PÉR OLA IR RE GUL AR (54)


Estão voando penas sobre as montanhas de Minas. Morros devastados ficam cobertos de cera: anjos constelados pelo mestre Athayde. Chovem penas gordas, bêbadas nas vertentes gerais. São formas decadentes (lágrimas santas no monte Calvário). Chorai, chorai, montanhas mineiras! Sobre vós cai o suplício das rezas marianas Quantos peregrinos depositam suas penas nas asas do pintor que vai forjando imagens nos tetos celestiais. As minas flageladas morrem de pena dos anjos penados embriagados...

Graça Rios

 

0 comentários:

Postar um comentário