MAGIA E ENCANTO

 

Para Sandra e todas as mães 

O poeta abre a caixinha de magias

E lá de dentro saem flutuando

Palavras, um tanto de palavras.

 

Mais que depressa

- com medo de perdê-las –

Vai aprisionando

Uma por uma

Nas linhas de um texto.

 

Com desconfiança e medo

Ele pega a folha com as palavras presas

E sai do quarto

Vai até a frente da casa.

 

Então, um vento sopra

Arranca-lhe o texto das mãos

Que voa voa

Agita-se ao vento e pousa

Junto às flores do jardim.

 

Diante de tanto colorido

Tanta simplicidade e beleza

O pobre poeta

- tomado de espanto -

fica sem saber

Onde repousa a poesia enfim

 

Se na armadura das palavras

Se no perfume e na delicadeza

Das flores de seu jardim.

Etelvaldo Vieira de Melo


3 comentários:

Anônimo disse...

As palavras são carinhosas,quando lidas com o ❤.Sandra

Lopes al'Cançado Rocha, o Cristiano disse...

Singelo e bonito poema. A simplicidade do lirismo.

Adriana disse...

👏🏽👏🏽❤️❤️

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