POLÍTICA É ASSIM: UMA MÃO LAVA A OUTRA, MAS A CARA FICA SUJA

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Imagem: areah.com.br
Se existe uma coisa que deixa Ingenaldo indignado é ele ouvir alguém falar mal do caráter do brasileiro. Pode até ser um general de exército, um vice-presidente da república, destratando a herança do negro e do índio, dizendo que ela contribuiu para uma índole preguiçosa e de malandragem do povo. Para Ingenaldo, o povo não merece esse tipo de ofensa; o que ele precisa é ser educado através de exemplos, bons exemplos. Sendo assim, ele é o último sobre quem devemos atirar pedras. As pedras devem ser atiradas, primeiro, nas elites atrasadas, nos governantes, e nas autoridades, quando não passam bons exemplos. No presente texto, Ingenaldo fala sobre isso e faz uma premonição: antecipa algo que pode acontecer e que irá jogar por terra o discurso de combate à corrupção, mostrando que ele não passa de um blefe, uma deslavada mentira.
Apesar da pouca idade, Ingenaldo parece carregar nas costas todas as dores do mundo. Os astrólogos (genuínos, não aqueles metidos a “filósofos”) diriam que esse sentimento é por causa de seu signo zodiacal, Peixes, mas ele quer crer que tudo seja por causa do fato de ter nascido brasileiro.
Enquanto brasileiro, ele está sujeito a muitos aborrecimentos, muitas contrariedades, especialmente aquelas provocadas pela classe política. Ainda agora, ficou sabendo que pretendem blindar Michel Temer, quando este deixar a presidência da república, oferecendo-lhe uma embaixada, talvez em Portugal, já que é monoglota – segundo as más línguas.
- É o fim da picada! – monologa Ingenaldo. – Aquele que é tido, havido, declarado, documentado, gravado, juramentado e com firma reconhecida em cartório como chefe da mais perigosa quadrilha de ladrões do país recebe como castigo um prêmio, em vez de apodrecer na cadeia, onde é seu lugar – segundo as boas línguas!
Ingenaldo, antes do fato ser consumado, pergunta:
- E aí, meritíssimos juízes, estão lembrados que Temer fez com o “Gatinho Angorá” o mesmo que vocês não permitiram que a Dilma fizesse com o Lula? E aí, só sabem cantar samba de uma nota só? E aí, vão ficar calados, como se isso não fosse pertinente, como se não viesse ao caso?
Nosso amigo sabe que esta tem sido uma estratégia amplamente empregada nos últimos tempos: solta-se uma bomba (boato, sacanagem, besteira) e, se colar, colou. Como elas, as bombas, têm vindo com frequência, umas e outras passam despercebidas; quando a gente vai ver, o mal já está feito.
Ingenaldo deixa o alerta, para que o choro não venha quando a vaca atolar de vez no brejo. E quer deixar aqui registrado, neste espaço cibernético, entre “nuvens”, para que, depois, não venha um juiz metido a besta dizer que o indulto de Temer não foi uma aberração, uma injustiça, uma sacanagem, um acinte, uma bofetada no caráter e na vergonha do povo brasileiro, mas tão somente um “movimento” compreensível e justificável das forças políticas.
Ingenaldo está indignado, sofrendo por antecipação, você está vendo (se o indulto ocorrer, será em janeiro). Por enquanto, ele pressente a fabricação da bomba. Os 16,35% de reajuste salarial dos ministros do STF é um sintoma; a “ideia” de uma embaixada é outro. Discutindo o assunto com um vizinho, o Lucinildo Pretextado, este lhe propôs uma aposta: uma caixa de cerveja (puro malte) – Ingenaldo ganha, se Temer receber o indulto; perde, se for preso.
Esse é o tipo de aposta que agrada ao Ingenaldo. Se perder, estará ganhando como cidadão; se ganhar a aposta, poderá afogar a mágoa na cerveja. Tudo pode ser ainda melhor, se formos dar crédito aos ditos populares. Um deles fala assim: “Dinheiro não compra felicidade, mas compra cerveja – que é quase a mesma coisa.
Nota: E aí, estimado Leiturino, quer entrar nesta aposta com Ingenaldo?
    Etelvaldo Vieira de Melo
  


























                                                                                                                                                                                








2 comentários:

Unknown disse...

Aqui se aplica a jurisprudência moriana "não vem ao caso".

Fátima Fonseca disse...

A indignação do Ingenaldo ainda tem muita estrada. Sorry!!!

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