VAI? NÃO VAI? RACHA? LASCOU!

 

O tempo vai passando

e já vai se aproximando

o momento da eleição

em que todo brasileiro

levado feito cordeiro

vota por obrigação

decidindo por inteiro

os destinos da nação.

 

O alvoroço já é notado

nas redes sociais e Gabinete

onde a mentira risonha

é sempre atração

e a verdade tristonha

quase sempre é deixada de lado

à custa de robôs de macete

e gado de plantão.

 

Por causa do sistema eleitoral

eleição de bem passa a ser mal

já que é jogo de carta marcada

onde não se aproveita quase nada

o que está fora dificilmente entra

e o que está dentro quase não sai

com o povo que não mais encontra

a esperança que se retrai.

 

Na política é geral a corrupção

onde tem até um tal de Centrão

que entra ano sai ano e qual flagelo

está lá feito Poder Paralelo

chantageando e tomando decisão

do qual não adianta reclamar

pois impedido pode ficar

ou até sofrer cassação.

 

Nosso povo vive de fantasia e ilusão

quando surge algo dizendo ser novo

pensa que está aí a solução

sem se dar conta, faz papel de bobo

já que roupa velha não é algo a ser remendado

conforme diz o Livro Sagrado

que muitos carregam na mão

(mas sem o aceitar de coração).

 

E assim as coisas vão sucedendo neste país desigual

que quando se troca muito é meia dúzia por seis

já que ninguém cuida de uma reforma eleitoral

onde tudo pudesse ser consertado de vez:

número de políticos e de partidos com redução

fidelidade partidária, voto distrital

controle de gastos, tudo de forma legal

e tempo de mandato sem direito à reeleição.

 

Uma verdade que não pode ficar de lado

embora ninguém parece enxergar:

enquanto o povo vai ser criticado

sob alegação que não sabe votar

quem lá está lá vai permanecer

já que com esse sistema

fica sem solução o dilema:

correr e o bicho pegar, ficar e o bicho comer.

 

Nossa democracia, coitada

de bandido, golpista e vilão

por todo lado é cercada

Então, cabe perguntar:

este ano vamos ter eleição?

Tal pergunta não quer calar

tendo em vista que um tal capitão

tudo faz pra acabar com a tal de votação.

 

E mais preciso explicar

já que existe oficial militar

que por ser descompensado

prefere leite condensado

a ter que roer rapadura

deixando de ser polícia

para se unir à milícia

sonhando com a Ditadura

 

Que sou pessimista você pode até pensar

mas o que quero é ser realista

pois como bem diz o ditado

não adianta o chapéu tirar

depois que a procissão passar

E que isso fique registrado

bem de frente de sua vista

pra que não venha depois chorar

 

É hora de agir com precisão

todos juntos, em resumo,

fazendo daqui uma grande nação

Que o Brasil deixa de ter o ofício

de ficar correndo o risco

de ser sem prumo e sem rumo

onde, se colocar lona, vira circo

onde, se colocar muro, vira hospício.

 

Vixe! Que lascou a tábua da beirada!

Etelvaldo Vieira de Melo

3 comentários:

Anônimo disse...

CENTRÃO na verdade é o agronegócio, que sempre foi o dono desse país!
Também é oportuno dizer que *o Lula não foi inocentado, SEMPRE FOI INOCENTE* sofreu falsa imputação de crime, violação de quase todos os seus direitos, condenação e prisão sem provas, calúnia e linchamento continuados da sua imagem pública por diversos organismos de imprensa engajados no Golpe que jogou o Brasil no esgoto em que se encontra hoje, de uma maneira tão duradoura, intensa e vil que tem gente honesta que acredita até hoje apesar de todos os esclarecimentos que o Lula é bandido.
*LULA SEMPRE FOI INOCENTE E VÍTIMA DE UMA ARMAÇÃO COVARDE DOS PIORES INTERESSES ATIVOS NO BRASIL, GENTE QUE NOS JOGOU NA PENÚRIA E NA INCERTEZA*

Anônimo disse...

Apesar de tudo,
o poeta ainda pode reclamar,
o povo votar
e a procissão continuar.

Não há país perfeito.
Só em utopia.

Mesmo assim o poeta chia,
Faz parte do tupiniquim
A vontade de sonhar
Com as cebolas roxas que eu odeio, do Egito,
Na aliança anticebolal
Formada com o mestre João Batista Libânio, meu amigo de teologia.
Ele, o jesuíta realista, partiu para o lado de lá e
diz não ter qualquer saudade do choramingar
Dessas bandas de cá.
JDVItal

Anônimo disse...

A primeira medida é contrariar o capitão
E valorizar a eleição!

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