ANO NOVO: MORADA DE SONHOS E FANTASIAS, DE DESEJOS E ESPERANÇAS

 


ETEVALDO BRITTO DIAS: UM ANO NOVO DE VERDADE

Tenho dito, e agora repito, que a vivência do Ano Novo deve ser pautada pelo espírito do Natal. Afinal de contas, foi em nossa preparação para a chegada do Menino Deus que fizemos revisão de vida e recolhemos as melhores lições para ela: humildade, simplicidade, coração fraternal, disponibilidade ao perdão, relação equilibrada com os bens materiais... e outras. Na pandemia do covid, que ainda estamos atravessando, mais lições: aprendemos que a nossa vida está inteiramente interligada aos outros, ao próprio universo; que precisamos muito uns dos outros; que podemos e devemos cuidar-nos mutuamente, do mais novo ao mais vivido; que a saúde de muita gente pode estar em minhas mãos, dependendo às vezes de uma pequena decisão minha: vacinar-me ou não, manter as mãos purificadas ou não dar bola para a higiene, usar ou não usar máscara, frequentar ou não aglomerações... Na pandemia, como seres corporais que somos, também experimentamos na carne o que significa estar perto ou estar separado das pessoas que amamos; aprendemos que a nossa manifestação e troca de afeto é condição essencial para nossa própria saúde mental. Pois bem! Está aí à nossa porta o ano 2022. “Ano novo - vida nova!"- diz o jargão. Mas, novo em que sentido? Só porque é mais um? Não basta. É preciso que seja novo mesmo. Que traga alternativas para opções transformadoras da vida. E que nele eu também seja novo, renovado (por que não?). "Novo homem", como diz Paulo apóstolo, para viver uma nova realidade. "fabricada" pelo empenho de muitas mãos, inclusive a minha. E, finalmente, mais uma lição: É que 2022, sendo ano eleitoral, é oportunidade preciosa para semear as mudanças que desejamos para a nossa sociedade: que superemos os preconceitos de qualquer ordem; que acolhamos os diferentes; que sejamos capazes de construir uma Economia solidária que inclua os deserdados; que invistamos mais na salvação da Natureza, dos povos da floresta, do planeta, enfim. Que venha 2022! E que, no Ano Novo que chega, o nosso voto também seja novo: voto consciente, responsável e pela vida de TODOS. A todos e todas um Feliz e abençoado Ano Novo!

 

GERALDO UZAC: GENEROSIDADE

O Dicionário Aurélio define o conceito de Generosidade, como sendo: “Característica da pessoa generosa, de quem se sacrifica em benefício de outra pessoa; bondade: ele expressa sua generosidade ajudando crianças.” Na Bíblia Sagrada, aparece por três vezes a palavra generosidade e por cinco vezes a palavra generoso. Na segunda carta do apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Corinto, por exemplo, ele escreve: “Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus” (2 Co. 9.11). Em I Timóteo 6.17-18, há uma orientação bem específica àqueles que possuem melhores condições financeiras: “Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir.”

Todos sabemos que a Pandemia, decorrente da COVID-19, fez um enorme estrago, não só na economia do nosso país, como em todo o mundo.

As classes menos favorecidas são as mais prejudicadas, e pelo o que se tem notícia, demorarão décadas para se recuperarem. A miséria se instalou em muitos países, dentre os quais o Brasil.

Com a inflação em alta, os preços dos alimentos subiram bastante, fazendo com que aqueles que têm um menor poder de compra gastem a maioria dos seus salários com gêneros alimentícios, além de outras despesas como transporte, moradia, etc.

Por outro lado, as pessoas de maior poder aquisitivo, verão os seus investimentos crescerem, pois dispõem de capital especulativo, investindo tanto em bolsa, como em renda fixa. São os chamados “rentistas”, pois agregam uma renda extra advinda das suas aplicações financeiras.

Assim, no intuito de tentar minorar o sofrimento das classes menos favorecidas, existem em todo o país milhares de ONG´s, bem como pessoas que doam o seu tempo em prol da diminuição das necessidades básicas das famílias carentes, doando cestas básicas, distribuindo alimentos nas ruas e comunidades, ou seja, ocupando os espaços que o poder público não consegue suprir.

Assim, no meu modesto entendimento, acredito que o único caminho existente para tentar diminuir as desigualdades sociais e a fome no nosso país continuará a ser através das ONG´s, do trabalho de voluntários, bem como com a implementação de políticas públicas.

Em Belo Horizonte existem diversos grupos de voluntários que realizam um maravilhoso trabalho, tanto com moradores de rua, quanto nas comunidades, levando alimentos e ações voltadas para atenuar as condições precárias existentes.

Sabemos que esse trabalho, por melhor que seja, ainda é muito pequeno, em face da demanda existente, haja vista que o número de desempregados no Brasil atinge mais de 14 milhões de pessoas, e a renda média per capita no país é de R$1.065,00. Em alguns estados, como Maranhão e Bahia, a renda atinge R$676,00 e R$965,00, respectivamente.

Finalizando, desejo que em 2022 possamos ser mais generosos, acolhendo, dentro das nossas possibilidades, nossos irmãos que mesmo antes da Pandemia da COVID-19 já viviam de forma precária, sem esperança de dias melhores, e o pior: sem comida nas suas mesas.

 

JÚLIA MARA DA COSTA MELO: PRONTOS  PARA OS DESAFIOS

Crie gatos, não crie expectativas.

Começo 2022 sem expectativas. Apenas o sentimento de que fiz o meu melhor em 2021. Que venha 2022 para novos desafios. Desejo saúde para mim e para os meus. E que este ano tenhamos mais empatia e compaixão. Esta é a minha receita para um mundo melhor.

 

MARCOS G. SOARES: ESPERANÇA, APESAR DE TUDO

Durante o ano em curso, fomos agraciados em todos os finais de semana com as belas crônicas publicadas no Blog de nosso redator e amigo Etelvaldo. As mesmas provocaram ótimas reflexões sobre a realidade do país, tratando com humor e reverência os mais complicados momentos. Infelizmente ainda convivemos com muitas fakes, que foram a tônica das redes sociais, mas, por outro lado, fizeram que corrêssemos atrás da verdade. Conseguimos atenuar o medo da PANDEMIA, mas ainda não podemos baixar a guarda, pois devemos estar atentos àquilo que acontece no mundo. Nem todos os brasileiros foram vacinados: alguns por se evolverem com a filosofia de vida dos nossos governantes, outros por motivos vários. A CPI da Covid deixou bem claro como o governo tratou com displicência a saúde pública dentre outras questões sociais.

Ao contemplarmos a aproximação de mais um ano, começamos a ter esperanças que as coisas tendam a mudar para melhor. Novos projetos políticos entrarão em discussão e o povo terá a oportunidade de usar o direito de fazer uso do voto para operar tal mudança. Torcemos para que a verdade prevaleça sobre a mentira e possamos assim ter dias mais felizes.

Fica aqui a minha mensagem a todos os leitores: Que 2022 seja repleto de grandes realizações. Boas Festas!

P.S. Meus agradecimentos ao grande amigo com os desejos de muita inspiração no próximo ano. Saúde e Sabedoria. Abraços.

 

MAURO PASSOS: CONFIANÇA

Como escreveu Lya Luft, que a Senhora Confiança, dádiva de que tanto necessitamos, venha com este Ano Novo e permaneça todo tempo para renovar as pessoas e a esperança.

 

RAIMUNDO SANTIAGO FERREIRA: AMIZADE

O tempo passa, mas o velho amigo fica. Nesse período em que estamos retomando um pouco de nossa vida congelada em pandemias, isolamento, por que não trocamos a nossa rotina diária de blá-blá-blá, dos afazeres do dia a dia, horários, tudo certinho, às vezes até uma certa monotonia, e criamos novas memórias, momentos únicos de lembranças simples e esquecidas, pelo olho no olho e abraços?

Apostamos que todas estas banalidades serão transformadas em risadas e mais risadas terapêuticas, lembradas até o próximo Natal.

 

SEBASTIÃO RIOS JÚNIOR: O PRINCÍPIO E O FIM DO ANO   

Recomeço do fim.  Vivencia-se uma economia estática e caótica abalando o mundo. Conforta, no entanto, como perspectiva positiva, neste país, o perceptível indício de lenta reação e recuperação. Porém, enquanto cresce a riqueza da elite privilegiada, a plebe mais sofre, carece e empobrece. O desemprego, a fome e a miséria conservam-se ameaçadores. Bocas ainda tapadas pela centenária provação divina, cujas variantes assinalam um desfecho imprevisível.

Um ano cruel se vai, em que os mandatários se digladiaram, em disputa do poder e da ambição. Continuarão assim, até que conquistem seu objetivo audacioso e malicioso. Polarizado no próximo ano, dele dependerá a fartura ou o esgotamento da teta benfazeja. Esvai-se, então, o sentido decadente e residual de democracia. Camadas expressivas do povo permanecem inconscientes e ingênuas. Abraçam as causas insensatas e se aquecem com o pão e circo oferecidos de mão beijada pelos ambiciosos, destituídos de caráter, hombridade e sentimento humanitário.

Em meio a tanto infortúnio, um monstro ameaçador e avassalador avança, sem que a humanidade se dê conta e o perceba. A tecnologia, que caminha a passos largos para o ápice, o imaginável. Na telemedicina, robôs estão a explorar, desvencilhar os segredos do corpo humano e reparar as falhas de seu organismo, operando verdadeiros milagres. Substituem e encolhem o trabalho diuturno, árduo e estafante. Por sua vez, a ciência os aperfeiçoa e os primeiros ensaios da sensação e consciência sentimentais neles se fazem presentes.

Especialistas preveem, e o noticiário jornalístico anuncia, para os próximos anos, inovações tecnológicas sem precedentes. Destaca-se a entrada em operação da banda de redes 5G que, até julho próximo, deverá estar instalada nas capitais do país. Aumentará a capacidade de transmissão de dados, com alta concentração e baixa latência. Os meios de comunicação, em especial a telefonia, sofrerão um impacto considerável. As indústrias passarão a utilizar a inteligência artificial, com o predomínio da robótica, tal qual a telemedicina nas suas funções, de certa forma antes comentadas. Um avanço incomensurável, nos próximos anos, na condução de grande parte dos processos de inovação, em todos os segmentos industriais, tornando a produção mais sustentável. O aprendizado de máquina (machine learning) e a computação em nuvem se destacarão, entre as demais tecnologias. Por fim, afigurar-se-ão, como as inovações mais importantes, a banda 5G, a inteligência artificial, o aprendizado de máquina e a computação em nuvem. Todas essas impactarão as diferentes áreas de atuação, em especial as de comunicação, saúde, ensino e educação a distância, controles de tráfego, administrativos e financeiros, e outras.

Na abalizada opinião de entendidos da matéria, o progresso tecnológico dos próximos anos será vertiginoso e até mesmo incontrolável, correspondendo a, praticamente, metade ou mais do que conseguem os humanos.

Por outro lado, os elementos químicos alcançam poderes inimagináveis. Conseguirá o homem equilibrar e contornar os seus efeitos, e utilizá-los em benefício da humanidade? A ação fulminante de sua aplicação tanto pode proteger e beneficiar, como provocar situações destrutivas.

Será, também, que o homem vencerá a queda de braço com a inteligência tecnológica, a qual repassa os seus conhecimentos, ou essa o levará à derrocada?

Nessas condições, os fins devem justificar os meios. Todo o dito parece se constituir num autêntico desafio ao Criador.

Apesar da turbulência de que se revestirá o próximo ano, com economia instável, disputa de poder, dificuldades financeiras, desemprego e tantas outras, pode ser que essas transformações não passem despercebidas, tal será a sua dimensão e a sua repercussão nas atividades e áreas gerais de atuação.

 

TADEU GANDRA: CONVICÇÃO

Pode ser bom, pode ser ruim. Bom porque a gente não gosta de incertezas, ruim porque nos fechamos na nossa ideia. Que no ano de 2022 estejamos mais abertos até para as pessoas que julgamos estarem completamente equivocadas. Mais compreensão, mais paciência, mais amor. E que tenhamos governantes com mais atenção aos mais pobres, à nossa natureza e ao Brasil.

Brasil, não acima de todos, mas para todos.

1 comentários:

Anônimo disse...

Bela coletânea de textos nada ridículos. Parabéns e minha amizade de sempre com um saudoso abraço.
Paulo Sérgio Malheiros Santos

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