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Escreva, porque o
estupor da realidade é apenas um tecido de sonhos, e é preciso despertar.
Escreva, porque
tudo vale a pena, até mesmo decifrar o holocausto ou a frágil figura de um ser
humano.
Escreva, porque as
palavras enxugam como esponjas as raias de se saber só e inútil no mundo.
Escreva, depois de
ler as manchetes de suor e sangue, manipuladas para o incauto telespectador.
Escreva, porque
mesmo sabendo da impossibilidade de tradução das palavras, um horizonte
fatídico ou belo nasce nos olhos pasmos do leitor.
Escreva, porque
apesar da estúpida audácia de pôr o mundo em desordem alfabética, outras vistas
se entreabrem sobre a linguagem e compreendem os passos da escrita, lentos,
isentos de culpa.
1 comentários:
Gracinha,
Achei ótimo o texto, você ja me inspirou e me ajudou a escrever muitas vezes! Obrigada
Beijos Julinha
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