Era pleno dezembro.
Alguém interfona.
- Se és, como te
chamas, nesta funda noite umbrosa?
(Lanosa, conjeturo.)
- Espírito noturno,
t’esconjuro?
- É só isto e nada mais.
- Então, sobe, sô.
- É só isto e nada
mais.
Acenam apenas penas
por trás do verde
olho.
E ela, ave amarela:
- Sou teu louro,
Lenora.
- É só isto e nada
mais?
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