Estão
voando penas sobre as montanhas de Minas. Morros devastados ficam cobertos de cera:
anjos constelados pelo mestre Athayde. Chovem penas gordas, bêbadas nas vertentes
gerais. São formas decadentes (lágrimas santas no monte Calvário). Chorai, chorai,
montanhas mineiras! Sobre vós cai o suplício das rezas marianas Quantos peregrinos
depositam suas penas nas asas do pintor que vai forjando imagens nos tetos celestiais.
As minas flageladas morrem de pena dos anjos penados embriagados...
Graça Rios
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