MEU CANDIDATO NÃO-PREFERIDO

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Enquanto seu Lobo não vem, deixo aqui registrada minha opinião sobre o candidato a Presidente da República Federativa do Brasil, sua excelência deputado Jair Bolsonaro.
Preliminarmente, algumas considerações se fazem necessárias.
Penso que nunca tivemos um Congresso tão desqualificado e tomado de ladrões como temos agora. Usando de uma analogia, existe aquela passagem bíblica que diz: “pelos frutos podemos conhecer uma árvore”. Sendo assim, a árvore em questão é o SISTEMA POLÍTICO do país, que precisa ser trocado, mudado. E não adiante achar que tudo se resolve com emendas, colocando remendos, pois “não se coloca remendo novo em tecido velho”.
Em tom de brincadeira, um amigo me disse: “Se o sistema político continua o mesmo, nem é bom pensar em renovação do Congresso, vamos ficar com os antigos, que têm experiência, já dominam a técnica de roubar”.
Como nada foi feito no sentido de uma mudança radical e os políticos continuam caindo de paraquedas, estamos vivendo o período de eleições tomado de falsos messias, velhas caras pintadas de novas. Ao fim de tudo, o povo, coitado, vai ser responsabilizado pelo que for decidido, como se o voto, nesse sistema que está aí, tivesse o poder de decidir alguma coisa, quando o máximo que consegue é trocar “seis por meia dúzia”, tudo ficando do mesmo tamanho ou pior.
Belchior, numa de suas músicas, cantava: “ainda somos os mesmos”. Na política, Bolsonaro é um exemplo de velho que quer se passar como novo, está lá no Congresso há 29 anos, já tendo mudado de partido por nove vezes. Eu pergunto: nesse tempo todo o que ele fez de novo, o que ele fez de bom para o povo em geral? Quais foram suas emendas, seus projetos, especialmente para os pobres e menos favorecidos? Durante seu longo mandato, o que ele fez efetivamente, além das bravatas e agressões verbais?
O que sei: ele é líder da chamada “Bancada da Bala”, onde defende o armamento das pessoas como forma de combater a violência. Mas penso que ele não quer combater a violência coisa alguma, o que ele faz é a defesa da violência pura e simples: olho por olho, tomou-levou, bandido bom é bandido morto. Bem longe daquele preceito evangélico, de amor e de tolerância.
Veja bem: se nos Estados Unidos, país de Primeiro Mundo, assistimos a massacres de inocentes, psicopatas entrando em escolas para atirar em crianças desprotegidas, imagina o que poderá acontecer no Brasil, país atrasado e tomado pela injustiça, pela desigualdade. Corremos o risco de uma volta aos tempos de antigamente, aos tempos do faroeste. Ali, poderá valer a máxima: “em terra de olho por olho, todo mundo fica cego".
Honestamente, a quem interessa o armamento, além da indústria bélica que, aliás, financia a Bancada da Bala? De minha parte, acho que a melhor arma é: educação, saúde, saneamento, emprego, condição de vida decente. Em países onde isso existe, a violência tende a diminuir.
Bolsonaro pensa assim? Nos anos que está na política, ele fez alguma coisa para melhorar a situação do país? Se tem alguma coisa para me mostrar, eu agradeço, vou aplaudir, rever meus conceitos.
O que mais sei dele, além de trabalhar para a indústria do armamento?
Sei, por exemplo, que ele é machista, que menospreza as mulheres. São suas palavras: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. Segundo o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, “Bolsonaro é o mais misógino e detestável funcionário público eleito no mundo democrático”.
Sei que defende a ditadura militar, chegando a homenagear o coronel Ustra, um de seus maiores torturadores, quando da votação do impeachment de Dilma Rousseff. Quem viveu como adulto naqueles anos de chumbo sabe como tudo foi dolorido, especialmente a falta de liberdade.
Sei que critica negros, homossexuais, índios, quilombolas. Seu candidato a vice afirma que recebemos de herança dos negros e dos índios a indolência e a malandragem.
Este é o postulante ao cargo de Presidente do sofrido Brasil, apoiado especialmente por uma direita raivosa, que tem nojo de pobre, que não está nem aí para o fato de miseráveis viverem na sarjeta, que não admite pobres terem acesso à cultura e a um padrão de vida decente.  
Este o Bolsonaro que, contrariando a maioria da população, se aposentou como capitão do Exército, após longos... onze anos, que não teve escrúpulos em usar auxílio-moradia em Brasília, mesmo tendo ali dois imóveis, usando o dinheiro público para... – Bem, pra saber isso é bom consultar as próprias palavras de sua excelência.
Etelvaldo Vieira de Melo

2 comentários:

Fátima Fonseca disse...

Parabéns Etelvaldo!

Fátima Fonseca disse...

Vale compartilhar!

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