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FÁBULA
NEBULOSA 33: O BURRO E O LOBO (*)
Bem está o burro a comer de pastagem distraído
Quando por voraz e faminto lobo é surpreendido.
Não tendo como fugir, usa de artimanha o muar
Começando de forma teatral a gemer e a mancar.
E falou: - Melhor o senhor de minha pata esta ferpa
tirar
Para que, quando me comer, não venha a se engasgar.
Pelo espinho o lobo logo começou a procurar.
Procura daqui, caça dali, olhando a pata com atenção
Sem se dar conta do que lhe prepara o burro em
armação.
Assim que se viu em condição, esse não parou para
pensar
Desferindo na bunda do lobo um coice potente
Jogando-o setenta metros de distância adiante.
Satisfeito com a esperteza, foge sorridente o burro a
galopar
Deixando o lobo gemendo de dor e a se apalpar
E a pensar: - Como pude ser tão ignorante
ao ponto de num burro confiar?
Moral:
Burrice
não é privilégio de burro.
(*) Invento e/ou releitura de Fábulas Universais
Etelvaldo Vieira de Melo
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