-
Para onde vai com esse banco, menino?
-
Bá bá. Aga.
-
Cláudia, pode trazer a mamadeira d’água? Mamãe está almoçando.
-
Uh uh.
-
Não posso te vigiar no órgão da vovó, agora.
-
Buaaaá...
-
Vai lá, homem de Deus!
-
Papá.
-
Também tenho de comer!
-
Papá.
- Sobe,
David. Gente, hoje eu mooorro de fome!
-
Controla o Beethoven, Ró!
-
Vou pôr ele no quintal. Está latindo muito.
-
Piiian piannn.
-
Sobe, então. Agora, Karine, vem tomar conta dele enquanto eu pego umas
batatinhas.
-
Olha o bebê direito, sô. É seu filho, não é?
-
A teca a teeeca. Aga. Aga.
-
Toca toca e toca que eu aguento, pô! Nada de água.
- A
dona alanha xubiu... Xacudi xacudi xacudi.
-
Vai cantar ou tocar, David?
-
Teca teca.
-
Isso, a tecla. Toca! Manda, povo, um bife pra mim.
-
Papai, ele sabe tocar um pedacim do Bife.
-
Bife de boi, Clara. E água gelada.
-
Mexe nos botões da astronave, maneja o teclado, toca o Bife, irmão!
-
Tantan.Tantan. Aga. Aga.
-
O seu filho vai pra NASA. Igualzinho ao pai, gênio genioso. Ele quer água.
-
Isso, vó. Eles dois não são avoados, hein? Neca?
-
Niilista, a neta.
-
Vem me socorrer, Maria. Só um cadim.
-
Os mais velhos devem descansar, Ró. Vou mesmo, não.
-
Niilista, a vovó.
-
Chega, David. Desce, desce!
-
Nã nã nã. Buaaaá...
-
Família niilista. A minha é sempre positiva. Sim e sim.
-
Burrim de presépio. Não amola, mulher! Ele não desce de jeito nenhum. As
fritas...
-
Ró, engenheiro precisa se acostumar sem pão e água. Na Malásia...
-
Ué, Maria, também quer me ver no caixão? Cala a boca, David. Vamos descer.
-
Teca teca.
-
Ele gosta do Bife, papai. Depois dele, eu toco.
-
Sossega, Ana. Aprende com o seu nome, que anda de trás pra frente, de frente
pra trás.
-
Nunca de nuncas, no no no!
-
Neta niilista!
-
Família Não! A minha...
-
Sei, Karine. Positivista.
-
Amolador!
-
Nem no domingo eu durmo de tarde. Sai, filho!
-
A babá de Xangai tinha de vir with him.
-
Português, neta. Fala o Português.
- I’m not in the mood for this, grandma.
-
Clara, escuta a suavó!
- Positive.
Everybody: Português Português Portuguese...
-
Ah, gente. O pacotinho
enfim vai descer, e eu sei o motivo.
-
Eu também. Penicagens no Pirata. Leva a história, pai. E a água.
-
Gracinha, Rodrigo. Nada forçado. Ele escolheu.
-
Hoje sai o cocô fresco quentinho feito na hora, Karine.
- Desculpa.
A Ana Clara tem aula de Artes daqui a pouco. Vou dirigir.
-
Eu vou pra cama. O reumatismo, a fadiga de velha.
-
Apronto, mamãe? O vestido de unicórnio.
-
Não fujam da reta. Preciso comer e beber, meu Deus!
-
Pai, são only duas horas no banheiro. Tempinho bobo de ler o Pirata e tomar dez
litros de água.
Bejim bejim, pau pau. Have a huge pot of patience.
Graça Rios
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