NANO DICIONÁRIO ELEUTÉRIO (VOLUME II)

 

DIVAGAR: Pensamento que caminha passo a passo, quase parando.

GASTRONOMIA: Comer olhando para o céu (contribuição de Millôr Fernandes).

ASTRONOMIA: Artista comer olhando para o céu.

ECONOMIA: Mia, se for de gato.

OVACIONAR: Atirar ovos em manifestação pública. (OVAÇÃO: O resultado disso.)

DEVANEIO: Quando o pensamento desprende da matéria e entra em estado de levitação.

CONTUNDENTE: Dor de dente aguda.

EXCLUDENTE: Extrair um dente.

DECADENTE: Extrair todos.

IMPRUDENTE: Quebrar um dente comendo piruá.

CONTADOR: Aquele que, condoído, contabiliza a dor de uma declaração fiscal.

VIOLAR: Tocar viola em casa.

SERGIPE: Sonho secreto de estado brasileiro.

SERPENTE: Anfíbio (também pode ser sonho de cobra).

ARREDAR: Dar marcha a ré no carro.

REPARAR: Parar o carro depois de dar uma ré.

REBATER: Bater o carro de ré.

PIAMENTE: Mentir de mãos juntas, jurando para Deus. (TEMENTE: Aquele que teme e, mesmo assim, mente).

SUSTENTADA: A saúde pública no Brasil.

SUSTENTAÇÃO: Governo querendo acabar com SUS.

PAPELADA: Uma pá sem cabo.

PAPELÃO: Quebrar o cabo da pá (quem faz isso: pessoa da pá virada).

PACIENTE: Estar ciente que a pá quebrou.

RESSALTAR: Modalidade de salto em que o atleta faz um movimento para a frente e se joga para trás.

ACORDAR: Trabalho de pintor.

COMPASSO: Modo de andar.

SOCORRER: Ajuda própria de atleta.

SÓ CORRO: Atleta respondendo a apelo de socorro!

CONTRABALANÇAR: Lançar a lança contra a balança.

EXERCITADOR: Espécie de sadismo (EXCITADOR: de sadomasoquismo).

EXTREMIDADE: Pessoa muito idosa.

TEMERIDADE: Ter medo da extremidade.

CONTEMPORÃO: Tipo de moradia que contém área abaixo do primeiro piso.

COMBATENTE: Espécie de porta almofadada.

REMEDIAR: Um doente se automedicar.

REMOVEDOR: Tomar um bom medicamento com receita médica.

CONDOLÊNCIA: Pêsame de preguiçoso.

DETERGENTE: Especialidade de soldado.

REFEIÇÃO: Fazer cirurgia plástica do rosto. (NOV IDADE: A feição depois da RE FEIÇÃO.)

ELOCUBRAÇÃO: É você estar em quarto escuro, à luz de vela bruxuleante, ponderando ideias em seu encéfalo absconso (o que acabo de fazer).

KBÔ!


Etelvaldo Vieira de Melo


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