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Comadre Raposa
Convidou a cegonha
Para um jantar.
E a cegonha, foi não foi?
Vou não vou.
Madame Raposa
Serviu a ceia
No prato raso.
Que ceia real
Está à espera
De dona cegonha!
No entanto a plumosa
Provar não pode
Do lauto manjar.
O bico pontudo
Batendo no prato
Fere e se fere.
A rainha Raposa
Com a faixa de gala
Morre de rir.
Aí, a cegonha
Convida a matreira
Para a sua comida.
Quem resiste
A tal festim?
Muito satisfeita,
A cegonha serve sopa
Na ânfora.
Vem a Raposa
Com fome de leão.
Assenta-se no trono
E manda o comer.
Mas o jarro de vidro
Destina-se à Midas
Senhora cegonha.
Luta a Raposa
E a sopa de milho
Faz estribilho
No fundo da ânfora.
De que adianta
Um nobre focinho
E faixa de seda?
Assim, as raposas
Nos ministérios
Trocam tortas
Direitas e esquerdas
Entre bicos e focinhos.
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