CORRER E DESENHAR (OU VICE-VERSA)


Recentemente, resolvi ensaiar alguns desenhos de humor e acabei ficando "viciado". Desenho e corro de madrugada pelas ruas do bairro Planalto, Região Norte de Beagá.  
Segundo o falecido mestre James Fixx, autor do "Guia completo de corrida", os melhores momentos para o exercício são até uma hora antes de o sol aparecer e a partir de uma hora depois de o sol se esconder. Por isso, corro a partir das 5 horas e retorno por volta das 6 para um banho frio (inclusive quando o termômetro está lá embaixo). Sem problema, porque estou suado e, além disso, quem estudou no Seminário Provincial do Coração Eucarístico nos anos 1960 -- como o Etelvaldo e eu -- ficou acostumado com o rigor espartano.    Volto para casa com uma ideia, no mínimo, para novo cartum, porque ao iniciar a corrida sempre abro a porta da mente para situações do dia a dia, a lembrança de conversas, notícias, etc. Com isso, despreocupo-me em relação ao esforço do exercício -- as pernas e o coração cuidam disso sozinhos. Durante o trajeto defino o esboço do cartum, inclusive com o título e diálogo ou frase do personagem. O exercício se torna mais leve, prazeroso e cumpre uma função a mais. 
Não há ocasião como essa, a da corrida, para sua mente trabalhar, pois o cérebro está superoxigenado (acho que antes da reforma ortográfica arrumada pelo falecido ministro José Aparecido de Oliveira -- das Relações Exteriores --a gente não escrevia assim...), portanto a criatividade se apresenta.Tenho tirado proveito disso nos últimos oito meses (passados uns 30 anos de sedentarismo), pois voltei a correr após exames recomendados pelo médico, como todo mundo na mesma situação -- e disposto a mudar -- deveria fazer para evitar problemas por causa do exercício puxado.
Para mim, correr e criar cartuns valem muito para a saúde do corpo o fortalecimento do lado direito do cérebro, respectivamente.
Abraço
Ivani Cunha

0 comentários:

Postar um comentário