FLOEMA


Eu quis fazer
                                   
um poema tão bom
que fizesse tremer
os corações mais duros
e as cabeças mais frouxas.

Meu poema
iria falar
de flor
dessas belezas
de cor
e auroras boreais.

O tema do floema
seria um abraço
na humanidade.

Não iria caber
na minha fala
gente calada
nem ditadura.

A alegria do poema
não viria da Globo
nem iria pra mídia.
Imagem: www.minirecados.com
Não seria político
nem bem engajado.

Iria entregá-lo
em sua mão,
leitor, como eu,
sem linha reta
nem muita pessoa.

Meio quixotesco
meio Sancho Pança,
sem lambança.
Pra você leitor,
amigo que escreve
junto comigo.

Mas o poema
que eu pretendia
já estava escrevidinho
em Carlos  Drummond de Andrade.

Então, só restou-me
lhe dizer bom dia!
Obrigada pela ideia
que você me passou.
Escrevamos juntos
um final sem rima
mas cheio de poesia
e boa companhia. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Voei,voei nos versos desse poema deliciante.

´Mário Cleber disse...

A candura, a simplicidade, a poesia pura. Alegria, humor, nada de amargura.
Ler a Graça é como ir à praça,tomar sol, olhar as crianças fazendo lambanças, provocando lembranças no coração da gente.

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