RIOS LAGOS OCEANIAS CACHOEIRAS



Rios são caudalosos. Extensos. Repletos de surpresa. Oferecem peixes, ramos, caminho aberto aos barcos. Porém - todo Rios tem poréns -, se no curso fluvial entre planos e depressões, um ribeirinho confunde peixe com peixeira, ah, azul vira rubro. Escorre ruge pela sanguínea aurora. Em geral, Rios da terra são doces. Sereias serenas saltam do mar para eles. Ou sazonais... Nesse caso, a temporalidade pouca ocorre em estados secos, nada propícios ao seu grande potencial hidráulico. Surge a escassez.  No Brasil, amenos Rios ajustam-se perfeitamente a canais redondos de perímetro urbano, vespertino, chita. Aí, eloquentes, independentes de tamanho, margem, altura, tornam-se realmente necessários. Até porque há quem ache isto: ‘Água não é infinita, como se acreditava antigamente.’   Atente, cara, nasce o próximo detalhe. Existem Rios de água atmosférica, formados por massas de ar carregadas de vapor. Então, cuidado! Sendo invisíveis, correntes aéreas passam por cima das bacias femininas, sejam elas amazônica, suleste, noroeste. Tal reação transportadora de frio tremor e chuva - ai! - recebe o nome de ‘voadora’. Sacou? Entendeu? Oh, bomba H2O explosiva! Feroz, puxa para dentro a umidade evaporada em condições meteorológicas próprias. Carrega junto até ossos ventos alíseos. Topa? Conhece algum Rios assim assado? Bem bom. Em termos poéticos, sucede cada fenômeno trans-pirante real com impacto significante em zeferina vida! Parece fêmea Cordilheira dos Andes sacudida nos anais dos anos históricos. Mesmo. Juro. Falando sério. Os Rios - mal tocando - aqueles se precipitam nas encostas, nas costas, no seio montanhoso, por todas as regiões do jogo de cintura. Às vezes, o bem-estar físico local faz gerar economia familiar, lavouras irrigadas desgarradas do corpus represado. Crença, sô? Lenda? Velocidade e força vêm a ponto de o elemento participativo fornecer, também, eletricidade e energia ao redor. Por incrível que pareça, a evasão da enchente vaporosa pode se tornar pavorosa alteração da temperatura normal do agro deflúvio. Hein? Quê? Se a brasileira fonte tem posição de torrente privilegiada para borbotões, jactos, enxurradas? Duvida? Seu aviãozim anfíbio voará em busca de respostas para ligação sorvedoira: onda, vaga, pororoca, toda comissura penetra no redemoinho confluente. Aja! Acione o motor. Comprove, se for capaz.  Perguntou sobre Rios exóticos? Rá! Diversa biodiversidade no imo dos biomas. Estoques ‘pesqueiros’ e ‘pesqueiras’ caçam licenciamento dos Órgãos Superiores, suprimindo – claro – ressalvas de linhagem. Espécies desnaturais podem criar doenças ou declínio no sistema fluvial. É? Poi Zé, Zezé. Que justificativa técnica há de embasar um Rios em funesta possibilidade?

 Graça Rios   

13 comentários:

viv.vezzaro disse...

que lindo texto! amei!

Unknown disse...

Parabéns Parabéns texto muito bom

Antonio disse...

Entre um emaranhado de teias que envolve a situação dos rios que cortam nosso abençoado brasil
Ao ler o texto comecei a refletir sobre a escassez que estamos passando e a dificuldade que os órgãos responsaveis tem para fiscalizar e controlar todo esses rios e nascentes do nosso brasil e principalmente a parte que nos cabe na preservação

Unknown disse...

Excelente!!

Denise Werneck disse...

Êta texto caudaloso! Esse é para nadadores olímpicos sem carrancas. Até senti o friinho da água na boca (vontade de escrever assim).

Antonio disse...

Quanto a questão familiar é interrssante o entrelace que criam esses laços que se interligam entre si

Anônimo disse...

Os rios correm para o mar. Nascem bebês. Se bem alimentados pelos seus afluentes, vão crescendo. Agigantam-se. Na sua corrida efêmera, são atropelados por sinuosas curvas, tempestades, friagem e calor. Por piedade, acalentam-se-lhes as matas e florestas, a natureza benfazeja enfim. Evaporam-se com o calor excessivo e sufocam-se ou petrificam-me com a geada e o gelo. Alguns chegam a se esmorecer. Outros não resistem, perecem e viram área desértica. Mas os que se firmam na arrancada, acabam por vencer os obstáculos e chegar ao seu destino, o mar. Ali se imiscuem com irmãos gigantes, desaparecem e, às vezes, caem no esquecimento. Tornam-se figuras apagadas, sem expressão. Salvam-se, no entanto, os rios caudalosos, dantes até navegáveis. Conservam o seu status e a sua fama. Uns até se imortalizam, forma com que a humanidade lhes agradece pelo tanto de utilidade de que se revestem. Assim são as criaturas que, pelos seus feitos gloriosos, merecem nossa estima e admiração.
- Sebastião Rios Jr. -

Lopes al'Cançado Rocha, o Cristiano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lopes al'Cançado Rocha, o Cristiano disse...

Correção."Além do que nos aponta,de maneira complementar, o usuário 'Anônimo', mas que assina como Sebastião Rios Jr., agora, relendo com mais atenção, é sim uma "hidrografia --e sentimental--familiar. A íntima literatura dos mais próximos.

Eduardo Rios disse...

Os rios e os Rios, deixam pra trás lembranças, passam e alegram, pra frente.... o futuro, sabe-se lá até quando ou onde, os rios e os Rios. Não importa até quando e onde, o bom do hoje, com ou sem depressao, limpos e virtuosos, fecundos, alegres, Deus os fez assim.Sujos, poluídos, tristes? Os homens o deixam assim. Beijos. Eduardo Rios.

Carolina disse...

Parabéns pelo texto! Em suas nascentes os Rios são pequenas expectativas que vão ao longo de seu curso ganhando corpo e magnitude. Assim é a vida de uma escritora maravilhosa como você que se encantou com o vernáculo em sua juventude e hoje é um grande Rio, Graça Rios, que aquilata a nossa cultura em todo seu esplendor.

Unknown disse...

Parabéns Esta é a nossa mestre nos inspirando a cada dia com seus belos textos

Fernando Martins disse...

Muito bom o texto! Parabéns.

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