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FÁBULA
NEBULOSA 23: A MOSCA E A MULA (*)
Ploc-ploc,
lá vai a mula pela estrada
Sua
carroça arrastando
Leva uma
carga pesada
As patas
mal se aguentando
Para
piorar a situação
A trilha
é de pedra e esburacada
O
carroceiro só diz palavrão
Ao
desferir chicotada: plaft!
Usando a
mula como lotação
Dormia a
mosca Zum-Zum (sem se dar conta de nada)
Até ser
bruscamente acordada
Por um
solavanco seguido de imprecação
Este é o cenário que a mosca
Zum-Zum avistou: - Uma velha mula arrastando uma carroça carregada, numa trilha
cheia de pedras e de buracos; na boleia da carroça Zum-Zum avistou um
homenzarrão, que ora cuspia, ora soltava blasfêmia ou palavrão.
Tomada de
dalaimática compaixão
Zum-Zum
segredou no ouvido do velho animal:
- Vou
aliviar você de meu peso, afinal
Indo
pegar outra condução
Moral:
gestos aparentemente fúteis,
banais
muitas
vezes escondem grandeza de coração.
(*) Invento/leitura de Fábulas
Universais
Etelvaldo Vieira de Melo
1 comentários:
gestos aparentemente fúteis, banais
muitas vezes escondem grandeza de coração.
Concordo!
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