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Encomendei à Sylvia uma caixa de abelhas
mínima, tipo exportação.
Bees... bzzzz...beessss...
Sob pontuações imprecisas,
pergunto
se têm fome como eu,
e elas, entre sílabas e voo,
num movimento
de passeuntes,
respondem que desconhecem
a mínima feminina minha
humana histriônica raiz,
embora
saibam que também tenho uma colmeia,
chamada bolsa,
complexa no tamanho, largura, comprimento,
intensidade.
Dentro dela - dizem, melosas -, moram
bolsinha, bolsa, bolsa média, pinturas, óculos,
sabonetes,
pasta dental,
fio dental, escova de dentes e de cabelo, toalhinhas, chaves e
chavões,
pocketbooks, pocket money, anéis pulseiras
pulseiras de pé,
enfeites,
maquiagens, espelho, lenços rendados lencinhos de papel
papel
higiênico e de seda, alquinho, água boricada,
hidratantes,
filtro solar,
colírio, pasta dental, barra de cereal, celular,
papéis, agenda,
notas e
lembretes, cartões de visita, caderneta, talão de
cheques,
identidade,
CPF, cartão de crédito e débito, meiinha soquete,
meia fina,
meião,
desodorante, perfume, dipirona, antidepressivos
(quatro
cartelas),
algodão, óculos de sol, lentes de contato,
comprovantes:
boleto
bancário, de loja, supermercado, drogaria,
faculdade,
motorista, das
crianças, marido, multa por infração de trânsito,
outros
brincos, colar,
linhas, agulhas, pentes, alfinetes, etecéteras e
tais, porque as
melindrosas já estão realmente é fazendo cera.
Imagine você!
Querem abraçar-me as retinas,
vasculhar nos bronquíolos
a clareza dos pulmões.
Dentro do olho vermelho,
decompondo-se a cada
zzzoooomm,
praticam ni euzinha
a filosofia da varredura,
... bis
bis bis ...
no caldeirão da manhã.
Now I feel
dizzy... I need an interpreter.
Graça Rios
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