O
poeta abre a caixinha de magias
E
de lá saem flutuando
As
palavras.
Mais
que depressa
-
com medo de perdê-las –
Vai
aprisionando
Uma
por uma
Nas
linhas de um texto.
Com
desconfiança e medo
O
poeta pega a folha
Sai
do quarto
Vai
até a frente da casa.
Um
vento sopra
Arranca-lhe
o texto das mãos
Que
voa voa
Agita-se
ao vento e pousa
Junto
às flores do jardim.
Cheio
de espanto
Diante
de tanto colorido
Tanta
simplicidade e beleza
O
pobre poeta já não sabe
Onde
repousa a poesia enfim
Se
na armadura das palavras
Se
no perfume e na delicadeza
Das
flores de seu jardim.
Etelvaldo Vieira de Melo
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