Disseste
que no meio do caminho
Haveria
de ter uma pedra.
Curioso,
quis saber qual, já que caminhos são tantos:
Uma
estrada, passagem, uma via.
Uma
simples trilha? Seria?
Nada
precisaste.
Pedra
tem de todo tamanho.
Cuidadoso,
perguntei: qual?
Uma
rocha, um pedregulho
Ou
uma simples pedra?
Nada
detalhaste.
O
que afirmaste com certeza
É
que uma pedra iria estar
No
meio do caminho.
Nem
à esquerda, tampouco à direita
Simplesmente
no meio do caminho.
Assustei
com essa ideia
De
uma pedra que não sei qual
Em
um caminho que não sei onde
Que
não sei como.
Foste
tu, anjo torto, quem me disse
Pra
ser estrangeiro na vida
Andar
pelo acostamento
Caminhar
pelas beiradas
Porque
no meio do caminho
Haveria
de ter uma pedra
Uma
pedra que haveria de estar
Lá no meio do caminho.
Etelvaldo Vieira de Melo
2 comentários:
👏🏽👏🏽
Maravilhoso, esse poema. Questionador, lírico, bem elaborado. Parabéns, Tel. Continue flechando a madura maçã do amor literário.
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